30 janeiro, 2007

Calor em Sergipe aumenta e exige cuidados da população



Aqueles que acham que o início de 2007 está muito quente, cuidem-se! Nos próximos três meses as temperaturas permanecerão elevadas. A previsão é de que a máxima durante este período oscile entre 30° e 33°C. O meteorologista Marcos Paulo Pereira, do Centro de Meteorologia de Sergipe disse que na parte norte do Estado, principalmente no Sertão, a temperatura poderá atingir picos de até 36°C.


Efeito Estufa

De acordo com Marcos Paulo Pereira, a temperatura máxima deste mês de janeiro oscilou entre 0,5° e 1° a mais, quando comparado com o mesmo período de 2006. Para ele, “esse aumento já pode ser uma evidência do aquecimento global, devido à grande concentração de dióxido de carbono na atmosfera”. O dióxido de carbono, mais conhecido por gás carbônico, é um dos responsáveis pelo efeito estufa. Esse fenômeno garante a manutenção da temperatura na Terra e foi o que possibilitou um grau ótimo de temperatura para a existência de vida no planeta. Pereira explica que durante o século XX a concentração de dióxido de carbono e metano, ambos os gases do efeito estufa, aumentou respectivamente, 33% e 100%. Esses gases permanecem na camada troposférica, barrando a irradiação emitida pela Terra, acumulando energia, ou seja, calor.

O meteorologista chama atenção para o fato de que esse aquecimento provoca também uma maior concentração de vapor de água na atmosfera terrestre, devido à evaporação. E isso pode ocasionar eventos extremos, como o detectado no ano passado no Sertão sergipano, onde se formou uma ilha de calor caracterizada pela permanência de uma temperatura máxima com 5°C superior a média climática, no período de seis dias.

Esse aumento da temperatura provavelmente cessará a partir do mês de maio, pois, “com o início da estação mais chuvosa a temperatura máxima pode ficar inferior a 30°C”, tranqüiliza Pereira. Mas vale lembrar que as chuvas já poderão estar presentes no mês de março, com a precipitação acima de 50 mm.

Ação humana

O Coordenador do Centro de Meteorologia e Recursos Hídricos (CMRH), Overland Amaral acredita que esse aumento da temperatura é uma conseqüência da ação humana, pois o desmatamento de áreas verdes e a utilização de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) contribuem para a concentração do gás carbônico na atmosfera. Segundo o coordenador, esse aquecimento provoca um desconforto ambiental que vai além do calor excessivo chegando a afetar a saúde.

O clínico médico João Augusto Oliveira concorda com Overland Amaral e recomenda que se evite a exposição ao sol no período das 10 às 14h, além disso, ele salienta a importância do uso de protetor solar para a prevenção dos possíveis danos provocados pela exposição excessiva ao sol, como lesões e até mesmo câncer de pele.

Por Grazielle Matos
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Para maiores informações, acesse:

Efeito estufa

Centro de Meteorologia de Sergipe

Imagem: http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/ee/Efeito_Estufa.html

29 janeiro, 2007

Futebol Americano em versão brasileira ganha adeptos em Aracaju
















A bola é chutada. Ambos os times correm em direção a ela. O receptor do time vermelho agarra a bola e dispara em alta velocidade em direção ao lado adversário. Em seguida, dribla dois jogadores do time azul, mas é interrompido em sua corrida por um terceiro que o derruba pela cintura em direção ao chão. As areias da praia de Atalaia amortecem a queda de ambos. Os jogadores se levantam e apertam as mãos em um cumprimento de respeito. O time vermelho comemora, pois conseguiu avançar 40 jardas. Depois mais 20 para, então, marcar o ponto da vitória.

Para os que não compreenderam esta narração, trata-se de uma jogada típica do Futebol Americano. O objetivo do jogo é avançar a bola em direção ao final do campo adversário, o que acarretará em pontos. No final do jogo, a equipe que somar mais pontos é consagrada campeã. A partida é composta por uma série de jogadas curtas que são interrompidas quando o jogador que estiver com a posse da bola for derrubado. Aliás, apenas o jogador que estiver com a bola pode ser empurrado em direção ao chão. E a única parte do corpo permitida de ser agarrada pelos adversários é o tronco. A jogada continua a partir do ponto da queda no campo, cujo tamanho é calculado por meio de jardas, onde uma jarda equivale a 92 centímetros.

Futebol Americano na praia

No Brasil, a prática efetiva do Futebol Americano teve início nas praias do Rio de Janeiro. Contudo, a falta de acessibilidade aos equipamentos tradicionais e a ausência de espaços apropriados à prática do esporte, fizeram com que houvesse modificações na estrutura da modalidade no país. Assim, o Futebol Americano foi adaptado e deu origem ao Futebol Americano de Praia, ou Beach Football. Nesta nova modalidade, a areia amortece boa parte dos impactos, dispensando a presença da maioria dos equipamentos utilizados na prática original do esporte. O único equipamento recomendado para o Beach Football é o protetor bucal, que evita possíveis lesões na boca em decorrência das quedas.

Em Aracaju, o esporte começou a ser praticado no ano passado quando um grupo de amigos se reuniu para “brincar” de Futebol Americano em versão brasileira – o Beach Football. Com o tempo, a brincadeira passou a ser um hobby e em menos de um ano o número de jogadores triplicou. Hoje, reúnem-se cerca de 20 jogadores nos encontros semanais na Orla de Atalaia. Inclusive, o time de Futebol Americano de Praia já possui nome: Aracaju Bravos.

Sobre os pré-requisitos para se praticar o esporte, Jeancarlos Mota, um dos criadores do Aracaju Bravos, explica que, normalmente, os times de Futebol Americano exigem dois tipos de atletas: fortes ou rápidos, por causa do estilo de marcação e necessidade de velocidade para conquistar os pontos, chamados de touchdowns. “Porém, vários tipos de pessoas estão tentando praticar conosco, às vezes até sem ter esses atributos, e estão se adaptando bem às regras e ao estilo do jogo. Todos são bem vindos para a prática do esporte”.

O time está em processo de preparação para o Camaçari Bowl, competição que será realizada no litoral baiano, tendo a presença de diversas equipes do Nordeste. “Porém, ainda enfrentamos o velho e bom problema com patrocinadores, uma vez que precisamos de uniformes e passagens para ir até o local onde o torneio será realizado” aborda Mota sobre as dificuldades do time.
As reuniões do Aracaju Bravos são realizadas às quintas feiras, na praia de Atalaia, próximo às quadras de basquete da orla turística. Após o mês de janeiro, as reuniões serão transferidas para os domingos, na praia que fica em frente ao Petroclube de Aracaju, no final da Passarela do Caranguejo da Orla de Atalaia.

