30 junho, 2008

Demanda sugere crescimento da biblioteca da UFS

Muitas são as dificuldades encontradas pelos estudantes ao ingressar em uma universidade. Entre elas, o choque entre a quantidade de obras para ler e a baixa quantidade de livros disponíveis nas bibliotecas. Essa é uma das principais barreiras que o aluno da Universidade Federal de Sergipe encontra desde o início da sua vida acadêmica. Quem, por exemplo, nunca se deparou com a urgência de uma obra bibliográfica para uma prova ou para um artigo científico, e quando chegou à biblioteca não encontrou nenhum exemplar disponível?

A Bicen (Biblioteca Central) – criada em 11 de agosto de 1979 -, que atende diariamente a toda a comunidade sergipana e, principalmente, aos estudantes da UFS, hoje conta com um acervo diversificado. Segundo a diretora da Bicen Rosa Gomes Vieira, no ano passado a biblioteca possuía mais de 40 mil títulos e 130 mil volumes. Porém, o processo de aquisição e disponibilidade de novos livros não acompanha a crescente demanda dos usuários. Ainda são muitas as reclamações dos estudantes quanto à falta de bibliografias importantes nas diversas áreas. E essa situação torna-se ainda mais preocupante ao lembrarmos que a universidade passa por um processo de expansão de cursos e de alunos.

E o problema que o aluno tem enfrentar não fica só na baixa quantidade de obras disponíveis, mas também na falta de organização destas. “O acervo da Bicen não supre as necessidades dos estudantes e, além disso, é super desorganizado. Os livros de TV são pouquíssimos e ficam na área de contabilidade, criando sérios problemas para achá-los”, ressalta Dinah de Sousa Costa, estudante do 5º período de Rádio e TV. Ademais, segundo Christerson Magno Gonçalves, estudante do 4º período do curso de Educação Física Plena, encontra-se ainda o problema da idade das obras. “Eu acho que a Bicen tem até um bom acervo, mas ele está um pouco defasado porque os livros estão muito antigos. Pelo menos no do meu curso a maioria dos livros mais recentes têm pelo menos 10 anos.” Ainda segundo ele, em muitas matérias os professores recomendam a procura na Internet, já que não são disponíveis livros sobre o assunto na biblioteca. “Agora mesmo eu estou fazendo uma matéria – Prevenção e Segurança – que é muito difícil de ter livros aqui na biblioteca, então temos que ficar pegando dos sites da Internet mesmo.”

A falta de muitas dessas obras, porém, não é somente responsabilidade da biblioteca. Segundo a diretora, Rosa Vieira, os pedidos dos livros são responsabilidade dos professores de cada departamento. Cada departamento tem uma cota estipulada para o valor que pode comprar. Esse valor muda conforme o curso, pois eles têm pesos diferentes. Os cursos de Medicina e Física, por exemplo, tem um peso maior que os demais.

Segundo Alaine Maria Barros, chefe da divisão de processos técnicos da Bicen, no ano passado foram destinados por volta de 700 mil para a compra de obras para a biblioteca e este ano esse valor chegou a quase 1 milhão. Esses pedidos são feitos uma vez por ano através do preenchimento do formulário do Proquali (Programa Ensino de Qualidade) para que, então, a biblioteca possa abrir o processo de solicitação. Após o preenchimento do formulário o setor responsável, na universidade, pela aceitação dos pedidos é a Cogeplan. Ainda segundo ela, uma das soluções para contornar o problema da demanda de livros seria o maior envolvimento de cada professor com seu departamento.
Para a diretora da Bicen, Rosa Vieira, aos poucos o Proquali está tentando suprir essa ausência das bibliografias, mas os professores precisam colaborar renovando seus pedidos a cada ano para não ficar solicitando os livros já existentes na biblioteca. “Hoje, a responsabilidade pela seleção é do professor e não da biblioteca. A biblioteca coloca somente os livros à disposição do aluno, salvo as doações que a gente recebe”.

Doações

Um das soluções viáveis para contornar a carência de livros nas bibliotecas seria através das doações. Porém, segundo Alaine Maria Barros, as doações por parte dos usuários ainda são muito poucas e dificilmente são doações novas, o que prejudica a aceitação destas para a ampliação do acervo da biblioteca. “Normalmente as pessoas doam o que já não querem mais”, afirma.

Sabemos, porém, que não é tão simples assim fazer tais doações, pois muitas vezes, para elas serem aceitas, precisam passar pelas difíceis barreiras da burocracia. Desta forma, muitos desistem de tentar enfrentá-las e acabam não ajudando para o crescimento do acervo. Para Rosa Vieira, porém, não há tal burocracia. Segundo ela, o que existe são critérios para a aceitação dos materiais, pois eles precisam verificar e ter um controle dessas doações. “Doações de entidades de fora, de outras instituições, de outras universidades, de livrarias ou de fundações, por exemplo, não passam nem por um critério porque normalmente são livros novos e atualizados. Porém quando chega um particular para entregar os livros precisamos ter um critério de aceitação, já que muitas vezes são doações que não são de interesses para a comunidade universitária. E, outras vezes, até são de interesse, mas são livros que já estão muito riscados e com anotações que não tem nem como recuperar. Deste modo, o próprio aluno não vai querer pegar emprestado um livro como esse”.

Ainda segundo a diretora, embora a pessoa tenha boa vontade e espírito de solidariedade, é muito dispendioso para a universidade manter as doações. “A universidade tem gastos com o bibliotecário para fazer a seleção, com o armazenamento, pois não tem estantes suficientes para guardá-los, e com os funcionários que precisam fazer o processo de organizar as doações no acervo dos computadores. Ademais, muitas vezes as pessoas deixam livros mofados, rasgados e até com cupim, o que é muito perigo para o restante da biblioteca.”, acrescenta.

Mesmo com todos esses empecilhos, é fundamental ressaltar a importância das doações para a universidade. Nos últimos anos, por exemplo, a Bicen recebeu algumas importantes doações como as vindas de Jurinha Lobão, as da professora Teresinha Oliva e da família da professora de Serviço Social, Dinah. Outro fato importante de se destacar é a do acervo da videoteca da Bicen, que é formada quase na sua totalidade por doações.

Proquali

O Proquali (Programa de Ensino de Qualidade) é um programa de ensino da UFS que está em ação desde 2005. Ele tem como proposta a descentralização de recursos financeiros, garantindo a estabilidade de seus beneficiários. Assim, a universidade pode programar suas estratégias para a aquisição de novos equipamentos e livros, tendo como objetivo melhorar a qualidade do ensino na UFS e envolver a comunidade acadêmica na gestão da qualidade.

Até 2007, as unidades participantes eram os departamentos, os núcleos de graduação, os núcleos de pós-graduação, o Colégio de Aplicação e a Biblioteca Central Nos últimos três anos, os recursos reatados entre as unidades contempladas foi do todo de R$ 3,25 milhões. E, segundo dados do Ministério da Educação, até novembro de 2007, cerca de 17.645 novos exemplares para a Biblioteca Central, fazendo com que o acervo crescesse mais de 15%.

Links relacionados:
http://www.ufs.br/proquali2007.php

*Amanhã, dia 1° de julho, comemora-se o Dia das Bibliotecas.

Por Júlia da Escóssia.

