13 junho, 2008

Candidatos à reitoria da UFS discutem propostas

Foi realizado na manhã de quinta-feira, 12, de maneira amistosa e democrática, o terceiro e penúltimo debate entre os candidatos à reitoria da Universidade Federal de Sergipe.

Na primeira parte do debate, o candidato Jonatas Meneses – representante da chapa “Humanização, transparência e descentralização” – defendeu, entre outras questões, a implantação de serviços médicos nos campi, a aplicação de uma transparência maior na administração e a descentralização do poder do gestor, para a maior autonomia dos departamentos.

O candidato à reeleição pela chapa “Crescendo com a UFS”, Josué Modesto dos Passos Subrinho, dividiu a sua explanação inicial em três tópicos: realizações na universidade, nos últimos quatro anos; padrões de comportamento – sobre o qual citou exemplos de estabelecimento e consolidação de práticas de relacionamento dentro da UFS – e o apoio recebido ao longo da campanha.


No bloco referente às perguntas entre si, os candidatos discutiram temas como a possível redução da carga horária dos servidores de 40 para 30 horas semanais, a implantação do ponto eletrônico – que gerou polêmica quando foi instalado – e a atuação do Consu e do Conep, que, segundo Jonatas, acontece de maneira “clientelista” em relação à reitoria.

Em vários momentos da discussão, Meneses se referiu à administração atual como sendo de caráter “oligárquico” e “continuista”. “O senhor parece não entender o que é modelo oligárquico, mas isso é porque o senhor é economista e não cientista social. O grupo que administra a UFS atualmente é o mesmo que está desde 1993, todo baseado em práticas clientelistas. Isso é oligarquia”, afirmou o candidato da chapa “Humanização, transparência e descentralização”.

O atual reitor, em resposta, disse que entende muito bem o que significa “oligárquico”, apesar de ser formado em economia – o que segundo ele, não deixa de ser uma ciência social. “Nós somos, sempre fomos e sempre seremos progressistas, modernos. Nossa administração é extremamente democrática e estamos muito integrados com a sociedade civil. É o senhor quem tem dificuldades em entender os processos e mecanismos da administração pública”, contestou Josué.

A terceira parte do debate, que constou do sorteio de algumas pessoas da platéia para fazer perguntas, teve entre os principais temas discutidos o combate ao assédio moral – que, de acordo com a presidente do Sintufs, Edjanária Borges, tem se tornado cada dia mais freqüente na universidade –, as melhorias para o Resun e o possível aumento no número de programas de extensão para beneficiar a comunidade de fora da UFS. Ambos os candidatos se mostraram interessados em investir nestes pontos específicos.

No bloco conclusivo, Josué finalizou sua participação no debate ressaltando o desenvolvimento da universidade nos últimos quatro anos. Já o candidato Jonatas Meneses fez suas considerações finais enaltecendo o seu vínculo de quase três décadas com a Universidade Federal de Sergipe.

Eleitores

Apesar de avaliarem o debate como proveitoso, alguns eleitores reclamaram do pouco tempo destinado às perguntas realizadas pela platéia. Antônio José, assistente administrativo da reitoria, acredita que “seria melhor se houvesse mais tempo para colocarmos mais perguntas. Eu, particularmente, tinha alguns questionamentos a fazer, mas não tive a oportunidade”.

Os estudantes do 1º período do curso de Ciências Sociais, Emily Couto e Diego Ramón, avaliam que o debate foi importante, pois segundo eles, as propostas ficaram mais claras do que o que está escrito no papel. “Eu não estava completamente decidido em quem ia votar, apenas tinha uma idéia, mas o debate confirmou o que eu já pensava. Foi fundamental para a minha decisão”, concluiu Diego.

O último debate entre os dois candidatos ocorreu às 19 h desta quinta-feira. As eleições começam no dia 14 de junho e prosseguem entre os dias 16 e 17.

Por Thiago Rocha
Fotos: Thiago Rocha

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