Por Octávio Ferreira

otaviorx@hotmail.com

Telefones para contato:
Jeancarlos Mota (organizador) - 8102-4234 / E-mail: omega_sephirot@hotmail.com
Madson Rodrigo Silva Bezerra (co-organizador) – 9992-8210

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26 janeiro, 2007

O que querem Rebelo, Chinaglia e Fruet?


Na vida política brasileira, o ano de 2007 marca o início de uma nova legislatura, um período de quatro anos em que o Senado Federal e a Câmara dos Deputados ficarão – cada – sob a direção de um de seus integrantes. Três nomes estão estampados nas primeiras páginas dos jornais, o de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o de Arlindo Chinaglia (PT-SP) e o de Gustavo Fruet (PSDB-PR). Além do sorriso mal cuidado e das pequenas entradas, os três apresentam em comum o interesse pelo cargo da presidência da Câmara dos Deputados.

A base aliada do governo expõe-se mais uma vez de maneira confusa, contraditória e embaralhada – da última vez que isso aconteceu, o resultado foi Severino Cavalcante. O primeiro a confirmar a participação no pleito que ocorrerá em primeiro de fevereiro foi Aldo Rabelo (PCdoB- SP), candidato à reeleição. Logo depois, para descrédito de todos, Arlindo Chinaglia (PT-SP) também confirmou participação. E, por último, mas não menos importante, Gustavo Fruet (PSDB-PR). Mas por que existem tantas desavenças e por que eles desejam tanto o cargo?

Para Henri Clay, presidente da Ordem dos Advogados de Sergipe (OAB/SE), tudo não passa de uma briga por espaço e poder, um querendo ser maior que o outro. Mas será que esse tipo de ambição não pode ser pernicioso, já que o cargo é tão importante? “É um risco. É um perigo. Faz parte do jogo democrático”, diz ele resignado, mas confiante. Henri Clay espera que a Câmara recobre sua seriedade, sua credibilidade.

Por que tanto interesse em se tornar presidente da Câmara dos Deputados?

Quais são as funções do presidente da Câmara? E por que o posto é tão cobiçado? As duas perguntas foram feitas a 11 alunos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), escolhidos aleatoriamente durante a hora do almoço. De todos, quatro resvalaram na resposta correta, enquanto apenas um deles – o estudante de direito João Paulo da Silva Santana – acertou-a. Uma aluna de Letras, do 2º período, tentando escamotear o fato de não saber responder à enquête, mostrou logo muito bom humor – ou nem tanto: “ eu sei que ele rouba!”. Bem, a verdade é que todos eles ficaram surpresos, pois uma pergunta que parecia tão óbvia , tão corriqueira, no final das contas não o foi.

Antes de matar a curiosidade dos entrevistados e dos internautas, é preciso dizer que o Congresso Nacional – ou Poder Legislativo da União – é composto pelas Casas do Senado e da Câmara dos Deputados. O papel do primeiro é atender às necessidades dos Estados brasileiros e do Distrito Federal. Ao passo que o do segundo é atender às necessidades da população brasileira. Em outras palavras, seria legítimo dizer que o presidente da Câmara é também o chefe da representação do povo, como fora apontado pelo juiz Augusto César Leite de Carvalho, mestre em Direito Constitucional e professor de Direito do Trabalho da UFS.

Embora faça parte do Poder Legislativo, o papel principal do presidente da Câmara não é o de criar leis. Sua função, ou melhor, sua responsabilidade é eminentemente política e administrativa. Ele gere o funcionamento da Câmara, anunciando a Ordem do dia, ou seja, é ele quem determina a pauta dos projetos que serão apresentados, acompanhando o andamento e a ordem das discussões e das deliberações sobre as matérias apresentadas. Assim, ele precisa ser um líder nato, para evitar, com punho firme, conflitos dentro da Casa, e para facilitar a resolução de acordos de interesse da Nação (por isso é tão importante a boa relação entre os líderes do Executivo e da Câmara). O presidente da Câmara é a única pessoa que pode abrir impeachment contra o presidente da República – o que é de altíssima relevância. Ele também tem o poder de suspender uma seção e de nomear as Comissões Especiais, como as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) que investigam fatos relevantes para a vida pública do país e que influenciam sua ordem constitucional, legal, econômica e social.

O presidente da Câmara é o terceiro homem mais importante da República, isso porque na ausência do presidente e do vice ele assume, interinamente, a chefia do Poder Executivo.

O Poder dos Deputados Federais

O professor Augusto César chama atenção para poder e importância de que os Deputados Federais desfrutam em nosso país. Primeiro, conta, foram eles que criaram a constituição democrática de 1988, que rege o Brasil até hoje. Depois, são eles os encarregados de elaborar e aprovar leis que influem diretamente na vida das pessoas (não esquecer que as leis são a matéria-prima do Poder Judiciário). Ainda, são os únicos que podem vetar o presidente da República, e vetar o veto do presidente. E para finalizar, sancionam ou não as Medidas Provisórias, que são formas autoritárias de o presidente governar.

Por João Serpa

Para maiores informações, acesse:

Câmara dos Deputados

Foto: Plenário Ulysses Guimarães - Câmara dos Deputados.
Fotógrafo: Reynaldo Stavale
Fonte: Banco de imagens da Câmara dos Deputados. SEFOT - Secom

22 janeiro, 2007

Kitesurf é o esporte radical do verão sergipano



Calor intenso, litoral abundante e ventos fortes são ótimos pré-requisitos para se dedicar a um novo esporte como o Kitesurf. Conhecido também como Kiteboarding, ou Flysurf, ele desperta interesse e ganha adeptos entre os sergipanos. Criado em 1985 por dois franceses, os irmãos Bruno e Dominique Legaignoux, o esporte alcançou popularidade na segunda metade da década de 1990, logo se difundindo pelo mundo. Em Sergipe, a atividade começou a ser praticada há quatro anos por alguns interessados e, devido ao grande sucesso, conta hoje com mais de cem praticantes.

Com uma mistura de surfe, windsurf e wakeboard, o Kitesurf é um esporte que utiliza uma pipa e uma prancha. O praticante, com a pipa presa à cintura, coloca-se em cima da prancha e, sobre a água, é impulsionado pelo vento que atinge a pipa. Ao controlá-la, através de uma barra, desliza pela água fazendo manobras radicais de acordo com a intensidade do vento. Aliás, este é um fator fundamental para a prática do esporte. Segundo o instrutor Rodrigo Cardoso, o vento direciona não só o ritmo das manobras, mas também os horários dos treinamentos. “Quando o vento está favorável, vou para o mar e fico lá durante todo o tempo em que as condições permaneçam adequadas", comenta Cardoso.