28 junho, 2008

Quando a realidade parece só forró, é hora de fazer documentários



Ainda em clima de Festa Junina, com uma divulgação quase inexistente, o programa DOCTV - de Fomento à Produção e Teledifusão do Documentário Brasileiro - começa a pegar fogo. A avaliação dos projetos, que começou no dia 27 de maio, será encerrada no próximo sábado, 28 de junho.

Chegando à sua 4ª edição, o projeto nacional, que em Sergipe é uma realização da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (ABEPEC), Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), Empresa Brasil de Comunicação (TV Brasil, Aperipê TV) e do Governo de Sergipe, Prefeitura de Aracaju e Banco do Nordeste do Brasil (com o apoio institucional da ABD/SE), continua meio escondido entre a fumaça dos fogos e a poeira dos arrasta-pés.

Mesmo assim, as expectativas são as melhores para a edição 2008 do DOCTV, o que pode ser percebido até na comunidade do projeto no site de relacionamentos Orkut. A procura é grande por modelos de projetos de documentário de edições anteriores. A usuária Maria Fernanda Cordeiro, por exemplo, disponibiliza seu modelo para todos. "É ainda da 2ª edição do projeto, mas a base é a mesma". É ainda essencial para os participantes checar as informações sobre regulamento e cronograma de produção (em Sergipe através do site – www.aperipe.se.gov.br).

Serão premiados 2 projetos inéditos de documentários, de 52 minutos cada, com contratos de co-produção para as obras – financiados pelas empresas citadas que compõem o projeto. Haverá premiações diferenciadas para 1º e 2º colocados, e ambos serão exibidos pela Rede Pública de Televisão – respectivamente a partir de maio de 2009 e janeiro de 2010. O autor e o diretor do melhor documentário serão ainda convocados a participar de oficinas nacionais de Produção, juntamente com os outros ganhadores dos outros estados.

O tema deste ano é “Quando a realidade parece ficção, é hora de fazer documentários”. Nada mais propício, num tempo de crianças jogadas de janelas, que verdadeiros vídeos-documentos venham dar um toque de realismo numa vida que aparenta ser cada vez mais irreal.


Destaques de Outros estados:

http://www.youtube.com/watch?v=4H7Lz7cM1q0&feature=related – Teaser sobre o Documentário "Manoel Monteiro - em vídeo, verso e prosa", escolhido na Paraíba para ser gravado e exibido no Programa DOCTV, da TV Cultura.

http://www.youtube.com/watch?v=NEx51Z1s6JY&feature=related - DOCTV - A Próxima Refeição – AM

http://www.youtube.com/watch?v=9ZMYU5xL9LA&feature=related - DOCTV - Ensolarado Byte – PE

http://www.youtube.com/watch?v=cSA209Hbe6A&feature=related - DOCTV - Do Lado de Fora – RJ

http://www.youtube.com/watch?v=QdxmLKwU7zA&feature=related - DOCTV - Preto contra Branco – SP


Por Luiz Paulo.

27 junho, 2008

Nova lei beneficiará estagiários

A idéia de contratar um estagiário a fim de obter mão-de-obra qualificada a baixo custo está com os dias contados. Isso porque em 2007, o Ministério da Educação (MEC) propôs mudanças que alteram os pilares da Lei nº 6.494 de 1977, do Estagiário. As regras já existiam, mas desta vez os estudantes trabalhadores desfrutarão de direitos mais amplos como, por exemplo, a férias.

O caput da lei atual informa que o estágio deve ser um instrumento para a complementação do ensino, de forma a ser praticado em consonância com as atividades escolares. Entretanto, quando se pratica uma jornada acima de 40 horas, por exemplo, a sincronização entre estudante, instituição de ensino e empresa é enfraquecida.

A nova lei, que passou pela Câmara dos Deputados, Senado Federal e no final de 2007 retornou à Câmara com algumas alterações, define que a jornada de trabalho do estagiário não pode ultrapassar 30 horas semanais, divididas em 6 horas diárias. Já os estudantes de ensino médio só poderão trabalhar 20 horas semanais.

Além das mudanças na carga horária, os estagiários terão direito a um recesso de 30 dias após um ano de duração do estágio, remuneração baseada no salário mínimo, concessão de vale-transporte e seguro contra acidentes pessoais. Este último, porém, já faz parte de alguns contratos firmados entre as empresas e as instituições intermediadoras dessa relação como, por exemplo, o Centro de Integração Empresa e Escola (CIEE), Central de Serviços de Aracaju, Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Sergipe (Fapese) e Universidade Federal de Sergipe (UFS).

De acordo com a coordenadora de estágio da UFS, Elizabeth Azevedo Souza, há uma mudança crescente no perfil comportamental das empresas, independente da nova lei. “Antes, nós buscávamos os convênios com as firmas, hoje elas vêem até nós. Ao mudar essa ordem, as instituições já estão cientes de suas obrigações e apostam nos estagiários como fontes de novas idéias e conhecimentos, portanto pouco mudará com a nova legislação”, afirma Elizabeth. O aumento de convênios firmados a partir de 2005 é uma prova desta mudança. Desde então, o número de empresas conveniadas subiu de 94 para 172.

Em relação ao novo regulamento para os alunos do ensino médio, algumas mudanças recairão sobre a relação de estágio com a empresa. Agora, os estudantes secundaristas só poderão representar 20% do quadro total de funcionários. Outra novidade é a participação de profissionais liberais no convênio com estágios, fato atualmente permitido apenas para empresas e escritórios.

Elizabeth acredita que as pequenas empresas sofrerão impacto com as alterações, já que a remuneração toma por base o salário mínimo. “Eles estão sendo rigorosos quando estipulam este valor. Isso pode implicar uma queda nas contratações”, comenta.

Faz-se necessário ressaltar que todos esses direitos são apenas válidos para estágios extracurriculares. Os cursos que possuem a atividade como disciplina curricular obrigatória não são amparados pela lei e ainda, estão a mercê da procura pela melhor proposta.

Na UFS, o setor responsável pela contratação de estágios não-curriculares é o Centro de Atividade de Extensão (CECAC), através da Coordenadoria de Estágio da UFS. Já para os estágios curriculares, a mediação é feita pela Pró-Reitoria de Graduação (POSGRAP), por meio da Coordenadoria Geral de Estágios Curriculares (COGEC).

Serviço:

Coordenadoria de Estágio da UFS
Tel.: (79) 2105-6421

Coordenadoria Geral de Estágios Curriculares (COGEC),
Tel.: (79) 2105-6457.


Por Lidiane Lima

20 junho, 2008

Resultado das eleições foi ‘referendo à expansão’

Reeleito com mais de 70% dos votos válidos, o reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho promete ‘continuar crescendo’. Ele diz que prefere ser criticado por agir, a ficar parado. Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Sergipe (1977), possui mestrado e doutorado na área, e destaca-se por seus estudos sobre a economia de Sergipe. Um dia após a confirmação da vitória, Josué Modesto recebeu o Contexto para a seguinte entrevista.


Contexto - O senhor obteve uma vitória expressiva. O que mais contribuiu para o resultado?


Josué
- A comunidade concordou com a mensagem da chapa vencedora: a universidade está crescendo, e crescer vale a pena para a universidade e para a sociedade. Claro que todo crescimento tem suas dores, e nós temos problemas. Mas, majoritariamente, a comunidade achou que vale a pena.

Contexto - O fato de haver apenas uma chapa concorrente facilitou sua vitória?

