Após a derrubada de bares e restaurantes na praia de Aruana, a área só deve começar a ser revitalizada no final do ano
Com a derrubada dos estabelecimentos comerciais na praia de Aruana, nos meses de maio e junho deste ano, a região necessita de um projeto de urbanização. Com a especulação imobiliária e o surgimento de hotéis e resorts, a revitalização da área fica em evidência. A Prefeitura de Aracaju deve iniciar as obras em novembro desse ano.
O diretor de Projetos e Pesquisa em Urbanismo da Prefeitura Municipal de Aracaju, José Vlamir Barreto, diz que a idéia de realizar um projeto para melhorar a região da Aruana não é recente e que a prefeitura já desenvolveu cinco projetos diferentes e chegou a contratar algumas empresas para a estabilização desses projetos.
As várias alternativas que foram encontradas para adequar a região foram apresentadas ao Ministério Público, mas elas se tornaram inviáveis devido ao seu custo. “Houve inclusive a idéia de haver uma ligação do esgoto sanitário da praia até a Região do Hotel Parque dos Coqueiros, mas o Ibama (Instituto Brasileiro de Apoio ao Meio Ambiente) proibiu o esgotamento e a drenagem na região”, disse o diretor.
Derrubada dos bares
Após determinação do Ministério Público Federal (MPF), 15 bares e restaurantes que se localizavam na praia de Aruana, no litoral sul de Aracaju, foram derrubados nos meses de maio e junho. Várias famílias que trabalhavam ou utilizavam os imóveis como moradia estão sem outra fonte de renda.
A polêmica acerca da derrubada dos bares foi gerada principalmente pelo local onde os bares foram construídos. Como a região da Aruana é uma área de preservação ambiental, tanto os órgãos de fiscalização e defesa do meio ambiente como o Ibama, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) e o próprio MPF estipularam um prazo para que a região ficasse livre dos estabelecimentos.
O prazo terminou e nenhum dos estabelecimentos havia realizado mudanças para se adequar às normas ambientais do local. Como a região é de competência exclusiva da União, a derrubada dos imóveis foi determinada pela procuradora-geral da República em Sergipe, Eunice Dantas. Alguns proprietários reclamaram o fato de o Ibama não os ter auxiliado para a readequação.
Por Rafael Gomes
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