11 dezembro, 2008

Entre o estudo e o emprego

Saiba mais sobre opções de estágio e bolsas na UFS

Não é todo mundo que, no terceiro grau, pode se dedicar apenas aos estudos. Com a chegada da idade adulta, que geralmente coincide com o ingresso na universidade, a pressão para o jovem largar aos poucos (às vezes nem tão aos poucos) o colo financeiro dos pais só faz crescer. O próprio custo do ensino superior potencializa essa situação – mesmo na rede pública, o gasto com livros, impressões e outros materiais muitas vezes exigem que o aluno busque, pelo menos, um rendimento complementar.

Um emprego “formal”, de carga horária alta e numa área talvez pouco afim com o campo de estudo do aluno pode, entretanto, acabar se mostrando um grande problema para quem se preocupa com o aprendizado. E é por isso que existem algumas alternativas para poder ganhar algum dinheiro sem prejudicar a vida acadêmica. Confira abaixo algumas das opções possíveis na Universidade Federal de Sergipe (UFS) para conciliar curso e renda.

Bolsa-residência e bolsa-trabalho da PROEST (Pró-reitoria de assuntos estudantis)

A bolsa-residência e a bolsa-trabalho são auxílios oferecidos pela UFS a alunos com renda per capita de até 90% de um salário mínimo. Os interessados, que devem estar em situação regular no curso, precisam se dirigir ao setor de serviço social da Coordenação de Assistência ao Estudante (CODAE/PROEST). O estudante precisa comprovar o seu índice de vulnerabilidade para ganhar as assistências.

O Programa de Residência Universitária atende preferencialmente os discentes de localidades distantes do campus. As inscrições são feitas semestralmente. Quem consegue a vaga é encaminhado para uma casa do programa, que comporta geralmente oito alunos e recebe uma bolsa de R$ 702,00. Além disso, o residente não paga pela refeição no Restaurante Universitário (RESUN) e, nos fins-de-semana, é beneficiado com uma cesta de alimentos. Atualmente, existem 226 favorecidos por esse projeto.

A bolsa-trabalho paga R$ 250,00 para alunos que se disponibilizem a trabalhar por 20 horas semanais na UFS. O bolsista da PROEST também tem direito à livre refeição no RESUN, mas só pode manter esse vínculo por até dois anos. As inscrições são feitas semanalmente, às quintas.

Estágio, PIBIX e bolsa de extensão da PROEX (Pró-reitoria de extensão)

Segundo a Coordenação de Extensão (CODEX), a política de estágio da UFS não é agenciar estudantes para instituições públicas e privadas, mas conseguir com elas convênios que beneficiem o maior número possível de universitários dentro de suas próprias áreas de estudo. “Hoje, são mais de trezentas empresas cadastradas, fora as centrais de estágio, como a Fapese”, disse Elizabeth Azevedo, coordenadora de extensão. “Trabalhamos diretamente com as partes – a empresa solicita dá um perfil de aluno e a gente divulga, busca no cadastro”, comenta. Os estudantes interessados podem fazer o seu cadastro na sala da CODEX, que fica no segundo andar do prédio da Reitoria. Mais de 1.900 universitários que fizeram o perfil estagiam atualmente.

A bolsa de iniciação à extensão (PIBIX) e a bolsa de extensão da PROEX são ocupadas por estudantes que desempenham atividades do chamado terceiro pé da universidade. Tratam-se de projetos que visam, por exemplo, levar a UFS para “fora de seus muros”, entrando em contato com a comunidade. Bolsistas do PIBIX conseguem a vaga a partir do contato com um professor orientador, e os da bolsa de extensão através da CODEX. Em ambos os casos, o estudante não-voluntário recebe R$ 250,00. Hoje, são 157 estudantes remunerados por essas duas vias – 61 pelo PIBIX e 96 pela bolsa de extensão.

PIBIC

O aluno que quer participar do programa institucional de bolsas de iniciação à pesquisa (PIBIC) deve procurar um professor que estude uma área de seu interesse e tenha os pré-requisitos para ser orientador. Apenas professores doutores têm direito a vagas remuneradas, e um mesmo professor pode chegar a ter três bolsas desse tipo e seis voluntárias. Os editais são lançados todos os anos, geralmente por volta do mês de abril. O aluno remunerado recebe R$ 250,00 para trabalhar por vinte horas semanais, num contrato de doze meses, prorrogáveis por mais doze. Para os que pretendem seguir carreira acadêmica, essa é certamente uma das melhores alternativas. No momento, existem 219 alunos remunerados de PIBIC e 211 voluntários.

Monitoria

Segundo o Departamento de Apoio Didático-Pedagógico (DEAPE), o projeto de monitoria tem o objetivo de aperfeiçoar o processo de formação do aluno, através de atividades que exercitarão o seu conhecimento numa determinada disciplina, além de despertar o seu interesse pelo ensino. Monitores auxiliam o professor orientador na realização de trabalhos práticos e experimentais, mas não são autorizados a dar aula. O aluno que deseja se tornar monitor deve verificar no seu departamento se já existe algo numa matéria do seu interesse, além de um professor que possa orientá-lo. Além disso, ele deve ter adquirido, pelo menos, média sete nessa matéria em questão, média geral ponderada também sete e outra vez sete no concurso de monitoria que deverá ser promovido. O retorno mensal é de R$ 250,00.

Por Ricardo Gomes

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