22 janeiro, 2008

O primeiro passo para o primeiro emprego

“Foi um grande passo que dei na vida. Sei que agora será bem mais fácil conseguir um emprego de verdade, com carteira assinada e um bom salário”. Foi com essa animação que o estudante Fernando Oliveira formou-se em um dos cursos profissionalizantes do Consórcio Social da Juventude, lançado pelo Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE). Para garantir a integração de políticas públicas de inserção de jovens no mercado de trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) intermedia o projeto em todos os estados do país.

Em Aracaju, o projeto é tocado pela Sociedade Eunice Weaver (SEWA) com o apoio de mais 25 entidades, entre as quais empresas, órgãos públicos e organizações da sociedade civil. Cada um desses órgãos é responsável por ministrar oficinas de diversas áreas do conhecimento como, por exemplo, oficinas de garçom, agentes de turismo, corte e costura, bordado, vendas e telemarketing, informática, higiene e beleza, etc, durante seis meses.

Segundo Tatiane Souza ,da SEWA,, a qualificação dos jovens é o diferencial para conseguir um espaço no mercado de trabalho. “Os alunos participam de cursos profissionalizantes durante seis meses. Alguns deles já concluem seus cursos com um emprego esperando por eles. Principalmente aqueles que têm dedicação destacada ao longo das aulas”, explica Tatiane. Enfatiza ainda o papel do programa para o desenvolvimento econômico do Estado de Sergipe. “Em 2007, qualificamos mais de 1200 jovens, e hoje, a maioria deles trabalha com carteira assinada. É um salto para a geração de emprego e renda em Sergipe. Só estamos aguardando a liberação do governo federal, para dar início às próximas turmas”.

Tatiane Souza também explica quais os critérios para participar do programa de incentivo federal. “A qualificação é aberta aos jovens de 16 a 24 anos que estejam estudando ou que tenha concluído o 2º grau. Não pode ter carteira de trabalho assinada, e deve comprovar a carência de renda dos pais”.

O estudante Fernando Oliveira recebeu qualificação na área farmacêutica através de curso oferecido pelo Movimento Popular de Saúde do Estado de Sergipe (MOPS). A partir do projeto, Fernando diz ter encontrado um ofício. “Eu nunca havia me alertado para essa área, da saúde. Então, surgiu a oportunidade de fazer o curso e me identifiquei bastante. Agora vou me preparar para entrar na universidade, me formar em medicina”, adianta o pré-vestibulando.

Responsável pelas oficinas de saúde pública e corte e costura, o MOPS é uma das instituições mais antigas de Sergipe que conduzem o projeto. “Atuamos há 18 anos na área da saúde publica, em Sergipe. Entendemos que ela é resultante, também, das condições de vida de uma população. E, por isso, os participantes do curso tiveram capacitação sobre controle social, prevenção e, o principal, conscientização. Incentivamos a população a participar dos conselhos de saúde em suas comunidades e, nesse sentido, entendo que nosso trabalho foi e continuará sendo fundamental para a formação desses jovens”, explicou a assessora Simone Leite Batista.


Por Priscila Viana

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