19 fevereiro, 2008

Apesar das reformas, Resun mantém cardápio

Após quatro meses e meio de reforma, o Restaurante Universitário (Resun) apresenta uma nova organização do espaço. Ampliou-se a área do refeitório, que conta com mais 174 lugares (área total de 200m²), e instalou-se duas estufas para a conservação dos alimentos. As mudanças visam atender a demanda proveniente da expansão universitária.

No térreo foi construído um guarda-volumes (50m²), facilitando a vida dos portadores de deficiência motora, e adaptado o guichê para compra de tíquete no espaço entre os banheiros. Para a realização de eventos acrescentou-se ao hall do Resun um palco de alvenaria de 30m².

O restaurante conta com o apoio de 27 funcionários efetivos e um contratado. O acompanhamento dos alimentos é feito pela nutricionista Ana Ediléia. Ela escolhe os cardápios da semana e vai até a cozinha do restaurante para comandar toda a preparação dos componentes que integrarão o almoço. No entanto, o desperdício de alimentos por parte dos alunos é um assunto que preocupa. “Muita comida é jogada fora. Se não houvesse tanto desperdício, e cada aluno pusesse no prato apenas o que vai comer, talvez fosse possível melhorar a qualidade da comida”, afirma a nutricionista.

Qualidade da comida no restaurante

Apesar de ter sido feita uma reforma estrutural de médio porte, a comida, apontada por muitos alunos como inferior, continua a mesma. “Quando tem fígado no Resun, metade dos estudantes vai almoçar fora da universidade. Eu acho um absurdo eles continuarem servindo pratos que não agradem à maioria dos alunos”, afirma o estudante Carlos dos Anjos. Para Ediléia, mesmo que não sejam de gosto comum, alguns pratos devem continuar sendo servidos. “A comida do Resun é muito bem balanceada. Claro que nem todos os alunos gostam de carne moída, de peixe ou de frango cozido. Não se pode agradar a gregos e troianos”, diz.

Questionado sobre novos projetos que visem melhorar o almoço universitário, o secretário do Resun, Antônio Reis Andrade, afirma que, por enquanto, nenhum plano foi aprovado. “A nossa intenção é melhorar sempre que possível. Seja no preço, nas instalações ou na qualidade da comida. Entretanto, os custos do almoço são altos e novos meios de financiamento ainda não surgiram. Aumentar o preço do almoço talvez fosse uma medida que resolvesse, parcialmente, essa questão. Mas eu acredito que os estudantes seriam contra isso. O preço simbólico de R$ 1,00 permanecerá por muito tempo ainda”.

A posição dos alunos parece ser a mesma apontada pelo secretário. “O preço do almoço tem sido esse desde que o restaurante foi inaugurado, por isso, eu não concordo com essa mudança. A solução é arranjar novas verbas para custear o aumento da qualidade”, opina o estudante Henrique Xavier, do curso de engenharia civil. Daniela Farias tem a mesma opinião. “A gente sempre espera que a qualidade melhore, mas quanto ao preço do almoço, eu acho que deveria continuar o mesmo”, diz.

Por Carla Santana

Nenhum comentário: