28 abril, 2007

Mostra de Artes divulga talentos da UFS


Pelo terceiro ano consecutivo, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) promoverá, entre os dias sete e 18 de maio de 2007, a Mostra Experimental de Artes Visuais. No evento, alunos dos cursos de graduação, pós-graduação ou ex-alunos da instituição, além de técnicos administrativos e professores, poderão expor suas obras de arte nas categorias pintura, desenho grafite, fotografia e escultura/objeto. Assim como no ano passado, a exposição será na galeria de artes, que fica no hall da Biblioteca Central (Bicen) da UFS, e os interessados em expor seus trabalhos podem se inscrever na Coordenação de Programação Cultural e Recreativa (Copre) até o dia 30 de abril.

Segundo o professor Marcos Monteiro, da Copre, a Mostra é uma forma de divulgar e incentivar os talentos da universidade no âmbito artístico. Ele ressalta ainda a abrangência do evento, que não se restringe aos alunos do curso de Licenciatura em Artes Visuais: “a mostra é geral, para a UFS. É uma possibilidade de oportunizar a descoberta de talentos”.

Além da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex) - através do Centro de Cultura e Artes (Cultart) - e da Copre - unidade da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proest) -, estão envolvidos na organização da Mostra o Diretório Central de Estudantes (DCE) e os centros acadêmicos.



Expectativa

Conforme dados da Copre, no ano passado (2006) a mostra contou com 53 expositores e 1022 visitantes. Para este ano, a expectativa é de que o número de expositores aumente devido ao processo de expansão da universidade. “Com o Campus de Laranjeiras e de Itabaiana, locais onde o evento também já foi divulgado, deverá aumentar o número de participantes da III Mostra Experimental de Artes Visuais” – afirma o professor Marcos Monteiro.

Seleção

Este possível crescimento do número de expositores, embora seja visto de forma positiva e desejável pela organização do evento, receia os próprios responsáveis pela Mostra, pois, caso haja um grande aumento de trabalhos inscritos, a Bicen não disporá de espaço suficiente para comportar a todos. A solução para isso, de acordo com Marcos Monteiro, seria a realização de uma triagem das obras inscritas, ou seja, cada participante, em vez de expor três obras como prevê o regulamento, exporia apenas uma.

Outra solução, oferecida pelo Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, Ruy Belém, seria de pôr à disposição da mostra outras áreas do campus universitário. Assim, além do hall da Bicen, uma parte da exposição poderia se estender até o hall da Reitoria e, em último caso, poder-se-ia utilizar o Cultart.

Premiação e Estímulo

O mais interessante da exposição, diz Marcos Monteiro, é que as obras são submetidas a sufrágio popular. Quanto à premiação, o professor esclarece que “infelizmente a universidade não tem uma rubrica destinada a este tipo de gasto”. Por isso, a organização vem tentando, desde a primeira Mostra, travar parcerias com empresas com o propósito de poder oferecer prêmios aos vencedores de cada categoria. Por enquanto, os expositores recebem apenas um certificado de participação. “Se houvesse uma premiação, certamente haveria mais estímulo à participação”, diz Marcos Monteiro.

Mesmo sem premiação, Rosângela de Souza Santos, aluna do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UFS, afirma que o estímulo para participar da Mostra do ano passado partiu do desafio de lançar-se em novas habilidades e ousadias. Rosângela, que recebeu o primeiro lugar na categoria escultura com sua obra “Vida”, não esconde admiração pelo evento: “foi uma das melhores idéias que já ocorreram para todos os alunos que tenham afinidades com a arte e se propõem a produzi-la”. Para ela, a Mostra beneficia a todos por ser um meio de conhecimento e de integração entre a comunidade acadêmica.

Por Tiale Acrux

Imagens: Acervo da Copre.

27 abril, 2007

Curta-SE 7 apresenta novidades e prioriza a diversidade cultural


Inicialmente criado com o objetivo de ser um festival de curtas-metragens para universitários, o Festival Luso-Brasileiro de Curtas-Metragens de Sergipe (Curta-SE), que ocorre de 28 de abril a seis de maio de 2007 nas cidades de Aracaju, São Cristóvão e Estância, chega à sua sétima edição com o tema “Imagens que você não vê por aí”. A produção deste ano também terá um enfoque voltado para “a cultura como elemento de diversidade das expressões”, segundo a diretora-executiva do festival, Rosângela Rocha.