Josué - A existência de apenas duas chapas têm suas vantagens e desvantagens. Mas, eu não acredito que esse fator foi decisivo. A campanha foi muito polarizada entre “oposição” e “situação”. Se houvesse mais chapas concorrendo, elas teriam que disputar o mesmo perfil, o mesmo eleitorado que não concorda ou não vê falhas na atual gestão.

Contexto - Como ocorreu o financiamento de sua campanha?

Josué - A partir de doações das pessoas envolvidas. Houve um planejamento, meses antes da campanha.

Contexto - O que o senhor considera como falha na atual gestão?

Josué - Cabe a oposição detectar isso, e vários problemas foram mencionados. Problemas do cotidiano. Apesar da aquisição de livros pela biblioteca a partir do programa PROQUALI ter sido sistemática, o ritmo entre a aquisição e a disponibilização do material para os estudantes é lento. Há um lapso temporal que incomoda os estudantes e professores. Esse é um problema inerente à administração pública. Nós temos que fazer pregões eletrônicos, temos que esperar os prazos legais para os fornecedores entregarem o material, e depois disso, há o processo de catalogação.

Contexto - Qual a sua avaliação sobre as principais propostas da chapa adversária?

Josué - Quanto à descentralização, do meu ponto de vista, a proposta da chapa concorrente era um retrocesso em relação ao que nós fazemos. Hoje, nós distribuímos os recursos diretamente aos departamentos. A chapa adversária propôs distribuir pelos centros, e dentro dos centros, discutir como distribuir aos departamentos. Nós fazemos algo mais direto.

No que se refere à questão da transparência, todos nossos atos são transparentes. Todos os editais e licitações estão disponíveis no website, para as pessoas acompanharem quanto se gasta e em que se gasta.

Quanto à humanização, eu diria que é um conceito um tanto subjetivo, e a administração pública trabalha principalmente com coisas objetivas. É óbvio que ninguém é contra a humanização, quanto mais polidas as pessoas forem melhor.

Contexto - O senhor é favorável às cotas para alunos de escolas públicas? O sistema entrará em vigor já no vestibular de 2009?

Josué - Sim, a iniciativa de propor o sistema foi da atual administração. Nós constituímos inicialmente uma comissão de programa de ações afirmativas, coordenada pelo NEABE – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros. O NEABE apresentou uma proposta que está tramitando no CONEP. Vamos ver se é possível implantá-la já para o vestibular de 2009. Se não for, certamente essa será uma das metas do novo mandato. A nossa universidade não pode correr o risco de ser uma das últimas a adotar algum programa de ações afirmativas.

Contexto - Como se dará o processo de expansão no segundo mandato?

Josué - Nós temos várias frentes de expansão. Uma que provavelmente avançará bastante é a educação semi-presencial – o projeto Universidade Aberta do Brasil (UAB). Nós atualmente estamos em nove municípios, mas ainda esse ano alcançaremos doze.

Nós temos a possibilidade de criar de novos cursos. Principalmente no campus de São Cristóvão. Alguns já estão planejados para o próximo ano, como são os casos dos cursos de Biblioteconomia e Documentação, Relações Internacionais e Engenharia da Computação.

Há a possibilidade também de construir novos campi no interior. Na nossa proposta inicial de interiorização previa-se Itabaiana, Nossa Senhora da Glória, Lagarto, Estância e Própria.

Contexto - É basicamente isso. Deseja fazer mais algum comentário...

Josué - Bem, em síntese, a eleição terminou sendo um referendo acerca da expansão da universidade - das suas dificuldades, das suas virtudes e das suas potencialidades. Eu fiquei muito contente com os percentuais de aprovação. Os três seguimentos aprovaram essa política de expansão, e isso nos dá maior legitimidade para prosseguir com ela. A mensagem que ficou para nós é que recebemos o mandato para persistir na política de expansão da Universidade Federal de Sergipe.

Por Ailton Reis e Carla Santana

Foto: Somese

Mais quatro anos de expansão

Comunidade acadêmica disse ‘sim’ ao crescimento da UFS



A Universidade Federal de Sergipe (UFS) dará continuidade ao seu Plano de Expansão. A chapa “Crescendo com a UFS”, representada pela atual gestão da reitoria, recebeu quase 70% dos votos em consulta popular à comunidade acadêmica, realizada entre os dias 14 e 17 de junho. Com esse resultado, o atual reitor Josué Modesto e o vice, Ângelo Antoniolli, devem seguir o modelo de administração praticado nos quatro anos da gestão anterior.

Entre os anos de 2005 e 2008, a gestão de Josué Modesto foi marcada pela ampliação do acesso à universidade. Nesse período, destacaram-se entre suas ações: o aumento do número de vagas no vestibular, a criação de novos cursos presenciais, a construção dos campi de Itabaiana e Laranjeiras e a implantação de cursos de ensino superior a distância. Com isso, o número de estudantes que ingressaram na instituição praticamente dobrou e, no último vestibular, a UFS recebeu mais de quatro mil alunos.

Para atender à nova demanda de alunos, algumas ações foram realizadas, como a alteração nos horários das aulas, para que os cursos funcionassem em um único turno, a ampliação do Restaurante Universitário (Resun) e a construção do prédio da Didática V, com novas salas de aula. Em janeiro de 2008, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a realização de concurso para contratação de novos técnicos administrativos, de modo que a UFS pudesse suprir a necessidade de ampliar os seus serviços.

Reuni

A adesão da UFS ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades (Reuni) em outubro de 2007 foi outro ponto que marcou a gestão de Josué Modesto. As universidades que aderiram ao Reuni devem ampliar o número de vagas de ingresso, especialmente no período noturno, e implantar ações de auxílio à permanência de estudantes na educação superior.

O Reuni prevê o encaminhamento de recursos do MEC para que as universidades federais sejam capazes de atender à crescente demanda dos estudantes. Nos próximos quatro anos, a UFS irá receber R$ 55,8 milhões do MEC para investimentos em infra-estrutura e equipamentos. Os prédios da Didática VI e do curso de Engenharia de Materiais são algumas das obras que estão sendo construídas com recursos do Reuni.

O professor Eduardo Freire, do Departamento de Engenharia Elétrica (DEE), aponta o projeto atual de captação de recursos como uma importante ferramenta de reestruturação e crescimento da universidade. O docente avalia de forma positiva a reeleição de Josué Modesto e a continuidade desse projeto. "Embora com várias carências, a universidade passa por um importante momento de transição que, se for interrompido, pode ser prejudicial ao seu desenvolvimento", afirma o docente.

Protestos

No entanto, a gestão de Josué Modesto também sofreu várias críticas por parte da comunidade acadêmica. A adesão ao Reuni, por exemplo, foi considerada por setores do movimento estudantil como uma medida prejudicial ao desenvolvimento da universidade. Membros do Movimento Resistência e Luta (MRL), por exemplo, consideram que o processo de expansão está sendo feito de forma precipitada.

A falta de estrutura para receber o grande número de alunos também incomodou parte da comunidade acadêmica. A aluna do curso de Fisioterapia, Larissa Resende, afirma que os equipamentos muitas vezes não dão conta da demanda. “Um equipamento que poderia suprir a necessidade de uma única turma, às vezes tem que ser dividida entre três ou quatro turmas, o que atrapalha o rendimento do aluno”, declara a estudante.

