Enquanto para algumas pessoas o fim de vários anos de universidade significa alívio e a possibilidade de ficar exclusivamente no mercado de trabalho, outras optam por continuar na pilha de livros e teorias do mundo universitário. Os cursos de mestrado são uma opção para os recém-formados que preferem seguir carreira acadêmica e para quem sabe da importância da constante qualificação.
Recém-formada em Direito pela Universidade Tiradentes (Unit), Ana Carol Teixeira já sabe que não é fácil entrar no mestrado sem muito empenho. “Quero estudar Direito Tributário. Há algum tempo venho analisando as universidades que se adéquam a esta linha e separando o material de estudo”, diz.
O mestrado é parte da conhecida pós-graduação. Como o próprio nome já sugere, pós-graduação é tudo aquilo que se faz depois da graduação. Obviedades à parte, essa esfera não inclui apenas os cursos de mestrado e doutorado, conhecidos como stricto sensu, mas também os de especialização e Master in Business Administration (MBA), denominados lato sensu.
Para ser doutor, o pré-requisito é possuir um mestrado. Muitos não se sentem à vontade de fazer cursos lato sensu por serem mais superficiais, em sua maioria, e pouco valorizados no Brasil. Apenas os stricto sensu são válidos em concursos públicos com bonificação para pós-graduados, por exemplo. Os cursos de mestrado, portanto, estão nos planos de muitos que acabam de conquistar o tão sonhado diploma do Terceiro Grau.
Como proceder?
“A pós-graduação me interessa bastante, mas não tenho muita informação sobre como chegar lá”, afirma o estudante de Letras Inglês da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Paulo Andrade. Apesar de ele ainda estar no quarto período, é na faculdade que deve surgir a empatia do aluno com o mundo acadêmico. Muitos nem suportam a idéia de passar mais tempo estudando.
O primeiro passo para os aspirantes a mestres é escolher a área que se intenciona seguir. Depois, o tema da dissertação deve ser arquitetado. No ato de escolha da universidade, deve-se ter em conta que cada uma tem o seu próprio processo seletivo. Mas a esmagadora maioria delas – senão todas – requer a apresentação do pré-projeto de pesquisa, que seria a proposta a ser trabalhada em relação ao tema.
A Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (Capes) criou uma página na Internet onde recomenda os melhores cursos de mestrado.
Vale salientar que, no caso do mestrado, além do tipo acadêmico, existe também o profissional. Neste último, os olhares estão mais focados no mercado de trabalho, pensando em soluções e análises das empresas e demais organizações. Ao invés de uma dissertação final, para a sua conclusão sugere-se a apresentação de um trabalho experimental.
Ao contrário do que é comumente pensado, os caminhos da pós-graduação não representam a vontade de quem quer única e exclusivamente seguir a carreira acadêmica. A engenheira química, Graziela Nascimento, é um exemplo de pessoa que foi buscar no mestrado em Engenharia Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA) o conhecimento e a experiência desejados pelo mercado. “Isso foi fundamental para que eu conseguisse um emprego em uma empresa da área, no Pólo Petrolífero de Camaçari”, conta ao provar a necessidade da constante qualificação profissional.
Mestrado na UFS
Uma opção para quem deseja seguir pelo mestrado e não quer se aventurar pelos Estados do Brasil afora é participar dos programas da UFS. Hoje, a universidade conta com 18 cursos dessa modalidade de pós-graduação espalhados por todas as áreas de conhecimento. Somente no último edital, foram abertas 380 vagas.
A UFS possui 495 alunos de mestrado registrados atualmente. Um número que, de acordo com o coordenador de Pós-Graduação, prof. Arie Fitzgerald Blank, tende a se expandir pelos próximos anos. “A nossa expectativa é que sejam criados muitos outros cursos em curto prazo, o que fomentará a pesquisa na instituição, contribuirá também para o mercado de trabalho e atrairá cada vez mais estudantes”, afirma.
Recém-formada em Direito pela Universidade Tiradentes (Unit), Ana Carol Teixeira já sabe que não é fácil entrar no mestrado sem muito empenho. “Quero estudar Direito Tributário. Há algum tempo venho analisando as universidades que se adéquam a esta linha e separando o material de estudo”, diz.
O mestrado é parte da conhecida pós-graduação. Como o próprio nome já sugere, pós-graduação é tudo aquilo que se faz depois da graduação. Obviedades à parte, essa esfera não inclui apenas os cursos de mestrado e doutorado, conhecidos como stricto sensu, mas também os de especialização e Master in Business Administration (MBA), denominados lato sensu.
Para ser doutor, o pré-requisito é possuir um mestrado. Muitos não se sentem à vontade de fazer cursos lato sensu por serem mais superficiais, em sua maioria, e pouco valorizados no Brasil. Apenas os stricto sensu são válidos em concursos públicos com bonificação para pós-graduados, por exemplo. Os cursos de mestrado, portanto, estão nos planos de muitos que acabam de conquistar o tão sonhado diploma do Terceiro Grau.
Como proceder?