As competições

Normalmente, as competições são realizadas em forma de baterias, nas quais dois competidores disputam entre si a classificação para uma próxima fase. Aquele que avançar direto da 1ª fase aguarda o campeão da repescagem para a decisão. “No Estado de Sergipe ainda não há competições. Estamos esperando aumentar mais o número de praticantes para assim podermos realizar os campeonatos”, informa Rodrigo Cardoso.

Cursos e instruções

Qualquer pessoa pode praticar o esporte, basta saber nadar. Entretanto, recomenda-se o acompanhamento de um instrutor ou de uma pessoa que já tenha praticado a modalidade, pois o Kitesurf pode se tornar perigoso, caso não sejam tomados os devidos cuidados. Em Sergipe, já existem instrutores cadastrados que oferecem ao iniciante a oportunidade de praticar o kitesurf com segurança.

Aracaju, conta com duas escolas que ofertam cursos e dão toda a assistência para o iniciante. Em geral, o curso é tem uma duração de 10 horas, abarcando as noções básicas para guiar o equipamento com segurança. “O Kitesurf, como qualquer esporte radical, apresenta riscos e você tem que saber o que está fazendo, tem que ser prudente. Então o iniciante não pode simplesmente pegar a prancha e andar sozinho, pois sem os devidos conhecimentos ele pode se machucar ou ferir alguém”, ressalta Cardoso.

Por Taís Olívia

Para maiores informações, acesse:

Associação Brasileira de Kitersuf

Aracaju Kitesurf school

Base Kitesurf

19 janeiro, 2007

Feira de Sergipe 2007 alavanca o setor de artesanato do Estado


A Feira de Sergipe, já em sua oitava edição, acontece de 11 a 21 de janeiro na Praça de Eventos da Orla de Atalaia, Aracaju, e tem como principal finalidade divulgar o artesanato de vários municípios do Estado e ajudar a movimentar a economia local no setor de micro e pequenas empresas. Organizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Feira deste ano conta com 254 estandes, dos quais 80% estão voltados exclusivamente para o artesanato. Ainda estão presentes 33 estandes de municípios sergipanos onde são expostos produtos típicos das localidades.

Além da presença de artesãos de 48 municípios do Estado, a Feira também conta com a participação de cerca de 70% de artesãos cooperados que fazem parte da Cooperativa de Expo Criação e Arte de Sergipe. De acordo com João Pereira Farias Neto, representante da Cooperativa e que participa da Feira desde o ano passado, o lucro obtido no evento em sua edição anterior foi satisfatório, mas a expectativa para este ano é que seja ainda melhor. “A Feira é o que a gente espera para alavancar o artesanato em Sergipe”, comenta o artesão.

Maria das Graças, artesã há três anos e expositora da Feira de Sergipe pela primeira vez, explica que, para conseguir um estande, primeiramente é necessário que a pessoa possua a carteira de artesão. Depois, os expositores pagam um determinado valor que inclui a iluminação, segurança e a ocupação do estande durante os dez dias em que a Feira é realizada. Para a artesã, essa é uma oportunidade para expor e lucrar com o seu trabalho. O Sebrae/SE também aproveita o evento para expor os projetos desenvolvidos na área de turismo, agronegócio, comércio, serviços e indústria.

O evento na economia sergipana

Com relação ao benefício econômico trazido pela Feira, o Coordenador Geral do evento, Manoel Sobral, explica que desde a sua criação a Feira de Sergipe traz lucros significativos aos artesãos. “Existem artesãos que trabalham (produzem) o ano inteiro para vender na Feira”, explica. Ainda segundo Manoel Sobral, os produtores poderão atingir um lucro muito maior com a inovação trazida pela Feira, a “Vila do Produtor”, uma réplica de um povoado que inclui casas de taipa, igreja e bodega. Além disso, os produtores poderão vender os seus produtos diretamente ao consumidor, evitando, desse modo, os intermediários.

Já para o Prof° Dr° em economia regional e solidária, Ricardo Lacerda, a Feira de Sergipe tem, na verdade, um papel auxiliar dentro da cadeia de turismo do Estado. Segundo ele, a Feira cumpre a função de inter-relacionar os artesãos com seus clientes e concorrentes. “É um momento de interação muito grande e de grande fluxo de informação e conhecimento”, afirma. Quanto aos benefícios econômicos trazidos pela Feira tanto para o Estado quanto para os artesãos, Lacerda diz serem irrisórios, se comparados a outras atividades mais significativas economicamente.

De acordo com Ricardo Lacerda, o setor de artesanato não causa um abalo muito forte na economia de Sergipe por ser um dos setores que não pesa muito na economia do Estado. O economista acredita que o lucro dos feirantes não é extraordinário. Para ele, o que a Feira propicia é uma melhoria nos recursos e contatos ao invés de uma venda grandiosa dos seus produtos. Ainda assim, Lacerda salienta a importância da realização de eventos como esse para o turismo sergipano, já que a Feira se configura como uma atração interessante para os turistas que, além do artesanato, podem usufruir das apresentações artísticas e folclóricas que constam em sua programação.

Por Díjna Torres
hecate_ml@ya

Para maiores informações sobre a Feira de Sergipe, acesse:

Feira de Sergipe

Semana de Atualização em Ensino de Biologia busca preparar alunos e professores


Os Departamentos de Biologia (DBI) e de Educação (DED) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) estarão promovendo, entre os dias 22 e 26 de janeiro, a “I Semana de Atualização em Ensino de Biologia”. O evento visa à troca de informações e o aperfeiçoamento de graduandos e professores nas práticas de ensino. Diversos cursos serão ministrados ao longo da semana, com direito à entrega de certificados para aqueles que tiverem 70% de presença nos cursos escolhidos.

A organização do evento faz parte do programa de estágio curricular dos alunos de Licenciatura em Ciências Biológicas, que ministrarão os cursos com debates referentes ao ensino de diversas vertentes da Biologia. Cada curso será coordenado por um professor especialista no tema abordado. Esta prática almeja expor, discutir e aprimorar os conhecimentos acadêmicos junto aos diversos profissionais de ensino.

“Tal iniciativa visa consolidar a formação profissional dos alunos. É a oportunidade de atualização de conteúdos didáticos do Ensino Médio junto aos professores, em especial os da rede pública, propondo e debatendo diversas perspectivas de ensino” expõe a Profª. Drª. Maria Inêz Oliveira Araújo (DED), coordenadora geral do evento.

