13 fevereiro, 2008

Yoga sem contra-indicação

Em Aracaju, a prática do yoga, já bastante popular entre pessoas da 3ª idade, tem se difundido cada vez mais entre os jovens. De acordo com profissionais da área, a grande razão dessa maior procura é o aumento do stress. A extensão do yoga às academias convencionais também contribui para a ampliação e diversificação de adeptos. Isso gera, contudo, questionamentos, pois alguns professores da ‘filosofia milenar’, acreditam que esses não sejam lugares apropriados para a arte.

Os benefícios da atividade

Que são muitos os benefícios para os idosos que decidem praticar yoga, todos sabem. O trabalho conjunto entre mente e corpo os auxilia bastante a elevar sua qualidade de vida. Os exercícios de equilíbrio, concentração e flexibilidade, por exemplo, são fundamentais para evitar quedas, muito comuns entre pessoas com mais de 60 anos.

A aposentada Teresinha Porto, se envaidece ao falar sobre a elasticidade que seu corpo apresenta devido à prática do yoga nos últimos 16 anos, “alguns movimentos eu faço com mais facilidade do que minha filha”.

O que acontece com a filha de Dona Teresinha é o mesmo que ocorre com muitas outras pessoas: a correria de uma rotina de trabalho exaustiva não ‘lhes permite’ dedicar parte do dia para a realização de uma atividade física. Essa agitação diária acarreta inúmeras preocupações e desconfortos, o que acaba levando muita gente ao stress.

E esse é o principal motivo pelo qual a maioria das pessoas procura o yoga, de acordo com o instrutor Sw. Jivan Naveen. “Hoje todos andam a mil por hora, ninguém tem tempo para nada. As pessoas buscam o yoga por ele unir o trabalho corporal e a aquietação da mente num mesmo horário da agenda”, afirma.


O yoga e as academias de ginástica

A conveniência dessa união citada pelo professor também é percebida nas academias de ginástica, pois muitas delas contam hoje com aulas de yoga no seu programa. Alguns profissionais da área, entretanto, questionam o bom desenvolvimento da prática em meio à agitação própria desses lugares.

Naveen é um deles. Ele alega que o yoga pode perder um pouco de sua essência nas academias, principalmente em termos de energia, “porque lá toda a atmosfera gira em torno da mesma agitação que você vive fora dali”, mas acrescenta que essa desvantagem em relação às escolas especializadas na atividade, é percebida apenas pelos praticantes mais sensíveis.

Maria Rita Braga é instrutora de yoga há 2 anos, e atua hoje dando aulas em casa e em uma academia convencional. Ela reconhece ser um pouco difícil trabalhar fora do seu espaço, e afirma que “a maior dificuldade no ensinamento do yoga aqui [na academia de ginástica em que trabalha] é a falta de materiais necessários à prática da atividade, como simples blocos de madeira, por exemplo”.

Rita não acredita que a agitada energia das academias de ginástica faça com que a prática perca sua essência, pois define o yoga como algo sem restrições. De acordo com ela, todos podem praticá-lo, independente da idade ou do lugar onde o façam, e encerra dizendo que a atividade é, acima de tudo, “um estado de consciência, podendo ser praticada a qualquer momento. Você pode fazer yoga enquanto estiver caminhando na esteira, ou quando estiver fazendo o seu almoço”.


Por Christiane Matos

Foto: Christiane Matos
Adaptação fotográfica: Galileu Nogueira

Um comentário:

Díjna disse...

Muito boa a matéria chris! e a foto de Bi, tá linda! kkkk parabens, pauta boa também.Não sei se vc sabe, mas na UFS tem um grupo que está praticando, se eu não me engano, ali perto da quadra, no caminho ceav. :)