Troca de experiências, intercâmbio cultural, ampliação dos conhecimentos e enriquecimento do currículo. Estas são apenas algumas das conquistas de quem participa do Programa Andifes de Mobilidade Acadêmica, disponibilizado pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Poucos alunos sabem, mas é possível cursar uma parte da graduação em universidades federais de todo o Brasil.
O acordo de mobilidade foi firmado há alguns anos pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Hoje, mais de 50 instituições públicas fazem parte da entidade e permitem o intercâmbio acadêmico entre seus estudantes.
Confira a lista das universidades participantes.
“Essa é uma oportunidade única de o estudante adquirir uma bagagem intelectual extra, o que acarretará benefícios múltiplos para a sua formação na graduação. Ele terá contato com outros professores, outros alunos, outros métodos de ensino e enfoques variados. Trata-se de uma boa opção para quem deseja ampliar os horizontes e conhecer coisas novas”, é o que afirma o coordenador do programa de mobilidade acadêmica na UFS, professor Antônio Edilson do Nascimento.
Como funciona?
O primeiro passo para o aluno que deseja participar do programa é escolher a universidade de destino. Em seguida, o discente deve conseguir as ementas das disciplinas que pretende cursar naquela instituição e levar ao Departamento de Administração Acadêmica (DAA) para que o processo tenha início. Os programas serão analisados pelo colegiado do departamento do estudante, de modo a verificar equivalência disciplinar. A idéia é que as matérias cursadas fora sejam convertidas em créditos na universidade de origem, ao final do intercâmbio.
O professor Antônio Edilson diz que, embora a equivalência entre as disciplinas seja um pré-requisito para dar início à mobilidade, ela, certo modo, enrijece o aluno para a possibilidade de ir muito além e se aprofundar em distintos campos de conhecimento. “Um aluno do curso de Biologia da UFS, por exemplo, não vai poder estudar lá fora uma área que fuja totalmente das nossas ementas. Isso é um tanto limitador para quem procura novas linhas de estudo”, pondera.
Depois de aprovada a equivalência, o DAA envia toda a documentação e uma carta de apresentação do aluno para a universidade pretendida. Esta será responsável por verificar a existência de vaga nas disciplinas preteridas e realizar a matrícula, comunicando à UFS a aceitação do universitário.
Mas existem restrições à participação na mobilidade acadêmica, além da existência de equivalência disciplinar entre os programas de estudo. O estudante já deve ter cursado os dois primeiros semestres e não pode ter mais de uma reprovação por período letivo.
O tempo de duração da mobilidade é de um ano, podendo ser prorrogado por mais meio período – semestre ou ano dependendo da instituição – em caráter excepcional. O aluno terá sua vaga assegurada na instituição de origem durante este tempo. Ao final do programa, a universidade receptora deverá emitir certificado das disciplinas cursadas, a fim de que elas sejam inclusas no histórico escolar do acadêmico.
Quem tem participado?
O acordo de mobilidade foi firmado há alguns anos pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Hoje, mais de 50 instituições públicas fazem parte da entidade e permitem o intercâmbio acadêmico entre seus estudantes.
Confira a lista das universidades participantes.
“Essa é uma oportunidade única de o estudante adquirir uma bagagem intelectual extra, o que acarretará benefícios múltiplos para a sua formação na graduação. Ele terá contato com outros professores, outros alunos, outros métodos de ensino e enfoques variados. Trata-se de uma boa opção para quem deseja ampliar os horizontes e conhecer coisas novas”, é o que afirma o coordenador do programa de mobilidade acadêmica na UFS, professor Antônio Edilson do Nascimento.
Como funciona?
O primeiro passo para o aluno que deseja participar do programa é escolher a universidade de destino. Em seguida, o discente deve conseguir as ementas das disciplinas que pretende cursar naquela instituição e levar ao Departamento de Administração Acadêmica (DAA) para que o processo tenha início. Os programas serão analisados pelo colegiado do departamento do estudante, de modo a verificar equivalência disciplinar. A idéia é que as matérias cursadas fora sejam convertidas em créditos na universidade de origem, ao final do intercâmbio.