A abertura do evento será as 9:00h do dia 22 com a palestra “Fundamentações teórico-metodológicas para o ensino de ciências e biologia”, que será ministrado pelo Prof. Msc. Marlécio Maknamara Cunha (DBI). Os cursos terão horários diversificados, podendo atender a todos os interessados. As inscrições serão realizadas na Sala Verde do DED até o primeiro dia do evento. A taxa de inscrição é de R$ 5,00.

Por Octávio Ferreira
otaviorx@yahoo.com.br


Para maiores informações:

Site da I Semana de Atualização em Ensino de Biologia



Telefones:

Sala Verde do DED – 2105-6806

Departamento de Biologia – 2105-6663

18 janeiro, 2007

Curso de Ciência da Atividade Física e do Esporte busca melhorar a capacitação dos profissionais da área


O último vestibular da Universidade Federal Sergipe (UFS), realizado recentemente, apresentou diversas novidades. Dentre tantas, como, por exemplo, mais vagas e novos campus, é bem provável que a mais “festejada” pelos estudantes tenha sido a oferta de novos cursos – alguns até então inexistentes no Estado. É nesse contexto que se enquadra o curso de Ciência da Atividade Física e do Esporte.

O curso foi inserido no manual do estudante, que os vestibulandos recebem no momento em que se inscrevem no vestibular, com o nome de Educação Física – Habilitação em Ciência da Atividade Física e do Esporte, Bacharelado. Já que a Licenciatura continua sendo ofertada, surge a dúvida: é um novo curso ou o antigo foi dividido?

Respondendo à questão, o chefe do Departamento de Educação Física (DEF), professor Pedro Jorge Morais Menezes, diz que “esse é um novo curso”. Diferente da licenciatura, “será voltado para a formação de um profissional que atenderá ao mercado não-escolar”, explicou o chefe do DEF. Ou seja, o graduado em Ciência da Atividade Física e do Esporte atingirá todo o mercado de trabalho da área, com exceção das escolas – função da licenciatura. Assim, academias, hospitais, clubes, condomínios e clínicas passam a ter um profissional direcionado.

Segundo Menezes, o Ministério da Educação (MEC) exigiu essa “melhor distribuição dos conteúdos curriculares” para bem atender à exigência da sociedade. Para o professor, isso foi importante já que há uma preocupação de estarem inserindo no mercado “profissionais com currículos defasados, sem competência de atuar tanto em uma quanto em outra área”, acrescentou o acadêmico.

Como essa divisão de mercado não existia anteriormente, cabia ao profissional formado no curso de Educação Física Licenciatura a competência de atuar em ambas as áreas. Dessa forma, o DEF está num processo de transição. Alunos que ingressaram no curso até o vestibular de 2006 continuam com a grade curricular antiga. Isso significa que suas graduações lhes darão condições de atuar nos campos de abrangência da Licenciatura e do Bacharelado.

2006 e 2007: vagas e concorrências

No Processo Seletivo Seriado 2007, foram disponibilizadas 100 vagas para o curso de Educação Física como um todo. Em relação a 2006, ano em que 80 vagas foram divididas igualmente entre primeiro e segundo semestre, houve um aumento de 25%.

A divisão no último PSS foi feita de maneira que cada Habilitação ficou com metade das vagas. No entanto, Educação Física – Habilitação em Ciência da Atividade Física e do Esporte Bacharelado, iniciará suas aulas no primeiro semestre, enquanto os aprovados em Educação Física Licenciatura começarão a estudar apenas no segundo.

A concorrência no vestibular de 2006 ficou em 14.59 alunos por vaga, uma vez que 1167 candidatos concorreram a 80 vagas. Já este ano a procura diminuiu – possivelmente devido à oferta de novos cursos na área de Ciências Biológicas e da Saúde. Educação Física Bacharelado teve 250 inscritos (cinco candidatos para cada vaga) e Educação Física Licenciatura 439 (8,78 por vaga).


Por Hádam Lima

Para maiores informação sobre a atividade de Educação Física no Brasil, acesse:

Conselho Federal de Educação Física - CONFEF

17 janeiro, 2007

Eleições para Conselhos Tutelares de Aracaju abre debates


Garantir a defesa dos direitos infanto-juvenis em todos os aspectos, sejam eles ligados à educação, saúde, segurança ou alimentação, dentre outros. Este é o princípio básico do CDMCA – Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente – e dos Conselhos Tutelares. Em Aracaju, eles são os responsáveis por fazer cumprir as leis que compõem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). E no próximo dia 30 de março, os cinco conselhos tutelares da capital passarão por eleições.

Processo Eleitoral


Para cada Conselho Tutelar (CT) são eleitos cinco conselheiros e cinco suplentes. Os candidatos precisam ter experiência reconhecida na área de defesa dos direitos ou atendimento à criança e adolescente. É importante que o conselheiro tenha experiência de, no mínimo, dois anos, já que “ele decide a vida de uma criança ou adolescente através de ações que interferem em decisões judiciais, vez que servem de provas para desencadear processos nas varas criminais”, ressaltou Glícia Salmeron, presidente do CDMCA, conselho responsável pela realização das eleições e de fiscalização do serviço desenvolvido nos CT’s.

Além disso, exige-se do candidato a escolaridade mínima de nível médio completo. Para Jaqueline Cerqueira, conselheira do 3º Distrito de Aracaju, “essa função requer muito conhecimento que não é oferecido pelo 2º grau”. Formada em Serviço Social, Cerqueira afirma que ter o nível superior facilitou o seu trabalho. Em seu Distrito, todos os conselheiros são formados e em distintas áreas, o que para ela “deveria ser uma exigência para a ocupação do cargo”. Glícia Salmeron defende que isso poderia variar de acordo com a realidade de cada município.

A conselheira Jaqueline Cerqueira, candidata à reeleição, denuncia que muitos candidatos se aliarão a políticos e a líderes comunitários para alcançar votos. “No dia da eleição, as pessoas são levadas para votar por estes líderes sem nem mesmo conhecer o candidato”, afirmou Cerqueira. Por sua vez, Glícia Salmeron classifica a politização das eleições dos Conselhos “como o maior entrave para o bom funcionamento dos Conselhos”, pois o candidato eleito “acaba se comprometendo com o adulto e esquece de zelar pelo público infanto-juvenil”, lamenta a presidente do Conselho Municipal. Para corrigir esse problema, ela propõe a realização de concursos públicos para a seleção dos conselheiros.

As inscrições para concorrer ao cargo se encerraram no ultimo dia 10 de janeiro. Os candidatos passarão agora por uma prova escrita com questões sobre Língua Portuguesa, sobre o ECA e sobre a Constituição Federal. Os aprovados (aqueles que obtiverem nota igual ou superior a seis) poderão então iniciar a propaganda política. Segundo Glícia Salmeron, embora os conselhos tenham avançado bastante desde sua criação há nove anos, o processo eleitoral para os CT’s não é melhor divulgado devido à falta de estrutura.