Futuro

Como as eleições para a reitoria são realizadas de forma indireta, os membros do Conselho Universitário (Consu) e do Conselho do Ensino e da Pesquisa (Conep) é que decidem. Se os conselhos respeitarem o resultado obtido na consulta popular, o que normalmente acontece, Josué Modesto e Ângelo Antoniolli irão administrar a UFS até 2012. O resultado da escolha deve ser divulgado no próximo dia 10 de julho.

Com isso, a UFS deve continuar o seu processo de expansão, comandado pelo mesmo grupo que administrou a universidade nos últimos quatro anos. Novos cursos serão criados e o número de alunos irá crescer exponencialmente. Até 2012, a universidade deverá encarar as mesmas críticas em relação à estrutura para abrigar esse novo contingente de alunos. Por isso, mesmo com algumas dificuldades, a UFS deve seguir o mesmo projeto que a caracterizou nos anos da gestão Josué: a inclusão por meio da ampliação do acesso à universidade e a interiorização do ensino superior.

Por Fernando Pires

Foto: Fernando Pires

18 junho, 2008

Josué Modesto é reeleito com 69,78% dos votos

Com 69,78% do total de votos, a chapa “Crescendo com a UFS” saiu vitoriosa na consulta à comunidade acadêmica que opinou sobre quem dirigirá a reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS) de 2008 a 2012. A chapa é composta pelos atuais reitor e vice-reitor, Josué Modesto dos Passos Subrinho e Ângelo Roberto Antoniolli respectivamente. A escolha deverá ainda ser encaminhada aos Conselhos Superiores, órgãos máximos deliberativos, que darão o aval final.

A chapa “Crescendo com a UFS” apresentou vitória maciça em quase todas as urnas. As únicas em que isso não ocorreu foram a dos técnicos do campi de Laranjeiras – onde houve empate, e a dos discentes do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) – onde a chapa “Humanização, Transparência e Descentralização” obteve 523 votos contra 400 da adversária. O atual reitor mostrou-se mais forte no processo eleitoral principalmente nos novos pólos criados em sua gestão.

Outro ponto que chamou a atenção foi o número de abstenções. Dos 18.548 aptos a votar, apenas 6.655 se fizeram presentes às urnas, um percentual de aproximadamente 64% de não comparecimento à eleição. Mas para o presidente da comissão eleitoral, Carlos Dias, esse número elevado já era esperado.

Josué Modesto é graduado em Economia pela UFS e possui título de Doutor na área de História Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Já ocupou o cargo de vice-reitor entres os anos de 1996 a 2004. À frente da reitoria desde 2005, sua gestão foi marcada pelo projeto de expansão da UFS. Nesse período, destaca-se a criação de 30 novos cursos de graduação presencial, a construção de dois novos campi e a adesão da UFS ao polêmico Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI).

TABELA DE VOTOS POR LOCAL E POR CATEGOGIA:


EST: Estudantes
PRO: Professores
TÈC: Técnicos administrativos
UAB: Universidade Aberta do Brasil


Confira aqui a relação completa da consulta para reitor 2008


Por Zeca Oliveira

17 junho, 2008

Mais de 3000 eleitores comparecem às urnas


De um universo de 21.000 eleitores aptos a votar, o segundo dia de eleição na UFS levou às urnas cerca de 2.800 participantes, entre servidores, docentes e estudantes. Somados aos 500 votos dos pólos de educação à distância, já são mais de 3000 eleitores atuantes. Esses dados, para o representante da comissão eleitoral Júlio Neto, mostram que a comunidade está participando e que até o final das votações o número irá superar as expectativas.

Sandro Navickiene, professor do Departamento de Química (DQI), enfatizou a tranqüilidade do processo eleitoral, que para ele ocorreu de forma organizada, correta, e sem confusão. Para a estudante de psicologia Pablicia Juliana Santos Tomaz, os candidatos não expuseram suas respectivas ideologias. “A chapa da situação investiu na publicidade e pouco aprofundou suas propostas. Já a oposição, não teve recurso financeiro para o seu marketing e também não soube expor as metas. Quem perde com isso nesse processo decisório somos nós”, afirma a discente.

Para o candidato à reeleição, Josué Modesto dos Passos Subrinho, no penúltimo dia de votação, as expectativas estavam voltadas para a participação ativa da comunidade. “As eleições paritárias são uma conquista da universidade durante esses 24 anos de vigência do processo, um pioneirismo ímpar, mantido com algumas variações”.

O candidato da oposição, Jonatas Meneses, diz acreditar positivamente na participação de todos, apesar de encarar a disputa como desleal. “Há um esforço titânico contra o uso da máquina administrativa”, reclama. Além disso, discorda das condições em que o processo está acontecendo: “A sessão está totalmente aberta e oferece um certo constrangimento, o que é contra o regulamento.” Jonatas Menezes se referia ao fato de que, no prédio da reitoria, a votação não está sendo feita em uma sala fechada, com presença apenas dos mesários. A equipe do Blog Contexto conferiu as demais mesas de votação, mas esse fato acontece apenas na reitoria.

A eleição continua até esta terça-feira, 17, com início às 8h30min e término às 22h. Nos campi de Itabaiana e Laranjeiras, segue até as 21h.

Link relacionado:

Mesas de votação


Por Lidiane Lima

Eleições: pólos da UAB votam pela primeira vez

Foram iniciadas no sábado, 14, as eleições para reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Os primeiros contemplados com a chance de escolher a gestão que comandará a Universidade nos próximos quatro anos foram os alunos dos pólos de educação a distância, que pela primeira vez participam da votação.

Cada um dos nove pólos recebeu uma urna, que ficou à disposição dos votantes durante o período de funcionamento das sedes. Dos aproximadamente dois mil votantes, apenas 500 confirmaram sua escolha na urna, o que segundo o representante da comissão eleitoral, Rossine Espinola, pode ser considerado um número razoável.

O clima nas sedes de votação foi bastante amistoso, como já era esperado. Não houve problemas entre as duas chapas. Mas alguns dos alunos reclamaram da falta de uma campanha de esclarecimento a respeito do pleito, bem como do pouco tempo que os candidatos tiveram para apresentar suas propostas e explicar a importância do voto.

A votação continua até esta terça-feira, 17, nos campi de São Cristóvão, da Saúde(Aracaju), Itabaiana e Laranjeiras. O resultado será divulgado na quarta-feira, 18.

Por Raphael Vilela

13 junho, 2008

Candidatos à reitoria da UFS discutem propostas

Foi realizado na manhã de quinta-feira, 12, de maneira amistosa e democrática, o terceiro e penúltimo debate entre os candidatos à reitoria da Universidade Federal de Sergipe.

Na primeira parte do debate, o candidato Jonatas Meneses – representante da chapa “Humanização, transparência e descentralização” – defendeu, entre outras questões, a implantação de serviços médicos nos campi, a aplicação de uma transparência maior na administração e a descentralização do poder do gestor, para a maior autonomia dos departamentos.

O candidato à reeleição pela chapa “Crescendo com a UFS”, Josué Modesto dos Passos Subrinho, dividiu a sua explanação inicial em três tópicos: realizações na universidade, nos últimos quatro anos; padrões de comportamento – sobre o qual citou exemplos de estabelecimento e consolidação de práticas de relacionamento dentro da UFS – e o apoio recebido ao longo da campanha.


No bloco referente às perguntas entre si, os candidatos discutiram temas como a possível redução da carga horária dos servidores de 40 para 30 horas semanais, a implantação do ponto eletrônico – que gerou polêmica quando foi instalado – e a atuação do Consu e do Conep, que, segundo Jonatas, acontece de maneira “clientelista” em relação à reitoria.

