19 setembro, 2006

Hemolacen realiza campanha de doação de medula óssea


O Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemolacen) está, desde o dia 14 de julho, realizando a campanha de Doação de Medula Óssea. Até agora, 2.200 doadores já contribuíram com a causa. Essa campanha tem como principal objetivo aumentar o banco de doadores, na busca de uma compatibilidade que poderia ajudar a pacientes que sofrem de doenças que afetam a medula e o seu funcionamento.

A medula óssea é um tecido esponjoso que fica localizado na parte interna dos ossos. É nela que estão todas as células-mãe que dão origem aos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Seu mau funcionamento pode ocasionar as mais diversas doenças.

A Campanha

A coleta de medula óssea já existe no estado de Sergipe há alguns anos. O pequeno número de doações, contudo, motivou a realização de uma campanha de conscientização da sociedade. “O número de doadores que vem ao órgão ainda é pequeno. É necessária uma campanha continuada, já que, no caso da medula óssea, ainda existe muita falta de informação por parte da população”, afirmou a Dr. Maria Amália Newton Andrade, Gerente da Hemorede.

Apesar da baixa procura, o Hemolacen tem feito campanhas junto a empresas na busca por um maior número de doadores. Dentre os parceiros é possível citar o Banese, a Unimed, a Caixa Econômica Federal, a TV Atalaia, dentre outros. Além desses, existem alguns outros parceiros agendados, a exemplo da Universidade Federal de Sergipe.

A doação

A doação é realizada todas as segundas e terças-feiras na sede do Hemolacen. Para realizá-la, são retirados 10ml de sangue do doador, que precisa ter entre 18 e 55 anos e apresentar um bom estado de saúde.

Após a doação, o sangue vai para o Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome), um banco onde ficam disponíveis os dados dos doadores para o mundo inteiro. Quando um paciente necessita, esse banco é consultado na busca por uma compatibilidade. Caso seja encontrado, o doador é consultado sobre a sua vontade de fazer a doação da medula. “O método de coleta é feito em um centro cirúrgico com anestesia e sem dor alguma. No dia seguinte ele já vai para casa”, disse a Dra. Maria Amália.

A doação de medula óssea beneficia pacientes que sofrem de doenças como leucemia e aplasia de medula óssea, além de crianças com algumas doenças genéticas. O principal entrave é a dificuldade de compatibilidade que existe. A chance de um paciente encontrar um doador compatível entre irmãos é de até 25 %. Entre pessoas sem graus de parentesco a chance é de um para 1 milhão.

“As pessoas devem exercer esse ato de cidadania. Cada um precisa saber que existe um próximo que pode estar precisando de medula para sobreviver”, incentiva a Dra. Maria Amália.

Por Letícia Telles

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