Essa afirmação é confirmada pelos dados recolhidos por uma pesquisa feita pela Rede Andi (Rede de Agências de Notícias dos Direitos da Infância) e divulgada em dezembro passado. Segundo a pesquisa, os conselhos tutelares de Sergipe não têm infra-estrutura e visibilidade satisfatórias. Embora estejam presentes nos 75 municípios sergipanos, muitos deles não têm nem mesmo sede própria ou telefone, o que acaba impossibilitando o exercício de seu papel legítimo de proteção à infância e à adolescência.

“Trabalho gratificante e frustrante”

O conselheiro tutelar não tem direito a 13º salário, não tem carteira assinada, não recebe vale-transporte e ainda convive com ameaças de morte. “Não temos segurança! Já solicitamos um guarda municipal”, ressalta Jaqueline Cerqueira. Mesmo assim, a conselheira afirma que “é um trabalho gratificante por se tratar de uma problemática de difícil solução no Brasil”. Contudo, ela lembra que ele é também um trabalho frustrante visto que, para se obter resultados mais significativos, seria necessária a integração de outras ações que estruturassem a família onde ocorreu o problema, proporcionando-lhe uma situação mais digna, de modo a evitar reincidências.

Conselhos Tutelares em Aracaju

Criados em Aracaju no ano de 1998, os CT’s são órgãos permanentes, autônomos e não-jurisdicionais. Estão vinculados administrativamente à Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania. E suas atribuições estão estabelecidas no artigo 136 do ECA.

Os cinco conselhos na capital abrangem todos os bairros. 1º Distrito para os bairros Inácio Barbosa, São Conrado, Coroa do Meio, Aeroporto, Farolândia, Atalaia, Terra Dura; 2º Distrito para Ponto Novo, América, Novo Paraíso, Capucho, Jabotiana e Siqueira Campos; 3º Distrito para Grageru, Salgado Filho, 13 de julho, Pereira Lobo, Suíssa, Cirurgia, Getúlio Vargas, Centro, São José, Luzia; 4º Distrito para Porto Dantas, Santo Amaro, 18 do Forte, Palestina, Cidade Nova; e 5º Distrito para Lamarão, José Conrado de Araújo, Jardim Centenário, Soledade, Santos Dumont, Olaria e Bugio.

Os conselhos protegem os direitos de crianças e adolescentes expostos à agressão, seja ela física ou psicológica e dentro ou não do ambiente familiar. A maior parte das denúncias é feita por telefone, mas elas também são registradas por escolas e hospitais. São casos de abuso e exploração sexual, problemas familiares, maus-tratos, etc.. Quando uma denúncia é feita, o Conselho averigua a veracidade da informação. Em caso positivo, notifica os denunciados para que compareçam ao CT, onde ocorre uma conversa e se estabelece um acordo. Se necessário, o caso é levado para uma instância superior, como o Poder Judiciário, delegacias e o Ministério Público.


Por Valter Lima
Valter_lima_12@hotmail.com

Para mais informações sobre o tema, acesse:

Cidade Criança

Andi - Agência de Notícias dos Direitos da Infância

Sede do CDMCA – Foto: Márcio Dantas

12 janeiro, 2007

Cresce Aeromodelismo em Sergipe


O aeromodelismo, seja como hobby ou modalidade de competição, proporciona aos seus praticantes diversão e uma oportunidade de ampliar seus conhecimentos. Introduzido no estado em meados da década de 1950, a atividade sempre passou por altos e baixos, mesmo após a criação do Clube de Aeromodelismo de Sergipe (CAS), em 1991. Atualmente, a prática começa a ganhar novo fôlego com o aumento no número de seus adeptos.

Pensando no novo público, o diretor técnico do CAS, Irineu Lima, prevê que dentro de poucos meses a atual pista, com 120 metros, localizada na Orla de Atalaia, não será mais capaz de abrigar todos os adeptos. “Ultimamente, nos fins de semana, devido a grande procura para os vôos, a pista tem ficado lotada. Mesmo com as melhorias feitas ao longo dos anos, com novo asfalto e cercamento do local, precisamos de uma área maior que comporte mais pessoas sem que isso inflija às normas de segurança”, comentou Lima.

A estrutura limitada dificulta ainda a realização de campeonatos e torneios internos. A falta de organização e de investimentos prejudicou durante muito tempo a divulgação do esporte no estado. Entretanto, o diretor técnico do CAS acredita que a reestruturação do clube, realizada em 2004, e o incremento dado pela chegada de novas pessoas possibilitarão a realização de mais campeonatos e a divulgação do esporte.

O CAS marcou presença em diversas competições de aeromodelismo no Brasil. Ganhou o terceiro lugar na modalidade “Combate - F2 D” (1991) e o segundo lugar em “Combate NAC” (1993). Hoje, o clube possui 39 associados, número que crescerá com a chegada dos novos adeptos em fase de treinamento para piloto de aeromodelo.

Modelos e Categorias no aeromodelismo

Com a finalidade de simular os controles de uma aeronave de verdade, os modelos atuais utilizam tecnologias cada vez mais avançadas. No aeromodelismo, as categorias são determinadas pela tecnologia da aeronave. Na categoria Vôo Circular Controlado (VCC), o equipamento é ligado ao aeromodelista por meio de cabos, na Rádio Controlado (RC) ele é ligado por rádio de controle remoto e na de Vôo Livre o aeromodelo, depois de lançado, não sofre nenhuma interferência do aeromodelista. A categoria mais praticada é a de Rádio Controlado (RC), cujas aeronaves podem ter motores à combustão interna e motores elétricos. Os modelos mais modernos voam a mais de 200 metros de altitude e chegam a uma velocidade de 400 km/h.

Regras de Segurança

O aeromodelismo, como qualquer outro esporte, possui regras. Estas abrangem desde a construção do modelo até sua utilização em vôo. Além dos conhecimentos sobre segurança de vôo, os praticantes devem possuir registros específicos e estarem vinculados a entidades. As normas de segurança servem para reduzir o número de acidentes e os riscos de danos aos pilotos, ao público e ao patrimônio.

