Apesar de ter como objetivos a realização de estudos de temas agroecológicos, participação em eventos acadêmicos e científicos, desenvolvimento de pesquisas e práticas alternativas – como sistemas agroflorestais sucessionais (Saf’s) e hortas orgânicas – e a construção de um novo modelo agrário, o EVA ainda é pouco conhecido na universidade.
"Sobre o projeto denominado EVA eu desconheço os fins e os ideais. Conheço apenas a localização na UFS”, comenta Vitor Costa, estudante de Ciências da Computação na UFS.
Em mais de um ano de existência, o grupo conseguiu uma área na universidade para as práticas de plantio, uma maior quantidade de alunos agregados e um espaço para difundir a agroecologia.
Além disso, em 2006, o grupo levou para a universidade o "V Simpósio sobre Sistemas Agroflorestais" em parceria com a Embrapa, Petrobrás e UFS. Outro feito foi a oportunidade de apresentar o EVA no 36º CBEEF (Congresso Brasileiro de Estudantes de Engenharia Florestal), em Piracicaba-SP e a participação no IX ERA (Encontro Regional de Agroecologia) que aconteceu em 2007, em Recife-PE.
“Agora, estamos no encaminhamento de terminar o projeto financeiro e político para angariar recursos e lançar o projeto de um curso de formação em agroecologia nacionalmente”, apontou Beronildo, estudante de Engenharia Florestal e membro do grupo.
As reuniões, que antes aconteciam às quartas-feiras no Bambuzal, agora acontecem no EVA todas às sextas-feiras – dia escolhido como o “Dia Agroecológico”, com trabalho pela manhã nas hortas e reuniões à tarde.
Assim como a UFS, outras universidades também possuem projetos na área de agroecologia. Como, por exemplo, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) com ações do grupo AGROVIDA (Grupo de Apoio a Agricultura Familiar e Agroecologia); a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) com o GAC (Grupo Agroecológico Craibeiras); e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) com o GEAE (Grupo de Estudos de Agricultura Ecológica).
Origens
O conceito de agroecologia baseia-se na produção e no cultivo de alimentos de forma natural, sem a utilização de agrotóxicos e adubos sintéticos. Além disso, a agroecologia divide-se em vários ramos, como a agricultura biodinâmica, agricultura ecológica, agricultura natural, agricultura orgânica, permacultura e os sistemas agro-florestais.
Durante os anos 90, enquanto se investia em agrotóxicos e sementes geneticamente melhoradas (a chamada Revolução Verde), a agroecologia surgia para integrar o agronômico, o socioeconômico e o ecológico em função da natureza. No entanto, desde a 1ª Guerra Mundial, começaram a surgir na Inglaterra e na Áustria os primeiros movimentos agrícolas preocupados em produzir alimentos mais saudáveis.
No Brasil, o conceito de agroecologia surgiu através de organizações não-governamentais (ONGs) e, hoje, está presente em várias universidades. Apesar do mercado interno ainda ser pequeno, estima-se que a área cultivada organicamente no país possua mais de 800 mil hectares, o que significa um crescimento anual acima dos 40%.
Para saber mais:
Portal Agroecologia
Associação Brasileira de Agroecologia
Sociedade Latino-Americana de Agroecologia
Portal Agroecologia
Associação Brasileira de Agroecologia
Sociedade Latino-Americana de Agroecologia
Por Larissa Ferreira
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