Em vários momentos da discussão, Meneses se referiu à administração atual como sendo de caráter “oligárquico” e “continuista”. “O senhor parece não entender o que é modelo oligárquico, mas isso é porque o senhor é economista e não cientista social. O grupo que administra a UFS atualmente é o mesmo que está desde 1993, todo baseado em práticas clientelistas. Isso é oligarquia”, afirmou o candidato da chapa “Humanização, transparência e descentralização”.

O atual reitor, em resposta, disse que entende muito bem o que significa “oligárquico”, apesar de ser formado em economia – o que segundo ele, não deixa de ser uma ciência social. “Nós somos, sempre fomos e sempre seremos progressistas, modernos. Nossa administração é extremamente democrática e estamos muito integrados com a sociedade civil. É o senhor quem tem dificuldades em entender os processos e mecanismos da administração pública”, contestou Josué.

A terceira parte do debate, que constou do sorteio de algumas pessoas da platéia para fazer perguntas, teve entre os principais temas discutidos o combate ao assédio moral – que, de acordo com a presidente do Sintufs, Edjanária Borges, tem se tornado cada dia mais freqüente na universidade –, as melhorias para o Resun e o possível aumento no número de programas de extensão para beneficiar a comunidade de fora da UFS. Ambos os candidatos se mostraram interessados em investir nestes pontos específicos.

No bloco conclusivo, Josué finalizou sua participação no debate ressaltando o desenvolvimento da universidade nos últimos quatro anos. Já o candidato Jonatas Meneses fez suas considerações finais enaltecendo o seu vínculo de quase três décadas com a Universidade Federal de Sergipe.

Eleitores

Apesar de avaliarem o debate como proveitoso, alguns eleitores reclamaram do pouco tempo destinado às perguntas realizadas pela platéia. Antônio José, assistente administrativo da reitoria, acredita que “seria melhor se houvesse mais tempo para colocarmos mais perguntas. Eu, particularmente, tinha alguns questionamentos a fazer, mas não tive a oportunidade”.

Os estudantes do 1º período do curso de Ciências Sociais, Emily Couto e Diego Ramón, avaliam que o debate foi importante, pois segundo eles, as propostas ficaram mais claras do que o que está escrito no papel. “Eu não estava completamente decidido em quem ia votar, apenas tinha uma idéia, mas o debate confirmou o que eu já pensava. Foi fundamental para a minha decisão”, concluiu Diego.

O último debate entre os dois candidatos ocorreu às 19 h desta quinta-feira. As eleições começam no dia 14 de junho e prosseguem entre os dias 16 e 17.

Por Thiago Rocha
Fotos: Thiago Rocha

10 junho, 2008

UFS terá novos cursos de Comunicação Social

Está prevista, para o próximo ano, a incorporação dos cursos de Publicidade e Propaganda e Áudio Visual à área de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe. Segundo a proposta do REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), cada novo curso deverá ter laboratórios bem estruturados, além de um espaço adequado à produção acadêmica.

Com a contemplação dos recursos, será iniciada a construção de um novo prédio com 1200 metros quadrados. Segundo o projeto, o complexo atenderá todas as necessidades dos cursos de Comunicação, possibilitando que as aulas sejam ministradas com total qualidade, no que se diz respeito à estrutura e à disponibilidade de materiais como máquinas fotográficas, equipamentos de iluminação e câmeras filmadoras.

Segundo Lílian França, atual diretora do Centro de Educação Superior Distância (CESAD) da UFS, a proposta de ampliação dos cursos visa à formação de profissionais integrados com outras áreas da comunicação social, e que atendam a um perfil do mercado, com conhecimento das diferentes áreas de multimídia e utilização de novas tecnologias.

A situação do curso de Áudio Visual é um pouco diferente. Ela será o resultado da mudança na grade curricular do que hoje é o curso de Comunicação Social com habilitação em Radialismo. De acordo com Francisca Argentina, chefe do Departamento de Artes e Comunicação Social (DACS) da UFS, a reformulação do curso tem como objetivo atender às novas necessidades do mercado consumidor, atualizando técnicas e recursos para a melhor capacitação profissional.

A mudança se fará presente também na grade do curso: a criação de matérias como animação, infografia, história do cinema, linguagens específicas dos meios de comunicação, história dos recursos áudio visuais e computação gráfica serão criadas para que os alunos tenham uma formação mais abrangente.

Ao questionar os alunos de Comunicação sobre a criação dessas novas áreas, a dúvida foi a mesma: será que a UFS tem condições financeiras de fazer uma ampliação estrutural e docente desse porte? Segundo as professoras Lílian França e Francisca Argentina, sim. Um ofício com a descrição do projeto foi enviado para o reitor da universidade, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, que afirmou, segundo Argentina, que as verbas serão enviadas assim que os cursos entrarem em vigor.

Para o aluno de jornalismo Nikos Elefthérios, a criação desses novos cursos está sendo precipitada. “Claro que é necessário que novas habilitações sejam integradas ao curso de Comunicação Social, porém a universidade precisa de tempo e dinheiro para que isso seja feito”, afirma. Segundo Lílian França, nos dois primeiros anos, as matérias ofertadas serão praticamente teóricas, integradas aos cursos já existentes. Esse será o tempo necessário para que o prédio seja, enfim, construído e as aulas possam ganhar um direcionamento prático.

Por Carla Santana.

07 junho, 2008

Em debate, candidatos falarão sobre propostas para os próximos quatro anos

Os candidatos à reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS) iniciarão nesta segunda-feira, 9, uma série de cinco debates públicos, programados para a semana que antecede as eleições. Em pauta, o atual reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho, e o diretor do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), Jonatas Meneses, discutirão as propostas do programa de trabalho de suas respectivas chapas.

“O ponto forte de nossa campanha é termos o que apresentar quanto a realizações, a experiências e a propostas. É poder dar continuidade a ações já desenvolvidas, muitas delas com sucesso e outras que eventualmente precisem sofrer alguns ajustes”, disse Josué Modesto, membro da chapa Crescendo com a UFS.

Defendendo a proposta da chapa Humanização, Transparência e Descentralização, o professor Jonatas Menezes afirma que as ações administrativas da UFS, hoje, são concentradas no âmbito da própria reitoria. “Os centros acadêmicos não têm nenhum centavo de recurso. Nós, a partir do início de nossa administração, vamos ter um orçamento participativo onde os centros terão recursos para viabilizar sua administração”.

De acordo com Josué Modesto, o Proquali (Programa de Ensino de Qualidade) já descentraliza os recursos. Ainda segundo ele, todas as unidades da instituição sabem anualmente quanto devem gastar em material permanente e em material bibliográfico, independente da vontade de qualquer membro da administração superior.

Ao analisar o processo de expansão pelo qual a universidade passa, o professor Jonatas critica a forma como os recursos estão sendo aplicados nas diversas obras de infra-estrutura. “A única coisa que sabemos é aquilo que está afixado na placa de autorização da obra, porque isso é obrigatório. Mas no site da universidade não há absolutamente nada”, comenta.

Para o atual reitor, a expansão tanto tem qualidade como percalços. “Eventualmente há problemas que fogem ao controle de qualquer universidade, como o cronograma de liberação de vagas para docentes e técnicos. Há expectativas, há acordos entre as universidades e o Ministério da Educação (MEC), mas em alguns momentos o cronograma sofre atrasos, por questões legais ou de contingenciamento econômico”, afirma Modesto.

