01 novembro, 2006

Museu de Arqueologia de Xingó recebe condecoração

No próximo dia 8 de novembro, o Museu de Arqueologia de Xingó (MAX) será condecorado com o título de Cavaleiro. A cerimônia acontece no Palácio do Planalto, em Brasília, às 16h, de onde o Prof. Dr. José Alexandre Feliz, diretor do museu, receberá a medalha da Ordem do Mérito Cultural das mãos de Gilberto Gil, ministro da Cultura. A condecoração, segundo o Prof. José Alexandre, reforça ainda mais o reconhecimento nacional do MAX. Depois de ganhar o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade (2001) e o Prêmio da Sociedade Brasileira de Arqueologia (2002), este será o terceiro mérito concedido ao museu desde sua fundação há seis anos.

O MAX nasceu oficialmente em 2000, e até hoje mantém suas instalações no município de Canindé do São Francisco, em Sergipe. Entretanto, os trabalhos arqueológicos vêm desde 1988. “Desde aquela época trabalhávamos nas escavações, mas tínhamos dificuldade para conseguir recursos porque eram apenas projetos ligados à Universidade Federal de Sergipe. Então, 12 anos depois, eu tive a idéia do museu, já que era a única maneira de oficializar nosso trabalho e, assim, buscar patrocinadores”, relata o diretor.

Atualmente, a Petrobrás, através da Lei de Incentivo à Cultura, é a responsável por 80% de todo o recurso financeiro do qual dispõe o MAX. O restante fica por conta da Chesf e da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que assumiu o museu como um órgão suplementar em abril deste ano e prepara-se para abrigar a extensão do MAX no Campus de São Cristóvão.

Importância do MAX

O diretor José Alexandre salienta vários motivos de relevância cultural que contribuíram para que o MAX fosse escolhido a fim de receber a condecoração. Um deles é o sítio arqueológico “Justino”, o maior cemitério pré-Histórico do Nordeste brasileiro. Nele, foram encontrados mais de 150 esqueletos que datam de nove mil anos, uma descoberta relevante para a história dos povos que no passado habitaram a região. “O MAX é dinâmico, é moderno. Tentamos sempre relacionar as coisas com o presente. Museu não é apenas uma exposição de velharias”, ressalta o professor.

O MAX também abre espaço para que alunos da UFS realizem pesquisas na área de arqueologia. O projeto “Férias Arqueológicas no Xingó”, realizado periodicamente, leva os estudantes aos sítios arqueológicos do museu, onde desenvolvem na prática o que aprenderam na teoria.

Por Luís Fernando Lourenço

Para maiores informações, acesse:

Museu de Arqueologia de Xingó

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