“A pós-graduação me interessa bastante, mas não tenho muita informação sobre como chegar lá”, afirma o estudante de Letras Inglês da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Paulo Andrade. Apesar de ele ainda estar no quarto período, é na faculdade que deve surgir a empatia do aluno com o mundo acadêmico. Muitos nem suportam a idéia de passar mais tempo estudando.
O primeiro passo para os aspirantes a mestres é escolher a área que se intenciona seguir. Depois, o tema da dissertação deve ser arquitetado. No ato de escolha da universidade, deve-se ter em conta que cada uma tem o seu próprio processo seletivo. Mas a esmagadora maioria delas – senão todas – requer a apresentação do pré-projeto de pesquisa, que seria a proposta a ser trabalhada em relação ao tema.
A Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (Capes) criou uma página na Internet onde recomenda os melhores cursos de mestrado.
Vale salientar que, no caso do mestrado, além do tipo acadêmico, existe também o profissional. Neste último, os olhares estão mais focados no mercado de trabalho, pensando em soluções e análises das empresas e demais organizações. Ao invés de uma dissertação final, para a sua conclusão sugere-se a apresentação de um trabalho experimental.
Ao contrário do que é comumente pensado, os caminhos da pós-graduação não representam a vontade de quem quer única e exclusivamente seguir a carreira acadêmica. A engenheira química, Graziela Nascimento, é um exemplo de pessoa que foi buscar no mestrado em Engenharia Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA) o conhecimento e a experiência desejados pelo mercado. “Isso foi fundamental para que eu conseguisse um emprego em uma empresa da área, no Pólo Petrolífero de Camaçari”, conta ao provar a necessidade da constante qualificação profissional.
Mestrado na UFS
Uma opção para quem deseja seguir pelo mestrado e não quer se aventurar pelos Estados do Brasil afora é participar dos programas da UFS. Hoje, a universidade conta com 18 cursos dessa modalidade de pós-graduação espalhados por todas as áreas de conhecimento. Somente no último edital, foram abertas 380 vagas.
A UFS possui 495 alunos de mestrado registrados atualmente. Um número que, de acordo com o coordenador de Pós-Graduação, prof. Arie Fitzgerald Blank, tende a se expandir pelos próximos anos. “A nossa expectativa é que sejam criados muitos outros cursos em curto prazo, o que fomentará a pesquisa na instituição, contribuirá também para o mercado de trabalho e atrairá cada vez mais estudantes”, afirma.
Para a criação dos novos cursos, a única universidade pública de Sergipe precisa investir, além da infra-estrutura, no corpo docente. Relatórios da Capes fechados em 2007 apontam Sergipe como um dos Estados com menos professores lecionando na pós-graduação, estando à frente apenas de Roraima, Rondônia, Piauí, Amapá, Acre e Tocantins. Clique aqui e confira a tabela.
Por Allan Nascimento
2 comentários:
"[...] Estados do Brasil"
estados é com letra minúscula.
Durante toda a minha vida escolar e até agora há pouco, sempre soube que estado, quando se refere a unidade federativa, se escreve com letra maiúscula. Mas na dúvida, pesquisei:
Estado com maiúscula
Sobre o emprego da inicial maiúscula na palavra Estado persistem dúvidas, porquanto o Formulário Ortográfico de 1943 é omisso no tocante a território da Federação. Orienta ele no item 49, 5°, que se emprega a letra inicial maiúscula "nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Nação, Estado, Pátria, Raça, etc.", observando que "esses nomes se escrevem com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado".
Ocorre que estado, com minúscula, também é substantivo que significa uma situação, condição, e há casos em que só a inicial maiúscula pode precisar o sentido da frase:
– Vive num estado deplorável. [também poderia ser "Vive num Estado deplorável"]
– A ação de reparação de dano promovida por Almeida contra Seguros será julgada no estado em que se encontra. [na condição ou no Estado tal?]
– Um traçado encefalográfico reto é hoje, em muitos estados, a definição legal de morte. [em muitas situações ou em muitos Estados americanos?]
Normalmente não existirá ambigüidade, mas para que o redator não se dê ao trabalho de ver caso por caso, os jornais e revistas de um modo geral têm adotado o seguinte: usar maiúsculas não só quando se trata de "poder juridicamente organizado" mas também sempre que se referir à unidade de uma Federação: Mora no Estado do Paraná. / O governador visitou o Estado todo. / Muitos migrantes foram mandados de volta ao seu Estado.
Sobre a autora:
Maria Tereza de Queiroz Piacentini é catarinense, professora de Inglês e Português, revisora de textos e redatora de correspondência oficial há mais de vinte anos. Em 1989 foi responsável pela revisão gramatical da Constituição do Estado de Santa Catarina e no ano seguinte publicou artigos sobre questões vernáculas em diversos jornais. Retoma agora a publicação de colunas semanais com temas atualizados, em vista da experiência adquirida e das inúmeras consultas que lhe têm feito pessoas de todo o País depois que lançou o livro Só Vírgula - Método fácil em 20 lições (UFSCar, 1996, 164p.). Também teve publicados, em 1986, dez módulos da Instituição Técnica Programada - ITP, Português para Redação, edição esgotada.
Hompege: www.linguabrasil.com.br
Postar um comentário