28 outubro, 2008

Cinco dias de movimentação cultural

A Feira do Livro de Sergipe alcança sua terceira edição e oferece ao público sergipano a chance de conhecer a sua própria literatura


Será realizada de 28 de Outubro a 2 de Novembro a III Feira do Livro de Sergipe – A Palavra Guarda O Mundo, na Biblioteca Epifânio Dória. O evento é organizado através de uma parceria entre o Colégio Nossa Escola e a Secretaria de Estado da Cultura. Estarão presentes no evento – sempre das 10 às 21 horas - as mais diversas espécies de manifestações literárias e culturais. Para garantir um ingresso na III Feira, basta a vontade de conhecer um pouco mais a literatura sergipana, pois a entrada é franca.

Realizado pela primeira vez em 2006, o evento é uma espécie de expansão daquilo que o Colégio Nossa Escola já realizava durante os anos anteriores em seu próprio espaço escolar, com a chamada Feira de Livros da Nossa Escola, que chegou a ter onze edições. O objetivo dos organizadores do evento original, de alcançar um público maior, levou à criação da Feira do Livros de Sergipe. De acordo com Aglacy Mary da Silva, diretora da Unidade de Educação Infantil da Nossa Escola e uma das coordenadoras da III Feira do Livro, já é planejada uma futura bienal (expansão da feira), ainda sem data marcada.

Programação

Além da venda de livros, o público terá a oportunidade de entrar em contato com a cultura sergipana através de mostra de filmes, saraus, oficinas, apresentações teatrais, conferências, desafios para desenhistas, palestras, entre outras atividades. Diversas personalidades sergipanas envolvidas no universo literário do estado foram convidadas a participar do evento, entre elas: Carolina Bezerra, Derli Machado, Zé Antônio, Gizelda Moraes, Marcos Almeida, Gilmar Ferreira, e outros. A III Feira do Livro também contará com a participação de convidados de outros estados, como o doutor em Comunicação e cineasta Paulo Schettino (SP), Ieda Oliveira (RJ) - especialista em Literatura Infantil – e do poeta Jessier Quirino (PB).

Já nos dias 1º e 2 de Novembro, as frases, as rimas e os versos da literatura sergipana darão lugar às guitarras, baixos e baterias de músicos locais. A partir das 19h do dia 1º, se apresentarão as bandas Satori, Reverse e The Glorybox. E no quinto e último dia, 2, haverá shows das bandas One Last Sunset, The Strokes Cover e Mamutes.

A programação completa do evento pode ser vista aqui

Importância do evento

Para Aglacy Moura, que além de coordenar a feira, lançará seu livro de poesias chamado A Lavra, “eventos dessa natureza mobilizam estudantes, professores, editores, livreiros, profissionais de diversas áreas, enfim, o cidadão. Alimentando a cadeia produtiva do livro, coloca-se o escritor em sua posição de direito – de cara com o leitor – e o livro ganha vitrine”.

A III Feira do Livro de Sergipe contará com a participação desde escritores iniciantes até de nomes consagrados do universo literário sergipano. Segundo Lucas Livingstone, que lançará, durante a Feira, sua primeira obra, a HQ “Bin-Laden Ataca Aracaju”, “para autores iniciantes, como eu, a Feira do Livro é uma grande oportunidade de expor um trabalho publicamente, além da chance de conhecer autores sergipanos novos e antigos”.

Do outro lado, nomes conhecidos – principalmente para aqueles que esperam com aflição a chegada do vestibular da UFS – como o de Gizelda Moraes também atentam para a importância da realização desse tipo de evento para a valorização da cultura sergipana: “Isso acontece no mundo inteiro e é uma cultura que está se formando. Eu tenho ido a feiras de livros em vários países como espectadora, e vejo em cidades pequenas como o movimento é grande. Acho que isso é muito importante para a população”.

Os escritores iniciantes que desejem expor seu trabalho em uma próxima edição da Feira devem estabelecer contato com a Secretaria de Estado da Cultura através da diretora da Biblioteca Epifânio Dória, Sônia Carvalho.

Machado de Assis, Euclides da Cunha, Herman Melville, Mark Twain e diversos outros velhos habitantes da Biblioteca Epifânio Dória decretarão, portanto, durante a III Feira de Livros de Sergipe, cinco dias de silêncio. Cinco dias em homenagem e em respeito à literatura sergipana.

Por Rafael Santos

Um comentário:

Anônimo disse...

A iniciativa é mais do que louvável, pois em nossa cidade eventos culturais são, muitas vezes, sinônimo dos shows realizados tanto pelo poder público, quanto pela iniciativa privada. A transformação em Bienal só demonstra o sucesso que o evento está conquistando. Basta um maior interesse nosso em participar ativamente da programação.