O Curta-SE traz três categorias distintas de competição: 35 mm, Vídeo e Curtas sergipanos. Além disso, ocorrerão mostras informativas, exposições, seminários, debates, apresentação de grupos folclóricos, workshop e a exibição de seis longas-metragens convidados, como “Cartola – Música para os olhos”, de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, “O cheiro do ralo”, do diretor Heitor Dhalia, entre outros.

Durante o festival, 48 curtas-metragens participarão das competições. São produções de quatro regiões brasileiras (com a exceção da região Norte), englobando 12 estados, e um curta de Portugal, concorrente na categoria Vídeo.

Uma novidade deste ano é a inclusão de produções sul-americanas, a exemplo dos curtas “Somos el Público”, do México, e “Abre El Helvético”, da Argentina. A entrada deles aponta para mudanças que acontecerão no Curta-SE 2008: “na próxima edição, seremos ibero-americanos”, anuncia Rosângela Rocha.

O acesso aos seminários, palestras, exposições, mostras informativas e debates será livre. Já para assistir às mostras competitivas e aos curtas-metragens, no Cinemark, será necessária a apresentação de dois quilos de alimentos não perecíveis, que serão revertidos à campanha federal, Fome Zero.

Homenageado do Ano

Todos os anos o Curta-SE presta homenagens a uma personalidade do mundo das artes, e o homenageado deste ano é especial: o argentino naturalizado brasileiro Ilo Krugli. Especial porque nas edições anteriores o evento já se utilizava da obra desse artista plástico para a criação do troféu Curta-SE. “De certa forma, o Ilo doou sua obra para este festival, de modo que resolvemos fazer uma homenagem para ele que é um grande dramaturgo e artista plástico”, conta Rosângela Rocha.

Há quase 50 anos, Krugli contribui para a cultura nacional através do seu trabalho artístico e de projetos que unem arte e educação. O Curta-SE 7 apresentará ao público, de 30 de abril a 31 de maio, uma exposição de trabalhos produzidos por Krugli e pelo fotógrafo Fábio Viana, no Instituto Luciano Barreto Júnior, em Aracaju.

Interiorização

Há três anos que o Curta-SE não se limita a Aracaju e abrange também a cidade de São Cristóvão. A partir deste ano, sua programação começará a atender ao município de Estância. O Governo do Estado, em conversa com a direção do Festival, sinalizou para que o evento seguisse para outras cidades do estado, num percurso de interiorização da cultura. “Pela primeira vez na história do Curta-SE, o Governo de Sergipe entra como patrocinador, e nós sugerimos que ele se estendesse ao interior. E isso está dentro da nossa proposta de interiorizar o desenvolvimento e levar a cultura para as cidades do interior do estado”, diz a secretária de Comunicação de Sergipe, Eloísa Galdino. Além desses dois municípios já inclusos na rota do Festival, um terceiro será escolhido para a exibição dos curtas premiados.

Patrocínio

Através de uma articulação entre as Secretarias de Comunicação, Cultura e Turismo, o Governo do Estado patrocinará o evento em forma de apoio financeiro e de serviços. De acordo com Eloísa Galdino, o Governo de Sergipe acredita no potencial desse Festival, e crê no “papel que ele tem não só como fomentador do audiovisual, mas também de possibilitar que as pessoas se interessem mais e comecem a produzir material no formato curta-metragem de audiovisual”.

Opinião essa que é compartilhada pela presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esporte (Funcaju), Lucimara Passos, para quem “as mostras que acontecem no Curta-SE não só provocam um intercâmbio dos trabalhos que são realizados aqui e dos que são realizados fora, como também são uma grande oportunidade de estímulo à produção”. Neste ano, a Prefeitura de Aracaju oferece um patrocínio de 30 mil reais ao evento, revertidos em premiação aos Curtas sergipanos, em serviços e na realização de cursos, a exemplo do workshop “Como fazer seu filme”, que acontece de 28 de abril a 02 de maio no Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, na capital sergipana.