Para saber mais sobre a modalidade e suas normas de segurança, acesse:

Foto: www.bonamassa.com.br

Por Tais Olivia

10 janeiro, 2007

Animação é objeto de pesquisa em grupo de estudos da UFS


Em uma iniciativa inédita na Universidade Federal de Sergipe (UFS), o professor Jean Fábio Borba, docente do Departamento de Artes e Comunicação, desenvolve um grupo de estudos e pesquisa em animação. O objetivo inicial é a reunião de acadêmicos interessados em pesquisar, estudar e debater sobre a animação e suas diversas faces, visando o aprendizado e a preparação de diferentes textos e artigos sobre o assunto.

A idéia da formação do grupo surgiu mediante o interesse pessoal do professor na área. Segundo Jean Borba, havia uma grande expectativa por estudos no campo da animação por parte dos alunos para os quais ele lecionava, em sua grande maioria do curso de Radialismo. Tal fato foi um dos pontos-chave para a formação do grupo, que já conta com 22 inscritos.

Estudar animação em um ambiente com baixo custo, por meio de leitura de textos e artigos e trabalhar com a linguagem da animação são os principais objetivos do grupo. O professor Jean Borba explica que o aluno vinculado ao grupo deve ter um preparo e um grande interesse na área, visto que o material sobre animação é bastante escasso no Brasil e muitos dos trabalhos publicados se encontram em língua estrangeira.

Atualmente, apenas acadêmicos voluntários estão inscritos. O grupo já se encontra em processo de vinculação efetiva junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para a concessão de bolsas de estudo. Entre as iniciativas futuras do grupo estão a preparação de atividades para a área de extensão comunitária e a criação de pequenos trabalhos animados.

A primeira reunião do grupo está marcada para o dia 13 de janeiro, onde serão encaminhados os primeiros textos para estudos. A criação de uma lista de discussão e de um Blog também fazem parte da pauta da reunião. O professor Jean Borba afirma que as atividades do grupo estão abertas para todos os interessados na área.

Por Octávio Ferreira
otaviorx@yahoo.com.br

Para maiores informações, entre em contato com o professor Jean Fábio Borba:
jfborba@yahoo.com.br

08 janeiro, 2007

Campanha “Otimizar é preciso” coloca em pauta o controle dos gastos da UFS


Visando reduzir os diversos gastos e desperdícios dos recursos da instituição, a Universidade Federal de Sergipe iniciou a campanha “Otimizar é Preciso!”. A Coordenação Geral de Planejamento (COGEPLAN), por meio da Coordenação de Controle de Custos (COC), e a Assessoria de Comunicação da UFS (ASCOM) são os órgãos idealizadores do projeto.

Dados comparativos entre os anos de 1998 e 2006 mostram um crescimento significativo na quantidade de vagas oferecidas e no quadro de funcionários e docentes. Paralelamente, houve uma ampliação de sua estrutura física, que hoje abrange mais de 100.000 m² de área construída.

Apesar da ampliação da estrutura física da UFS, o orçamento disponível para o custeio dos gastos da Universidade não acompanhou seu desenvolvimento. Tendo em vista essa questão, foi criada em 2005 a COC, órgão ligado diretamente a COGEPLAN e que tem por principal objetivo reduzir os custos operacionais da instituição. Para tanto, as metas da COC são a implantação de um sistema de monitoramento e controle de custos e a conscientização e sensibilização da comunidade universitária sobre a necessidade de evitar os desperdícios.

Sobre a campanha

Segundo Luiz Marcos de Oliveira Silva, Coordenador da campanha “Otimizar é Preciso!”, cerca de 90% dos recursos da instituição são destinados ao pagamento de pessoal. As verbas restantes são repassadas para o custeio e manutenção da UFS. Por isso, segundo ele, a otimização dos gastos torna-se uma medida necessária e fundamental, sobretudo com a vigente expansão da Universidade. “Precisamos utilizar bem os nossos recursos. É inadmissível que se gaste 2,3 milhões por ano de energia elétrica. Isso é cerca de 12,1% de todo o custeio da instituição”, pondera.

Ainda segundo o coordenador da campanha, os gastos com energia poderiam ser reduzidos com iniciativas simples como evitar o uso abusivo do ar condicionado, apagar as luzes em ambientes não utilizados etc. Outro exemplo dado por Luiz Marcos, é o desperdício excessivo de alimentos no Restaurante Universitário (RESUN). “Até o ano passado, cerca de 2,5 toneladas de alimentos eram desperdiçadas todo mês no restaurante. Hoje, com a implantação do sistema self-service, conseguimos reduzir esse desperdício para algo em torno de 1 tonelada ao mês, o que continua alto”, avalia.

Para a professora Jenny Dantas Barbosa, Coordenadora Geral de Planejamento, a otimização dos diversos recursos tem sido uma preocupação constante de todas as instituições de ensino superior, em especial das federais, esclarece. Ela explica ainda que a UFS foi uma das instituições pioneiras no desenvolvimento de sistemas de gerenciamento de recursos para a otimização dos custos. “Nós deflagramos esta campanha com o objetivo de estimular uma mudança de atitude. As universidades públicas são de todos. Cada professor, servidor e estudante tem que ter a consciência de que otimizar é uma atitude de preservação de recursos, sejam financeiros, pessoais ou ambientais”, salienta a coordenadora.

Iniciativas

Além da campanha “Otimizar é Preciso!”, outras medidas de redução de gastos também estão sendo tomadas, como: a implantação de um sistema de cotas para o uso dos telefones pelos diversos órgãos da instituição, a revisão de contratos de terceirização de trabalho, de serviços postais, a instauração de pregões eletrônicos para aquisição de materiais e o acompanhamento das diversas planilhas de custos.

No âmbito da otimização dos gastos com energia elétrica, houve a análise e negociação de um contrato de desempenho com a ENERGIPE, que culminou com a substituição de 110 aparelhos de ar condicionado no Hospital Universitário. Além disso, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) disponibilizou recursos para a substituição das câmaras frigoríficas do RESUN, cuja aparelhagem já possui cerca de 20 anos de uso.

“Além da apresentação de ações para a otimização dos recursos da UFS, a campanha ‘Otimizar é preciso’ visa sensibilizar a comunidade acadêmica para a variável ambiental” explica Luiz Marcos. Neste sentido, está sendo trabalhada a idéia “otimizar também é preservar”, explica o coordenador da campanha.

Neste âmbito, também estão sendo implantados postos de coleta seletiva de resíduos, que irão beneficiar entidades como a Cooperativa de Catadores de Resíduos Sólidos (CARE), que possui vínculo com a UFS junto à UNITRABALHO, órgão ligado à Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX).

Para maiores informações:

Luiz Marcos de Oliveira Silva – Coordenador de Controle de Custos
E-mail: coc@ufs.br
Fone: 3212-6451

Site da campanha “Otimizar é Preciso!”

