Emoção, adrenalina e sintonia com a natureza, estas são algumas das sensações vividas por quem salta de pára-quedas. Um instrumento que há pouco tempo era utilizado quase que exclusivamente como meio de suprir necessidades de tropas em épocas de guerras, hoje possibilita a prática de um esporte radical com adeptos em boa parte do mundo, inclusive em Aracaju.
Na capital sergipana, o pára-quedismo teve sua estréia em 1973, quando uma equipe de Recife realizou diversos saltos de demonstração. O ocorrido despertou o interesse de alguns aventureiros locais, dentre eles o estudante Marco Antônio Aragão Lobão, que resolveu fazer um curso na própria Recife e não largou mais o esporte. Hoje, com a experiência de quem já saltou quase 1000 vezes, ele é o presidente do único clube da modalidade existente no Estado.
A prática em Aracaju teve vários momentos de instabilidade, no entanto, desde 1995 mantém certa regularidade. Segundo Aragão, aqui é um bom local para saltar por diversos fatores como o clima propício, o vento não muito forte e a pouca chuva. “Além do que as praias têm uma área extensa para o pouso em linha reta”, explica. Aragão ainda revela que, devido à boa iluminação, a orla de Aracaju é a única do país que tem permissão para saltos até a meia noite.
Um campeonato local não acontece desde 2001, quando foi realizado o primeiro e último até então. O motivo exposto pelos praticantes está num problema que atinge a grande maioria dos esportes em Sergipe: a falta de patrocínio. Outra dificuldade é a carência de pilotos com licença para fazer esse tipo de vôo.
Novos adeptos
Aragão ressalta que os cursos de pára-quedismo normalmente têm uma boa procura, apesar de o valor gasto ser uma dificuldade extra, principalmente para quem está iniciando. “Chega a custar o dobro se comparado com quem já tem experiência porque assim que entra o aluno gasta com equipamento e aulas”, justifica.
A engenheira civil Elaine Santana Silva, 27 anos, conta que sempre quis experimentar, mas começou mesmo a praticar pára-quedismo em 2001 por causa de um ex-namorado. “Ele viu um anúncio e me deu um curso de presente”, conta a jovem que se diz apaixonada por adrenalina. Questionada se relutou na hora de saltar, diz que “quando uma pessoa deseja muito uma coisa não tem medo, mas, sim, vontade”.
Esporte Seguro
O pára-quedismo é um esporte muito rigoroso nas normas, tanto que é considerado um dos mais seguros dentre os denominados “esportes radicais”. Antes de se comprometerem a dar aulas a algum interessado, os cursos exigem exames para que sejam comprovadas condições básicas de saúde. Pessoas com enfermidades relacionadas ao coração, por exemplo, devem evitar a modalidade.
ASL e AFF
As escolas de pára-quedismo devem seguir regras mundialmente estabelecidas pela Federação Aeronáutica Internacional, através de seu Comitê Internacional de Pára-quedismo. Dessa forma, existem dois métodos de aprendizado, o Accelerated Static Line (ASL) e o Accelerated Free Fall (AFF).
O ASL é um curso para iniciantes que, justamente por atingir adeptos sem experiência, tem uma preocupação extra com a segurança dos alunos. Nele são dados os conhecimentos teóricos e práticos básicos. Os primeiros saltos são com uma fita presa ao avião que, quando estica dá início ao processo de acionamento do pára-quedas. Já o AFF é mais avançado, cabendo ao aluno desde o primeiro salto a responsabilidade pelo acionamento.
Por Hádam Torres
Para mais informações, acesse:
Confederação Brasileira de Paraquedismo
Aragão, Equipe Boa Luz: (79)9992-8942
Foto: Federação Baiana de Pára-quedismo
2 comentários:
Matéria bem interessante, pena que não dá muita informação sobre o grupo sergipano. Mas como tem o telefone do Aragão, facilita saber como fazer o curso.
Olá,
Acesse este site www.paraquedismo-brasil.com , poderá ver onde tem locais para saltar e onde tem cursos de paraquedismo, poderá ver toda a história, modalidades, equipamentos necessários e etc..
Abraços
Paraquedismo-Brasil
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