Cinema de rua

Apesar da programação de qualidade, o acesso do público à sala liberada pelo Cinemark será limitado: a sala dispõe de 154 lugares. Para Rosângela Rocha, este problema seria resolvido com uma “sala de rua” . Na edição do Curta-SE 2004, o Festival exibiu curtas e longas-metragens numa enorme tenda montada na Orla do Bairro Industrial, alcançando maior número de espectadores.

“Podíamos dar um acesso maior até mesmo para a população que nunca foi ao cinema. O nosso intuito é chamar a atenção, cada vez mais, para que a cidade de Aracaju tenha uma sala de cinema de rua”, diz Rocha. E esta necessidade será enfatizada em todas as palestras e debates, tornando-se uma proposta para a próxima edição. “Aracaju precisa de uma sala pública de cinema”, finaliza a diretora do Festival.

Por Valter Lima

Para mais informações sobre o Curta-SE acesse:

E para saber mais sobre Cinema e Cultura:




25 abril, 2007

Curso gratuito de Esperanto visa formar educadores para o ensino da língua

Sexta-feira, 21h. Na Biblioteca Municipal Clodomir Silva, localizada no bairro Siqueira Campos, em Aracaju, uma turma de 39 alunos assiste ao encerramento de uma aula de língua estrangeira. Apesar de ser apenas o segundo dia de atividades, todos já interagem com o professor do novo idioma ao qual estão sendo introduzidos: o Esperanto.

A turma é formada por profissionais graduados e estudantes da comunidade local, como a educadora Mônica Graziele, que participa do curso devido à proposta universal do idioma. Conforme Mônica Graziele, em sua religião, o espiritismo, existem diversas publicações em esperanto as quais ela gostaria de ter acesso. Já o estudante de Artes Visuais da Universidade Federal de Sergipe, Mateus Souza, se interessou pelo idioma por outro motivo. “Por não ter uma origem étnica, não há a questão de língua superior”, avalia Souza.

O professor do curso, Roberto da Silva Ribeiro, doutor em lingüística pela Universidade Federal de Pernambuco, utiliza livros e vídeos para ministrar as aulas, que têm como objetivo formar profissionais aptos a passarem o conhecimento adquirido para outros interessados.

O que é o esperanto?

Segundo o francês Henri Masson, em seu artigo “O Esperanto Hoje”, a língua Esperanto tem, desde a sua origem, o intuito de permitir a comunicação entre povos de línguas originais diferentes através de uma língua universal. A filosofia dos esperantistas, segundo Roberto da Silva Ribeiro, pretende proporcionar o aprendizado de um idioma em menos tempo do que se levaria para aprender qualquer outro.

Como explica Ribeiro, o esperanto é uma língua de fácil e rápido domínio, sobretudo por não conter exceções às regras gramaticais, que “ocupam muito espaço na cabeça das pessoas”, diz. Quanto ao método de aprendizado, os esperantistas defendem uma didática livre. “Existe uma proposta no Esperanto de aprender a língua voluntariamente, com o mínimo de pressão possível”, explica o professor.

O professor ainda expõe que a proposta inicial do esperanto não almeja gerar lucros com seu ensino, de modo que o curso em questão é gratuito. Aliás, “quando Lázaro Luís Zamenhof, o criador da língua, publicou o primeiro livro, disse que renunciava aos direitos autorais da publicação e da língua”, salienta Ribeiro.

Origem da língua

No artigo “A Origem do Esperanto”, o membro da Associação Esperantista do Rio de Janeiro, Floriano Pessoa, explica que Lázaro Luis Zamenhof desenvolveu a língua universal em uma região onde eram falados diversos idiomas. No caso, a cidade natal de Zamenhof, na época pertencente ao Império Russo, mas que atualmente faz parte da Polônia.

Com o desejo de promover a unificação dos povos de sua região, Zamenhof estudou diversas línguas. Unindo e simplificando as línguas estudadas, com 17 anos, o polonês desenvolveu um idioma neutro.

Após a publicação do primeiro livro de Zamenhof, o esperanto conseguiu ser bem difundido. Entretanto, nem todos os governos apoiaram a idéia de um idioma livre. Segundo o professor Roberto da Silva Ribeiro, houve governos ditatoriais que prenderam e até mesmo mataram esperantistas.

