Uma grande interrogação para diretores e coordenadores. O que importa é o agora: vestibular 2009.
A notícia sobre a adoção do sistema de cotas – a partir de 2010, pela Universidade Federal de Sergipe – levantou muitos questionamentos entre alunos, instituições de ensino e sociedade. Conflitos entre prós e contras à parte, o momento é de indagar e refletir sobre o que mudará e que medidas serão tomadas diante desse novo contexto.
Instituições de ensino médio, que costumam planejar o cronograma do ano letivo com base no principal vestibular do Estado – o da UFS –, a partir do próximo ano, terão um novo desafio pela frente: as cotas. Como elas influenciarão a estrutura do planejamento escolar?
No momento, os colégios privados concentram sua atenção nas revisões para o vestibular 2009. Em relação ao sistema de cotas, para eles, ainda pode ser modificado, e pouca atenção lhe é dada. Estes estabelecimentos particulares esperam o posicionamento oficial da FENEN (Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Sergipe), a qual ameaça entrar com um processo para recorrer da medida adotada pela UFS, embora reconheçam que não há muito que se fazer diante de um programa já constitucionalizado. “No momento estamos focados nas revisões para o vestibular deste ano. Uma reunião sobre esse assunto já está programada para a próxima semana”, declara Luís Felipe Félix, coordenador do Colégio Dinâmico, que vê o ano de 2010 como uma “ grande interrogação diante da problemática em torno das cotas”.
Ideltino Barreto, coordenador do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase) – órgão responsável pelo Pré-SEED (pré-universitário da Secretaria de Estado da Educação), que, em 2007, teve mais de 500 alunos da instituição aprovados no vestibular da UFS –, considera que ainda há pontos no sistema de cotas que precisam de esclarecimento. “Há a necessidade de uma discussão entre os órgãos educacionais da Secretaria do Estado, Universidade e alunos, para análise das entrelinhas desse programa. Só ouvimos as informações pelos noticiários!”, afirma Barreto.
A previsão é de que as cotas tornem os alunos do sistema de ensino publico mais competitivos, ainda que, por enquanto, colégios públicos e privados prefiram focar sua atenção no vestibular 2009. Passada a euforia desta etapa, ainda há muito a se discutir.
Por Fernanda Carvalho
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