A partir de 2010, a política de cotas entrará em vigor na Universidade Federal de Sergipe. Segundo o Programa de Ações Afirmativas (Paaf), metade das vagas de cada curso deverá ser disponibilizada aos estudantes da rede pública de ensino. E, desse percentual, 70% serão destinados aos candidatos que se declararem negros, pardos ou índios. Além disso, cada curso deverá ofertar uma vaga para os candidatos portadores de deficiência física.
Em funcionamento desde 1996, o Núcleo de Educação Especial é uma das principais fontes de discussões, estudos e pesquisas sobre as condições de acesso e permanência dos portadores de deficiência na universidade. Outra, mais recente, é o Projeto Incluir.
Mas, mesmo com medidas que visam a criação e expansão de núcleos de acessibilidade, adequações arquitetônicas para acessibilidade física, aquisição e adaptação de materiais didáticos específicos, o projeto ainda sofre com limitações financeiras.
Em 2007, iniciativas como a I Semana de Acessibilidade e reformas na estrutura física do Campus São Cristóvão começaram a mudar o cenário. No entanto, as principais mudanças devem ocorrer no âmbito pedagógico. Exemplos destas são a capacitação de professores na língua de sinais (libras) e a aquisição de novos livros em braile.
Para Verônica dos Reis, professora do Departamento de Educação, a implantação do sistema de cotas exigirá um maior preparo da universidade em relação ao acesso e permanência de pessoas com deficiência.
“Não basta só um departamento, uma só professora trabalhar. É preciso uma consciência da universidade como um todo (...) Agora, que implantaram o sistema de cotas, todos os departamentos devem estar preparados para receber esses alunos”.
Outro ponto mencionado pela professora relaciona-se à questão do respeito ao portador de necessidades especiais: “Mais difícil do que a estrutura arquitetônica é a estrutura pedagógica; porque mexe com conceitos, com preconceitos, professores e alunos, e tudo mais”.
Thiago Nascimento, beneficiado pela reserva de vagas para deficientes físicos em concursos públicos, vê com bons olhos essa nova medida. “Acho justo, porque são pessoas que não têm acesso à educação de qualidade”. Por outro lado, para Djalma Andrade, professora do Departamento de Química e coordenadora do Projeto Incluir, as cotas não irão resolver o problema. “Às vezes você tem acesso, mas não tem condições de freqüentar”, declarou.
RESOLUÇÃO Nº 80/2008/CONEPE
Por Larissa Ferreira
Em funcionamento desde 1996, o Núcleo de Educação Especial é uma das principais fontes de discussões, estudos e pesquisas sobre as condições de acesso e permanência dos portadores de deficiência na universidade. Outra, mais recente, é o Projeto Incluir.
Mas, mesmo com medidas que visam a criação e expansão de núcleos de acessibilidade, adequações arquitetônicas para acessibilidade física, aquisição e adaptação de materiais didáticos específicos, o projeto ainda sofre com limitações financeiras.
Em 2007, iniciativas como a I Semana de Acessibilidade e reformas na estrutura física do Campus São Cristóvão começaram a mudar o cenário. No entanto, as principais mudanças devem ocorrer no âmbito pedagógico. Exemplos destas são a capacitação de professores na língua de sinais (libras) e a aquisição de novos livros em braile.
Para Verônica dos Reis, professora do Departamento de Educação, a implantação do sistema de cotas exigirá um maior preparo da universidade em relação ao acesso e permanência de pessoas com deficiência.
“Não basta só um departamento, uma só professora trabalhar. É preciso uma consciência da universidade como um todo (...) Agora, que implantaram o sistema de cotas, todos os departamentos devem estar preparados para receber esses alunos”.
Outro ponto mencionado pela professora relaciona-se à questão do respeito ao portador de necessidades especiais: “Mais difícil do que a estrutura arquitetônica é a estrutura pedagógica; porque mexe com conceitos, com preconceitos, professores e alunos, e tudo mais”.
Thiago Nascimento, beneficiado pela reserva de vagas para deficientes físicos em concursos públicos, vê com bons olhos essa nova medida. “Acho justo, porque são pessoas que não têm acesso à educação de qualidade”. Por outro lado, para Djalma Andrade, professora do Departamento de Química e coordenadora do Projeto Incluir, as cotas não irão resolver o problema. “Às vezes você tem acesso, mas não tem condições de freqüentar”, declarou.
RESOLUÇÃO Nº 80/2008/CONEPE
Por Larissa Ferreira
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