Por Octávio Ferreira

Lei Maria da Penha: uma conquista para os direitos das mulheres


Após milhares de casos de agressão contra a mulher terem passado impunemente, o Governo Federal finalmente apresentou uma resposta à sociedade brasileira. No dia 7 de agosto de 2006, o presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou a Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a qual foi batizada de Lei Maria da Penha, em homenagem a uma militante dos direitos das mulheres. Segundo Ivânia Pereira, presidente do Conselho Municipal de Direitos da Mulher e da União Brasileira das Mulheres (UBM), a lei não foi apenas uma conquista para as mulheres, e sim um avanço para a sociedade. “A mulher até então, era uma cidadã de segunda categoria. Mas agora, o agressor será julgado e responderá pelos crimes que cometer”, conta.

Conselho e UBM

O Conselho Municipal de Direitos da Mulher é o organismo controlador de políticas públicas para as mulheres em Aracaju. Ele está vinculado à prefeitura da capital através da Secretaria Municipal de Assistência Social. A cada dois anos um novo Conselho é eleito, do qual qualquer mulher pode se candidatar para fazer parte.

Já a UBM existe desde 1989 e trata-se de uma organização não-governamental. Presente em 21 estados, o objetivo dela é conscientizar as mulheres do papel que elas têm na sociedade, orientando-as a participar da vida social e política. “Nós não queremos ser um movimento de mulheres para mulheres, nós queremos ser um movimento de mulheres para a sociedade”, diz Ivânia Pereira.

A manutenção desses órgãos é feita por doação das próprias conselheiras, contribuintes, parcerias etc.

Disque Denúncia

Na primeira semana de dezembro, o Conselho Municipal de Direitos da Mulher promoveu a campanha “Uma vida sem violência é um direito das mulheres”. A semana teve como objetivo divulgar à comunidade a importância da Lei Maria da Penha, alertar sobre a necessidade de denunciar e divulgar os tipos de serviços oferecidos pelo disque denúncia (180).

É sempre importante lembrar à sociedade que toda ligação feita pelo 180 é anônima e que no momento da denúncia uma viatura policial é mandada ao local a fim de registrar a ocorrência.

Mudanças

A Lei Maria da Penha trouxe algumas modificações que endurece a punição aos agressores de mulheres. Com a nova lei, os agressores não poderão mais ser punidos com penas alternativas, como pagamento de multas ou cestas básicas. A legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto para os agressores, de um para três anos.

A lei trouxe também a possibilidade de prisão em flagrante. E se na hora da denúncia a mulher alegar que corre alto risco à integridade física ou risco de morte, um mandado de prisão preventiva poderá ser expedido imediatamente a seu favor.

Uma pesquisa feita em 2005 pela Fundação Perseu Abramo mostrou que a mulher geralmente só denuncia após mais ou menos a oitava agressão sofrida, que é quando ela não suporta mais. Carlos Rodrigo, escrivão de polícia, diz que as mulheres têm medo de novas agressões. “A gente orienta que a procura da delegacia é a melhor maneira de resolver o problema dela. Pedimos para ela se hospedar na casa de algum familiar até que possa sair alguma medida cautelar”, conclui.

Com as mudanças, a lei busca dar mais segurança às mulheres. A presidente da UBM relata que “a mulher agora tem a certeza de que o direito dela vai valer. Mas antes, ela só tinha a certeza de que ao voltar da delegacia ela iria se submeter a uma violência maior”. Ivânia Pereira conta que a insegurança do que ia acontecer depois sempre foi o maior entrave à tomada de atitude das mulheres.

Violência em números

A Delegacia da Mulher de Aracaju registrou na década de 1990, vinte mil boletins de ocorrência de violência contra a mulher. Carlos Rodrigo afirma que 85% das queixas prestadas são de violência doméstica.

Uma pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos em Exclusão, Direitos Humanos e Cidadania da Universidade Federal de Sergipe (UFS) entre 1998 e 2000, levantou alguns dados reproduzidos abaixo:
  • A maior incidência de denunciantes tem entre 26 e 35 anos;
  • A maioria não trabalha fora de casa, embora haja um índice alto de mulheres assalariadas;
  • 51,2% dos agressores se dizem alcoolizados;
  • 37% não utilizam instrumentos para agredir;
  • 51,4% das mulheres são agredidas pelo esposo ou companheiro;
  • 66,3% são agredidas em casa e 20,7%, em locais públicos;
  • 40,2% sofrem lesão corporal.
Ivânia Pereira chama ainda atenção para o fato de que a violência física é a mais denunciada, apesar de a violência psicológica também existir e de ser bastante presente. Mas esta passa despercebida pela maioria das mulheres.

Por Gracielle Nunes

Para saber mais sobre a militante Maria da Penha, acesse:

Mulheres no Brasil

Maria da Penha

Portal da Violência Contra a Mulher

07 janeiro, 2007

Centro de Valorização da Vida já funciona em Sergipe

Os voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) já atendem os primeiros telefonemas da população sergipana. Em funcionamento desde o dia 11 de dezembro de 2006, o CVV chegou a Aracaju após 44 anos de atuação como programa de prevenção a suicídios. O Centro conta com 57 postos em todo o Brasil, totalizando cerca de 3.000 voluntários.

Por ser um movimento filantrópico, civil e sem fins lucrativos, os postos do CVV são adotados por instituições mantenedoras. Em Sergipe, a fundadora do Posto Samaritano CVV foi a Associação Amigos da Vida de Sergipe (Avise). Segundo Francisco Eustachio, voluntário do CVV e membro da Avise, a motivação de criar um posto em Sergipe partiu da própria missão do Centro: “valorizar a vida, contribuindo para que as pessoas tenham uma vida mais plena e, conseqüentemente, prevenir o suicídio”.

Atualmente, o posto CVV ocupa uma dependência da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, na Escola de Gestão Penitenciária (Egesp). Futuramente, os planos são de conquistar uma sede própria, conforme afirma Eustachio.

Atendimento

Os voluntários do CVV não atuam somente na prevenção de suicídios. “Todas as pessoas que sentem a necessidade de ajuda são tratadas com respeito, compreensão e sem críticas”, ressalta o voluntário do Posto Samaritano. “O CVV não funciona como terapia, mas sim como apoio emocional”, segundo informações do site do Centro na Internet.

Os voluntários do posto foram selecionados após a realização de um curso de capacitação. Por não cumprir o atendimento integral de 24 horas diárias, o Posto do CVV em Sergipe ainda é denominado de Samaritano. São 14 voluntários que trabalham todos os dias, das 14h às 22h, através do telefone 3213-7601.