O professor Antônio Edilson diz que, embora a equivalência entre as disciplinas seja um pré-requisito para dar início à mobilidade, ela, certo modo, enrijece o aluno para a possibilidade de ir muito além e se aprofundar em distintos campos de conhecimento. “Um aluno do curso de Biologia da UFS, por exemplo, não vai poder estudar lá fora uma área que fuja totalmente das nossas ementas. Isso é um tanto limitador para quem procura novas linhas de estudo”, pondera.
Depois de aprovada a equivalência, o DAA envia toda a documentação e uma carta de apresentação do aluno para a universidade pretendida. Esta será responsável por verificar a existência de vaga nas disciplinas preteridas e realizar a matrícula, comunicando à UFS a aceitação do universitário.
Mas existem restrições à participação na mobilidade acadêmica, além da existência de equivalência disciplinar entre os programas de estudo. O estudante já deve ter cursado os dois primeiros semestres e não pode ter mais de uma reprovação por período letivo.
O tempo de duração da mobilidade é de um ano, podendo ser prorrogado por mais meio período – semestre ou ano dependendo da instituição – em caráter excepcional. O aluno terá sua vaga assegurada na instituição de origem durante este tempo. Ao final do programa, a universidade receptora deverá emitir certificado das disciplinas cursadas, a fim de que elas sejam inclusas no histórico escolar do acadêmico.
Quem tem participado?
Embora o intuito principal do programa seja possibilitar ampliação dos horizontes de estudo dos participantes, Antônio Edilson informa que o perfil das pessoas que têm procurado a mobilidade acadêmica não é bem esse, no geral. “A maioria dos estudantes que aplica mobilidade daqui para fora ou vice-versa é constituída por pessoas que vão iniciar um emprego ou foram transferidas de cidade e não conseguiram transferência externa. Poucos são os que vão exclusivamente estudar”, diz.
A estudante do sexto período de Direito da UFS, Valéria Guimarães, por exemplo, passou recentemente em um concurso público no Distrito Federal e pretende fazer mobilidade acadêmica na Universidade de Brasília (UnB). “Na verdade, não ‘escolhi’ a UnB. Essa foi a única forma que encontrei para continuar em uma universidade pública, já que não foram abertas vagas para transferência externa em minha área”, explica.
Este não é o caso da estudante do sexto período de Jornalismo, também da UFS, Júlia da Escóssia. Ela recentemente trocou as facilidades de estudar perto de casa pelo desafio de viver em outra cidade. Em prol do aperfeiçoamento de sua graduação, Júlia agora estuda na Universidade Federal Fluminense (UFF). A instituição fica localizada na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
“O que me motivou foi a vontade de me especializar na área ligada mais ao Jornalismo Cultural, que na UFS é muito fraca. Enquanto lá temos somente algumas optativas na área, aqui temos bem mais disciplinas voltadas para esse campo. “Nós da turma, por exemplo, como trabalho da disciplina de Tópicos em Audiovisual I, tivemos que cobrir o Festival de Cinema do Rio de Janeiro, uma excelente experiência e que jamais teria aí, na UFS”, afirma Júlia da Escóssia.
Um dos empecilhos do programa é com relação à moradia e bolsas, já que as instituições não oferecem quaisquer desses auxílios. No caso de Júlia, a hospedagem foi uma das partes mais difíceis da aventura. “Como não tenho família, inicialmente fiquei na casa de amigos dos meus pais, que são como tios para mim. Somente agora em novembro é que achei minha casa, estou dividindo-a com mais duas meninas”, comenta.
Para os que aspiram a participar do Programa Andifes de Mobilidade Acadêmica, a universitária dá o seu recado. “Existe muita burocracia e o processo pode demorar muito, como o meu. Isso é, sim, um obstáculo, mas não um empecilho. O aprendizado que adquirimos tanto pessoalmente quanto profissionalmente vale muito à pena apesar das dificuldades que temos que enfrentar”, finaliza.
O estímulo é válido. Poucas pessoas têm aproveitado a chance. Desde 1997 que a UFS participa da mobilidade. Durante estes anos, apenas 12 pessoas foram para o Campus de São Cristóvão por meio da modalidade. O número de alunos que saíram é ainda menor, cinco apenas.
Por Allan Nascimento
Um comentário:
Erro no 4º parágrafo: o sinônimo correto para aluno é discente e não docente como colocado na matéria. O vocábulo docente faz menção a professor.
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