No Brasil, Sergipe foi um dos primeiros estados a receber este idioma universal, em 1907, e o pioneiro em torná-lo uma disciplina escolar. Em 1918, Sergipe foi o primeiro estado brasileiro a ter o esperanto nas escolas, seguido pelo Rio de Janeiro. Por fim, o Governo Federal implantou a língua como matéria optativa nas escolas, relata Ribeiro.

Por Adrine Cabral

Para maiores informações, acesse:

O Esperanto e seu Criador

Artigo “A Origem do Esperanto

Liga Brasileira de Esperanto

Foto: my.opera.com

19 abril, 2007

Evento busca conscientizar a sociedade sobre a hemofilia

O Centro de Hemoterapia e Laboratório Central de Saúde de Sergipe (Hemolacen ), iniciou na terça-feira, 17 de abril, a I Semana de Conscientização e Sensibilização do Hemofílico. O evento, que começa justamente na data em que é comemorado o dia Mundial do Hemofílico, prossegue até a sexta-feira, 20, e pretende, através de atividades de esclarecimento, promover integração entre portadores da doença e conscientização junto à sociedade.

Segundo o presidente do Hemolacen, Dr. Roberto Gurgel, as atividades desenvolvidas têm dois objetivos principais: motivar a comunidade para que ela possa “descobrir” o tema e alertar os profissionais da saúde no sentido de que eles devem encaminhar ao hemocentro pessoas com suspeita de hemofilia.

Em seu primeiro dia, a programação começou às 7h: 30 da manhã, com panfletagem em um semáforo próximo ao mirante do Bairro 13 de julho, em Aracaju. Pouco depois, às 10h, foi realizada uma solenidade no auditório do Hemolacen – localizado na Avenida Tancredo Neves – na qual foi lida uma carta da Associação dos Hemofílicos que expôs suas dificuldades e reivindicações.

Ainda na solenidade, houve apresentação do grupo de teatro UTI do Riso e o lançamento do Cartão do Hemofílico, uma novidade implantada pelo Centro para facilitar o atendimento no Hemolacen e em outras unidades de saúde sergipanas. No cartão será identificado o tipo de hemofilia, os medicamentos que não poderão ser utilizados e os cuidados necessários em casos de hemorragias.

Na ocasião, estiveram presentes pacientes hemofílicos da capital e do interior, o presidente da Associação de Hemofílicos, secretários municipais de saúde e profissionais da área.

No decorrer da semana, em diversos centros de saúde, palestras e debates voltados à sociedade darão continuidade a I Semana de Conscientização.

A doença

A Hemofilia é uma doença genética caracterizada por distúrbios na coagulação do sangue, o que ocasiona difícil controle de hemorragias. Quando um vaso sanguíneo é danificado, uma casca não se forma e ele continua sangrando por um período excessivo de tempo. O sangramento pode ser externo, se a pele for danificada por um corte, ou interno, em músculos, articulações e órgãos.

Tipos de Hemofilia

A doença possui três tipos mais comuns: o “A”, que atinge pessoas deficientes do fator VIII da coagulação ou globulina anti-hemofílica; o “B”, cujos portadores carecem do fator IX e o “C”, caracterizado pela ausência de um fator denominado PTA. Os sangramentos são iguais nos três casos, entretanto, a gravidade vai depender do fator presente no plasma (líquido que representa 55% do volume total do sangue).

O Tratamento

O distúrbio não tem cura. Para cessar a hemorragia, o paciente hemofílico recebe o fator de coagulação deficiente (concentrados de fator VIII ou IX), que é preparado a partir do plasma obtido com a doação de sangue. Mas para que o cuidado seja efetivo, o paciente deve fazer exames regulamente e nunca utilizar medicamentos que não sejam recomendados pelos médicos.

Segundo Maílson Santos Silva, hemofílico da cidade de Campo do Brito, o tratamento proporciona um ritmo de vida normal. Ele é um dos 78 pacientes assistidos pelo Centro de Hemoterapia que, além de dar assistência nas deficiências sanguíneas, desenvolve tratamento com acompanhamento de psicólogo, assistente social, dentista e fisioterapeuta.

Por Tais Olivia

Para maiores informações, acesse:

Portal Hemofilia Brasil

Foto: site www.biologia.org