Órgão ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UFS, o centro tem como objetivo promover a interação entre o meio acadêmico e a sociedade. Possui importante papel no incentivo da produção artística e cultural da cidade. Seu espaço é utilizado para oficinas, palestras, aulas de graduação da universidade e eventos artísticos.
Segundo José Messias Nascimento, diretor em exercício do centro, os cursos são oferecidos através de um convênio firmado com o instituto de língua espanhola Garcia Lorca e a contratação dos professores se dá por meio deste convênio.
A agente administrativa Ana Elizabeth dos Santos, que fez dança de salão por um ano e meio e atualmente canta no Coral da UFS, afirma que gostou de tudo, mas faz uma ressalva quanto à estrutura física do prédio. “O cultart só precisa passar por uma reforma. Algumas salas estão em péssimas condições”.
134 anos de história
Registros indicam que o antigo prédio onde hoje se instala o Cultart foi construído em 1874, na época da administração do Dr. Antônio dos Passos Miranda. O terreno, pertencente ao Barão de Maruim, foi doado para a construção de um orfanato. Anos mais tarde este asilo de crianças carentes caiu no abandono, pois o governo não pôde continuar a sustentá-lo.
Já no século XX as ruínas do orfanato deram lugar ao “Grupo Escola Barão de Maruim”, por ordem do General Valadão. Houve mudança na arquitetura do prédio para o estilo grego, que permanece até hoje. De 1950 a 1980 funcionou ali a Faculdade de Direito, até a transferência deste para o campus universitário, quando então o espaço passou a ser sede de um centro cultural.
Há quatro anos houve mais uma fase de reformas. Foi o lançamento da “Casa Aracaju 2004”, o maior evento de arquitetura e design ocorrido no ano. Durante três meses uma equipe de decoradores, arquitetos e paisagistas mudaram radicalmente a aparência do local a fim de comportar os 27 espaços decorados para exposição. Mas, de acordo com Messias, não aconteceram grandes mudanças na estrutura da construção: lembra apenas que os porões ficaram em melhores condições de uso. “Não foi bem uma reforma. Eles adaptaram o prédio de modo a servir para o uso deles e depois, quando acabou o evento, retiraram quase tudo” explica o diretor.
Espaço certo para eventos culturais
Com freqüência, o Cultart vira palco de apresentações e shows promovidos por artistas e estudantes. A programação é divulgada através de cartazes, folderes e no próprio site da universidade. Aline Lisboa da Silva, estudante de Artes Visuais da UFS e uma das integrantes da comissão organizadora do Pré-Invasão Visual, festa cuja finalidade foi arrecadar fundos para o II Invasão Visual, comentou como conseguiu reservar espaço no centro para realização do evento. “Primeiro tivemos que pedir permissão da reitoria e da direção do Cultart. Como foi uma festa promovida pelos estudantes da universidade eles cederam o espaço” diz ela.
O Cultart é um espaço aberto, público. Também é foco de arte, ponto de encontro da intelectualidade sergipana, fomentador de projetos. O Cultart e seus antigos alicerces seguem através dos anos contribuindo para o engrandecimento da sociedade sergipana.
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