Os dois candidatos ao cargo de reitor da UFS farão o primeiro debate público no campus de Laranjeiras, às 16h desta segunda-feira, dia 9. A semana prossegue com os debates nos campi de Itabaiana e da Saúde (Aracaju), terça, 10 e quarta-feira, 11, respectivamente. Os dois últimos encontros serão no campus de São Cristóvão, na quinta-feira, 12.


Por Getúlio Cajé

06 junho, 2008

“Como é bom ser sergipano....”

A banda Naurêa surgiu em novembro de 2001, em Aracaju. É o seu som original que faz com que ela seja, hoje, uma das bandas de maior renome para o estado de Sergipe. Nos últimos anos, a banda ganhou projeção nacional e internacional com seu estilo próprio, o Sambaião - uma mistura de Samba e Baião.



Além de tocar nos maiores encontros de música do Nordeste, em 2006, a banda fez shows na Alemanha - durante a Copa do Mundo de futebol - e, no ano passado, participou das festividades dos Jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro. A partir daí, a Europa passou a recebê-la cada vez mais de braços abertos, possibilitando que no verão de 2007 – julho a agosto - fizesse sua segunda turnê, que teve a duração de 20 dias.

Neste ano, após o lançamento do seu DVD pelo Canal Brasil, o desafio da banda é ser conhecida no sudeste do Brasil. “Em julho, vamos tocar em São Paulo e Rio, aproveitar essa exposição do DVD para divulgar o nosso trabalho aqui no Brasil, mesmo. Agora a gente quer fazer shows e aproveitar esse momento de lançamento do DVD pelo Canal Brasil”, ressalta um dos vocalistas da banda, Alex Sant´Anna.

Na formação atual da Naurêa, encontramos no vocal e zabumba Márcio de dona Litinha; também no vocal e triângulo, Alex Sant´Anna; no acordeom, Leo Airplane; no cavaquinho, Aragão; no surdo e caixa, Patricktor4; na guitarra elétrica, Abraão Gonzaga; na percussão, Betinho Caixa D´Água; no baixo e tuba, Alemão; e como engenheiro de som, Anselmo Pereira. E é com Alex Sant´Anna que iremos conversar um pouco mais, para saber o que podemos esperar da banda nesse período de festas juninas e quais as novidades que virão nesse período de 2008/2009.

Contexto - Quando e como se deu o surgimento da Naurêa?

Alex Sant´Anna - A banda surgiu em 2001 quando eu, Patrick e Márcio estávamos participando de um encontro sobre folclore e, no intervalo, começamos a fazer uma “batucada”. Márcio já tinha a idéia de fazer uma banda de forró, já tinha até o nome. Eu também estava em um projeto fazendo uma banda de forró e Patrick também estava empolgado com “esse lance” de percussão. Nós conversamos, nos juntamos e cada um começou a chamar um amigo. Aos poucos, foi entrando todo mundo da banda. 15 dias depois, já estávamos fazendo o primeiro show, só com músicas nossas. E três meses depois, já estávamos lançando nossa primeira demo, com cinco músicas. Inclusive com as músicas “Bonfim” e “Pop do Forró”, que depois vão entrar no nosso primeiro disco. Tem também a música “Manga Verde” que ainda não gravamos, mas que vai sair agora no DVD.

Contexto - Houve muitas mudanças no estilo de banda durante essa trajetória?

Alex Sant´Anna - Na maioria das músicas, nós temos o baião e o samba como base que, misturando, dá o que chamamos de “Sambaião”. Em cada disco, porém, temos influências diferentes. No primeiro disco, por exemplo, estávamos mais envolvidos com algumas coisas de música eletrônica e algumas coisas das pesquisas folclóricas que Márcio fez na época que trabalhava com a Sulanca. No segundo, estávamos mais voltados à música latina e outros elementos, mas sempre mantendo a base. Agora no terceiro - que estamos gravando -, vamos ter outras novidades como o reggaeton e o funk. Mas sempre o baião como a pedra fundamental da banda.

Contexto - A letra das músicas também é algo bem marcante na banda. De onde e de quem vêm as idéias das letras?

Alex Sant´Anna - Até o segundo disco, 95% das composições eram de Márcio e os arranjos e produção do disco, feitos coletivamente. Nesse disco novo talvez Márcio fique com 60% destas e os outros 40% fiquem com os outros membros da banda. Todos já estão começando a compor mais. Esse formato de composição da Naurêa, com letras curtas e com idéias centrais, mas que consegue ter boas sacadas, tem muito a ver com a música eletrônica, com a música pop e chega próximo às letras de músicas folclóricas como, por exemplo, o Reisado.

Contexto - Vocês acham que o público sergipano tem uma boa recepção com a banda ou essa recepção ainda precisa mudar, crescer?

Alex Sant´Anna - Sempre queremos que o público cresça, queremos que toda a Aracaju nos conheça. Nosso público é fiel, está sempre nos shows cantando nossa música e a cada dia que passa, vem crescendo.

Contexto - Nos últimos anos vocês conseguiram ganhar projeção nacional e internacional. Como está sendo essa experiência?

Alex Sant´Anna - Em 2006, tocamos em eventos bacanas. Na Copa do Mundo da Alemanha, tivemos a oportunidade de conhecer um profissional da agência chamada “Agency Fox Music”, que representa bandas do mundo inteiro e que gostou do show da Naurêa, planejando uma turnê maior para 2007.
Esse ano, como nosso DVD passou no Canal Brasil em primeira mão, antes do lançamento, estávamos tendo um resultado bacana também aqui no Brasil. Várias pessoas estão ligando para comprar o DVD. Em julho, vamos tocar em São Paulo e Rio, aproveitar essa exposição do DVD para divulgar o nosso trabalho aqui no Brasil mesmo. Apesar de termos tocado em eventos legais também, como o RecBeat (Recife), Pan Americado (Rio), Feira da Música Internacional de Brasília, Mercado Cultural em Salvador, a banda nunca fez uma seqüência dessa.

Contexto - Então, depois do lançamento do DVD, o público tem procurado mais a banda?

Alex Sant´Anna - Sim. Por causa dessa exibição, nós temos dois selos negociando para lançar o novo disco. Provavelmente quando tocamos em São Paulo, no dia 21, devemos fechar isso. Então, vamos aproveitar esse momento e deixar para viajar ao exterior no ano que vem, talvez em abril e julho.
Em todos os lugares por que passamos, nós tivemos uma boa receptividade. As pessoas dançavam, assistiam e até tentavam cantar, principalmente na Alemanha, lugar de forte tradição musical.

Contexto - Há muitas diferenças entre o público brasileiro e o internacional?

Alex Sant´Anna - A principal diferença é que os estrangeiros não entendem as besteiras que a gente diz (risos)...mas tem. Eles gostam mais de música. Por exemplo, temos uma música que se chama “Sambaião Serial” que é baseada em música serial. Quando Márcio explicou que era música dodecafônica todo mundo fez expressão de curiosidade, aqui, a gente pode explicar isso, mas somente meia dúzia de pessoas vai saber o que é isso. Lá, como eles têm uma tradição muito forte de estudar música, todo mundo ficou atento e fomos aplaudidos. É inclusive uma música que nem estamos tocando mais aqui, mas que lá, não podemos tirar do repertório. Mas em matéria de receptividade, aqui no Brasil é muito bom. Em Recife, no RecBeat, foi muito massa. No mercado cultural de Salvador, as pessoas cantavam com todo gosto “Como é bom ser Sergipano...”, Acho que o que muda são alguns detalhes, mas, no geral, somos bem tratados.