No entanto, Eustachio salienta a necessidade de aumentar o voluntariado do Centro. “Se possível, já em janeiro de 2007 iniciaremos um outro processo de seleção de voluntários”, completa. Outra forma de atendimento à população é o contato pessoal, que funciona no horário das 14h às 18h, no Posto do CVV.

Suicídio em números

Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por suicídio foi de 4,5 a cada grupo de 100 mil habitantes em 2004, no Brasil, índice considerado baixo pela Organização Mundial de Saúde.

A Região Sul do Brasil foi onde se registrou o maior número de casos. Foram 7.987 pessoas que cometeram suicídio no ano de 2004. O Nordeste apresentou 1.644 casos. A tabela seguinte contém dados referentes ao ano de 2004 sobre a mortalidade por suicídios no estado de Sergipe e em sua capital, Aracaju.


Mortalidade masculina por suicídios

Mortalidade feminina por suicídios

Sergipe

6,1 / 100 mil hab.

2,3 / 100 mil hab.

Aracaju

6,2 / 100 mil hab.

1,9 / 100 mil hab.

Fonte: Ministério da Saúde


Para mais informações:

Posto Samaritano CVV Sergipe

Rua Boquim, 693 – Bairro São José – Aracaju/SE
Telefone: 3213-7601 (diariamente, das 14h às 22h)
E-mail: samaritano_cvv_sergipe@yahoo.com.br

Site do Centro de Valorização da Vida


Por Carlos Eduardo Lordelo

carloslordelo@yahoo.com.br

06 janeiro, 2007

Almodóvar e o universo feminino novamente em foco


O irreverente cineasta espanhol Pedro Almodóvar retorna ao mundo das produções cinematográficas com mais um filme que relata o universo feminino. Após dois anos da estréia de “Má Educação”, seu último filme, Almodóvar volta às telas como diretor e roteirista do envolvente “Volver”.

Sinopse e Temática

O filme conta a história de Raimunda (interpretada por Penélope Cruz), uma jovem mãe trabalhadora que tem uma filha adolescente e um marido desempregado. Este é morto pela filha ao tentar abusá-la sexualmente. Raimunda tem uma irmã mais velha, Sole (interpretada por Lola Dueñas), e ambas acham que a mãe, Irene (Carmem Maura), está morta. Ao longo do filme, desvendam-se os mistérios do passado de Raimunda e de sua mãe tornando a película extremamente interessante.

Entre outros temas interessantes, Volver retrata o abuso infantil, a revelação dos segredos de família e o casamento mantido por aparência. E mesmo com a não-linearidade da trama, o cineasta ainda consegue prender a atenção dos espectadores alternando o drama e a comédia nas cenas exibidas.

“Volver” termina deixando a vontade de ver mais a trama de tão envolvente que ela se torna, fazendo com que o final dê a impressão de que o filme ainda terá mais a apresentar.

Direção e Elenco

Almodóvar consagrou-se como diretor de filmes que retratam o universo feminino por ter em seu currículo direções como “Kika” (1993), “Mulheres à beira de um ataque de nervos”(1988) e “Tudo sobre minha mãe”(1999). Mas em “Volver”, Almodóvar retoma esse universo de uma forma peculiar, conseguindo captar plenamente a alma humana.

Como já era de se esperar de um cineasta como Almodóvar, o elenco é formado por três atrizes, que particularmente deram um show de interpretação. Penélope Cruz (Raimunda), Carmem Maura (Irene) e Sole (Lola Dueñas) incorporaram suas personagens de uma forma muito intensa e realista. As atrizes Penélope Cruz e Carmem Maura já participaram de outros longas-metragens dirigidos por Almodóvar, como “Tudo sobre minha mãe” e “Mulheres à beira de um ataque de nervos”, respectivamente.

Características técnicas

Com melodias incidentais tipicamente hispânicas, a trilha sonora se configura como um dos elementos de destaque do filme. A trilha também traz Penélope Cruz cantando “Volver”, um dos clássicos tangos de Carlos Gardel. Além do roteiro espetacular, o filme mantém a característica marcante de todas as produções “almodovarianas”: a fotografia. As cenas são dotadas de cores fortes, especialmente o vermelho, um tom bastante usado pelo cineasta.

Para mais informações sobre o filme, confira:

http://www.sonyclassics.com/volver/

Por Díjna Torres
hecate_ml@hotmail.com

04 janeiro, 2007

Cintec apóia solicitações de patente na UFS

O Centro de Inovação e Transferência de Tecnologia (Cintec), criado a partir da portaria n° 938, de 1º de novembro de 2005, na Universidade Federal de Sergipe (UFS), dedica-se à ampliação e facilitação do acesso de diversos setores da sociedade às produções acadêmicas. O Cintec também oferece suporte aos pesquisadores da UFS no processo de solicitação de patente.

Procedimentos para a solicitação de patente

Segundo o coordenador do Cintec, Ricardo Santana, o pesquisador que deseja iniciar o processo de solicitação de patente deve procurar o Centro para constatar a viabilidade do pedido. “A partir daí, a gente orienta, fazendo a avaliação na seqüência”, afirma. É necessária uma redação da patente feita pelo pesquisador, a qual auxilia na busca para verificar a existência ou não de similares. Depois desse procedimento, o Cintec envia o pedido para o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e acompanha as devidas exigências.

O Cintec tem dois grandes desafios. O primeiro é a verificação da precedência do pedido, fazendo a busca de patentes em sítios públicos especializados, na Internet, como o INPI, o Japan Patent Office, o European Patent Office, entre outros. “Os temas são muito específicos de cada uma das áreas, o que aumenta o grau de dificuldade, sendo necessário trabalhar junto ao pesquisador”, diz o coordenador. O segundo desafio é a redação da patente, pois ali deve estar especificada a proposta do pedido e conter as reivindicações do que nela será assegurado.

A média do tempo de concessão de uma patente, no Brasil, é de oito anos. O invento patenteado é resguardado pelo período de 20 anos, contando a partir da solicitação. Dessa forma, a descoberta é protegida contra cópia ou venda. Passados os 20 anos, o invento cai em domínio público.

Vantagens para a UFS

A UFS possui alguns projetos de registros, de acordo com Ricardo Santana. Existem planos para registros de marcas, de software e um licenciamento. “É um processo que está começando a acontecer aqui”, expõe. Quando uma empresa pretende utilizar as tecnologias produzidas pela Universidade, a UFS entra em contato com o Cintec confirmando o interesse. A partir daí, são realizados testes em escala industrial. Com resultados positivos, a empresa utiliza a tecnologia e financia pesquisas na Universidade.

Por Grazielle Matos

graziellems@hotmail.com


Para maiores informações, acesse o sítio do Cintec:

http://www.cintec.ufs.br