11 outubro, 2006

UFS de cara nova

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) estará de cara nova em 2007. Com a aprovação de mais dezenove cursos para o próximo vestibular, num total de 4.070 vagas, a UFS amplia o seu universo de conhecimento e torna-se mais acessível à população. O responsável por essa mudança é o plano de expansão desenvolvido pela Universidade.

A Expansão

Em três reuniões, o Conselho de Ensino e Pesquisa (CONEP) decidiu pela aprovação dos 19 cursos, que devem ter início no período de 2007/1. As novas graduações são: Engenharia de Pesca, Museologia, Secretariado Executivo, Ciência da Atividade Física e do Desporto, Fonoaudiologia, Teatro, Engenharia Mecânica, Sistemas de Informações, Música, Engenharia de Produção, Engenharia de Materiais, Geologia, Nutrição, Arquitetura e Urbanismo, Fisioterapia, Dança, Letras Protuguês/Espanhol, Arqueologia e Turismo. Além destes, serão ofertados os cursos de Pedagogia (licenciatura) e Formação de Professores de Nível Médio, destinados a assentados da Reforma Agrária.

Segundo o Pró-reitor de Graduação e membro do CONEP, Antônio Ponciano Bezerra, a expansão visa atender a uma população que, por não ter a graduação desejada em seu estado, faz um curso que não é de seu agrado ou vai para outros locais. A estudante Fernanda Kelli já passou por essa situação. “Sempre quis fazer nutrição, mas como não tinha aqui, entrei em outro curso e pretendia ir para outro estado. Agora vou cursar nutrição aqui mesmo”, declara.

Um dos pontos questionados pelos atuais universitários é a estrutura que será oferecida para os novos cursos. Com relação a isso, o pró-reitor Ponciano Bezerra afirma que já houve liberação de verba para construção de novos prédios e contratação de professores, a fim de abarcar os novos alunos e manter a qualidade da instituição.

Histórico

Uma lei do final dos anos 1970 proibia que universidades públicas criassem cursos novos. Logo que a lei deixou de existir, a UFS começou uma expansão tímida, criando um curso vez por outra. Mas não havia uma política de expansão, nem governamental, nem da instituição. Outro entrave ao crescimento era a mentalidade das pessoas do estado. “Nós, aqui no estado, temos uma política de olhar para trás; se pudermos encolher, a gente encolhe”, afirma Ponciano Bezerra.

Além da criação de alguns novos cursos, a UFS contava com o PQD (Plano de Qualificação Docente) como forma de ampliar os seus domínios. Porém, por ser um programa com prazo para acabar e restrito a professores, o PQD não supriu as necessidades da instituição. Foi preciso, então, fazer algo que contemplasse tanto os vestibulandos quanto a Universidade. Assim, a expansão tornou-se o único caminho viável.

Por Luana Messias

luanamessias19@yahoo.com.br

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