Contexto - Com a chegada das festas juninas, quais são as expectativas para a banda? Quanto a shows e viagens marcadas para outras cidades?

Alex Sant´Anna - Sábado agora - dia 7 - tocaremos no Ceará. Na outra sexta - dia 13 - tem um arraial lá no Pelourinho. Depois - dia 16 - aqui no “Forró Caju”; no dia 21, viajaremos para São Paulo. No dia 25, vamos tocar no Arraial do Povo, e terminamos com o “Forró Siri”.

Contexto - Vocês têm algum projeto novo em mente?

Alex Sant´Anna - O CD “Al Gazarra”, que estamos começando a gravar. Estávamos querendo levar pelo menos cinco músicas prontas para Alemanha, para essa turnê. Quando decidimos não viajar mais e viu que o DVD - que é do CD “Sambaião” - está passando na televisão, achamos que não teria porque lançar um novo disco agora. Então, decidimos segurar.Terminaremos as gravações no segundo semestre, para lançar o disco no final do ano ou no início do ano que vem.

Links relacionados:

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Por Júlia da Escóssia

05 junho, 2008

O meio ambiente, o carro e o ‘camelo’

Substituir o automóvel pela bicicleta é uma boa forma de comemorar o dia mundial do meio ambiente.

Congestionamentos se multiplicam, aumenta o nível de emissão de gases poluentes e a violência no trânsito tornou-se epidemia nacional. Mas, apesar disso, vendas de automóveis batem recordes a cada ano. Dados da ONU de 2006 apontam queima de combustíveis fósseis por veículos motorizados como umas das principais causas do efeito estufa. Levando isso em consideração, é possível avaliar que o automóvel se tornou um ‘vilão’ para o bem estar social e para o meio ambiente. A bicicleta, segundo alguns especialistas, é, então, alternativa de mobilidade que melhor respeita o homenageado do dia.

O professor Charles Wright, especialista no assunto, afirma que a bicicleta, por ser de grande serventia para vencer pequenas distâncias e deveria ser melhor explorada no transporte urbano em substituição do automóvel. Wright ainda enumera algumas vantagens do ciclismo: ausência de pulição (sonoro visualmente e com emissão de gases), maior eficiência energética, melhor aproveitamento espacial das vias ( no espaço de um carro, que geralmente transporta entre uma e duas pessoas, cabem quatro bicicletas), menos gastos ao setor público (em implementação e manutenção da estrutura como em atendimento aos acidentados), dentre outras.

Wright ainda argumenta que o carro desumaniza a cidade. Transforma-a em ambiente unicamente de trânsito, e não de encontro de pessoas, por ocupar grande parte dos espaços. O ambiente hostil e poluído, criado pelo uso indiscriminado de veículos motorizados, pode ser melhorado ao se transformar a bicicleta e outras formas de mobilidade não motorizadas em real prioridade no trânsito.

Ciclo Urbano

A ONG Associação Ciclo Urbano foi criada em setembro de 2007 com o objetivo de trabalhar a educação no trânsito e incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte em Aracaju. “Pretendemos defender o direito do ciclista que é regulamentado pelo Código de Trânsito” Brasileiro, reitera Felippe César, presidente da ONG. Ele afirma que muitas pessoas não utilizam a bicicleta pela insegurança e vulnerabilidade do veículo. Por isso, defende a ampliação da malha cicloviária.

Felippe diz ainda que as atuais ciclovias têm um “planejamento interessante” por ligarem áreas periféricas da cidade, onde se encontra a maior quantidade de usuários da bicicleta como meio de transporte. Mas afirma que as classes de maior poder aquisitivo também deveriam ser incentivadas. “Deveria haver um investimento maior para as pessoas das classes média e alta, para elas passarem a se locomover também de bicicleta, deixando seus carros em casa”, opina.

O grupo atua através de panfletagens, exposições e de eventos chamados de “bicicletadas”, que acontecem toda última sexta-feira do mês, desde setembro do ano passado. Esse tipo de atividade (“bicicletada”) originou-se nos EUA com o nome de critcal mass (massa crítica) e foi difundida para vários países.

"Passeio Legal"
Com o intuito de melhorar a educação do ciclista no trânsito, a SMTT promoverá o projeto “Passeio Legal”. Serão realizadas atividades de instrução para alertar o ciclista dos procedimentos que deve seguir de forma a garantir, inclusive, sua própria segurança. O lançamento do projeto acontece hoje às 19h30min no conjunto Augusto Franco.

A SMTT criou um setor para tratar do uso da bicicleta no transporte urbano há três meses. O órgão trabalha a questão da bicicleta em três abordagens: desenvolvimento e implementação de infra-estrutura, fiscalização do uso dos locais destinado ao ciclismo – observando se veículos motorizados trafegam ou estacionam em ciclovias, por exemplo – com aplicação de multas e educação do ciclista.

Segundo Fabrício Lacerda, coordenador de ciclo mobilidade da SMTT (cargo recém criado), orientar o usuário da bicicleta é prioridade. “Se o ciclista não sabe a maneira certa de proceder no trânsito, pode até ser ele mesmo o responsável pela sua insegurança”, comenta. Também informa que serão construídos 18 km de ciclo faixas e ciclovias até o final do ano.

Por Zeca Oliveira
Fotos: Felippe César e Carol Vasconcelos.

Eleições para reitor: chapas correm contra o tempo

As chapas que concorrem à reitoria da Universidade Federal de Sergipe têm duas semanas para distribuir materiais, passar em sala de aula e conclamar a comunidade acadêmica a participar do processo eleitoral. Até o dia 13 de junho, os candidatos terão que correr contra o tempo para percorrer os campi de São Cristóvão, Itabaiana e Laranjeiras, além do Hospital Universitário e os pólos de Educação a Distância.

O estudante de ciências sociais Ulisses Willy é um dos coordenadores de campanha da chapa Humanização, Transparência e Descentralização, e alega que seu grupo está sendo prejudicado pelo tempo estabelecido. “Um prazo de duas semanas é muito curto para o pleito, o que dificulta bastante a democracia. Além de formar a chapa, ainda temos que preparar material e entrar em contato com os eleitores. São atividades que demandam um tempo maior”, lamenta.

O professor Arivaldo Montalvão Filho, pró-reitor de Assuntos Estudantis, é um dos mobilizadores da chapa Crescendo com a UFS, e apesar de concordar com o outro grupo quanto ao tempo de campanha, o pró-reitor demonstra otimismo. “Realmente, estamos levando um processo atropelado, mas vamos fazer o possível para chamar a comunidade ao voto e à participação nos debates. Já começamos a panfletar hoje, por exemplo”.

O presidente da comissão eleitoral, professor Carlos Dias da Silva Junior, concorda que dez dias é um tempo escasso para as atividades, mas responsabiliza as entidades representativas. “A responsabilidade recai sobre as entidades representativas, que levaram muito tempo para convocar a Assembléia Geral, e definir as regras da eleição. Ela poderia ter sido convocada em março, mas acabaram postergando, e aí estão os resultados”.

Para ele, a falha no nível de informação da comunidade acadêmica está na comunicação entre os segmentos. “A comissão é formada por estudantes, professores e servidores, justamente para facilitar a troca de informações entre os membros de cada segmento. Além das chapas, cada entidade – DCE, ADUFS e SINTUFS – deve levar às suas respectivas categorias as informações referentes às votações”, esclarece o diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS).

Tentativas de mobilização

O estudante Rafael Aragão é coordenador do Centro Acadêmico de Ciências Sociais Caio Amado (Cacam) e alega ter pouco tempo para mobilizar os estudantes do seu curso. “Em dez dias, as pessoas podem até saber que as eleições vão acontecer, mas poucas conhecem o funcionamento do processo, as propostas dos candidatos. Eu só estou por dentro das eleições porque procuro meios de me informar e debater com meus colegas de curso”, afirma.

De acordo com Renata Ferreira, membro do Movimento Nacional de Casas de Estudantes, os residentes da UFS se interessam pelo debate, mas não têm informações suficientes. “Nós temos pouco tempo para discutir as propostas e decidir sobre o possível apoio a um dos candidatos. No entanto, até agora, nenhum candidato procurou o Conselho de Residentes da UFS para apresentar suas propostas. Temos bandeiras a defender, principalmente as de assistência estudantil, e gostaríamos de conferir se essas bandeiras estão sendo contempladas por alguma das chapas”, destaca Renata, que é estudante de turismo da UFS.

Existem duas chapas disputando as eleições. Crescendo com a UFS é encabeçada pelo atual reitor, Josué Modesto dos Passos Subrinho, e tem como vice o professor Ângelo Antoniolli, ambos tentando a reeleição. A outra chapa - Humanização, Transparência e Descentralização – tem como candidato o professor Jonatas Silva Meneses, do Departamento de Ciências Sociais e diretor do CECH, e como vice o professor Pedro Leite de Santana, do Departamento de Engenharia Química.

As eleições vão ocorrer nos dias 14 (pólos de Educação a Distância), 16 e 17 de junho, em São Cristóvão, Itabaiana e Laranjeiras, além do Hospital Universitário.


Por Priscila Viana.

04 junho, 2008

Evento apresenta história do cangaço

Quem acha que o cangaço foi esquecido e que seus líderes perderam espaço para discussão social está redondamente enganado. A I Semana do Cangaço, que será realizada no Centro de Criatividade de Aracaju, vem com tudo para provar que Maria Bonita e Lampião continuam despertando a curiosidade do público sergipano.

O evento será realizado de 4 a 6 de junho e vai apresentar ao público diversos estudiosos sobre o assunto, como o poeta e dramaturgo, Ariano Suassuna, Maria do Rosário, escritora do livro “O Nordeste do Cangaço”, e Franklin Maxado, diretor da Casa do Sertão (UEFS/BA). Além dos escritores, o evento vai contar com a presença ilustre da filha única de Lampião e Maria Bonita, Expedita Ferreira.

Organizada pela OSCIP - Sociedade do Cangaço, a Semana vai comemorar a data de nascimento de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião. Com o tema “Encontre-se com a história”, o evento tem o objetivo de despertar o interesse do público pelo assunto. Segundo uma das organizadoras, Vera Ferreira, o Cangaço deve ser visto como “um forte movimento social que estabelece características da identidade cultural do Nordeste”.

Para que os valores culturais do movimento sejam reconhecidos pelo público, a Semana tende a discutir os acontecimentos que construíram a história do Cangaço e que ainda hoje fazem parte das experiências socioculturais do brasileiro.

Durante os três dias do evento, serão realizadas oficinas, mesas redondas, mostras de cinema, exposições e apresentações culturais. As inscrições estão sendo feitas no Centro de Criatividade de Aracaju e estarão abertas até esta quarta-feira, 4 de junho. Quem quiser solicitar a inscrição pela internet é só mandar um e-mail para lampiao.maria@gmail.com. Mais informações podem ser obtidas através do número 3179-1909 ou 3179-2925.

Um pouco de história

O Cangaço é considerado por estudiosos um fenômeno sociocultural entre o final do século XIX e o início do século XX. Os cangaceiros eram grupos de homens armados, que surgiram da insatisfação quanto às péssimas condições sociais da região nordestina, principalmente a concentração de terras dos latifúndios.

Eles não moravam em locais fixos, não seguiam as leis estabelecidas pelo governo e eram perseguidos pelos policiais por causa da violência com que agiam nas localidades por onde passavam. Usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos da caatinga.

No dia 28 de julho de 1938, na localidade de Angicos, no estado de Sergipe, Lampião foi vítima de uma emboscada na qual foi morto junto com sua mulher, Maria Bonita, e mais nove cangaceiros de seu bando. Esta data veio marcar o final do cangaço.

Links relacionados:

http://semanadocangaco.blogspot.com/

Por Carla Santana

01 junho, 2008

Comissão eleitoral inicia os trabalhos para a eleição do novo reitor

Duas chapas concorrem às eleições para a reitoria da Universidade Federal de Sergipe. A chapa “Crescendo com a UFS”, tendo o atual Reitor, Josué Modesto e seu vice, Ângelo Antonioli, como candidatos; e a chapa “Humanização, Transparência e Descentralização”, tendo o professor do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), Jonatas Meneses, e o professor do curso de Engenharia Química, Pedro Leite, como vice.

As votações ocorrerão entre os dias 14, 16 e 17 de junho, datas escolhidas pela Assembléia Geral Universitária (AGU), ocorrida no último dia 21 de maio. As três categorias acadêmicas da UFS - servidores, docentes e estudantes - já escolheram os representantes de cada sindicato para compor a comissão eleitoral, formando ao todo nove pessoas (três de cada categoria).

A comissão tem por função organizar e realizar todo o processo eleitoral sem que haja nenhuma interferência por parte de qualquer membro das entidades, é o que afirma a presidente do SINTUFS, Edjanária Borges. “Nenhuma entidade pode ter participação direta dentro da comissão”, explica.

A primeira reunião entre os membros da comissão ocorreu no último dia 27. De acordo com o diretor de Comunicação do SINTUFS, Joseilton Rocha, a comissão também terá por função conceder todo o apoio logístico para os candidatos durante o decorrer das eleições.

Júlio Neto, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e um dos integrantes da comissão eleitoral, afirma que ela tem uma importância reconhecida para garantir a viabilidade e a credibilidade da consulta pública. “Parte da comissão definir os principais pontos da eleição e dos procedimentos dos candidatos”, explica.

Segundo Júlio, o comitê tem outras funções, como a divulgação das resoluções do comitê nos veículos de imprensa, a instalação das urnas eleitorais, os locais de votação em todos os campi da universidade, entre outras.

A previsão quanto ao resultado da eleição é que o candidato mais votado já seja conhecido a partir do dia 18 de junho. “A partir do resultado, ocorrerá uma nova assembléia entre as três entidades (DCE, SINTUFS e ADUFS), confirmando o candidato vencedor, e em seguida, a comissão encaminhará o nome ao Conselho Universitário (CONSU)”, ressalta Júlio.

Na segunda-feira, dia 02, haverá uma nova reunião entre a comissão que irá definir os outros pontos, como a impressão dos nomes dos candidatos nas cédulas eleitorais. Está marcado para a próxima semana um encontro entre as chapas, para decidir, ente outras coisas, as definições das campanhas e a previsão orçamentária com a planilha de gastos das chapas.

Por Rafael Gomes