29 janeiro, 2007

Futebol Americano em versão brasileira ganha adeptos em Aracaju
















A bola é chutada. Ambos os times correm em direção a ela. O receptor do time vermelho agarra a bola e dispara em alta velocidade em direção ao lado adversário. Em seguida, dribla dois jogadores do time azul, mas é interrompido em sua corrida por um terceiro que o derruba pela cintura em direção ao chão. As areias da praia de Atalaia amortecem a queda de ambos. Os jogadores se levantam e apertam as mãos em um cumprimento de respeito. O time vermelho comemora, pois conseguiu avançar 40 jardas. Depois mais 20 para, então, marcar o ponto da vitória.

Para os que não compreenderam esta narração, trata-se de uma jogada típica do Futebol Americano. O objetivo do jogo é avançar a bola em direção ao final do campo adversário, o que acarretará em pontos. No final do jogo, a equipe que somar mais pontos é consagrada campeã. A partida é composta por uma série de jogadas curtas que são interrompidas quando o jogador que estiver com a posse da bola for derrubado. Aliás, apenas o jogador que estiver com a bola pode ser empurrado em direção ao chão. E a única parte do corpo permitida de ser agarrada pelos adversários é o tronco. A jogada continua a partir do ponto da queda no campo, cujo tamanho é calculado por meio de jardas, onde uma jarda equivale a 92 centímetros.

Futebol Americano na praia

No Brasil, a prática efetiva do Futebol Americano teve início nas praias do Rio de Janeiro. Contudo, a falta de acessibilidade aos equipamentos tradicionais e a ausência de espaços apropriados à prática do esporte, fizeram com que houvesse modificações na estrutura da modalidade no país. Assim, o Futebol Americano foi adaptado e deu origem ao Futebol Americano de Praia, ou Beach Football. Nesta nova modalidade, a areia amortece boa parte dos impactos, dispensando a presença da maioria dos equipamentos utilizados na prática original do esporte. O único equipamento recomendado para o Beach Football é o protetor bucal, que evita possíveis lesões na boca em decorrência das quedas.

Em Aracaju, o esporte começou a ser praticado no ano passado quando um grupo de amigos se reuniu para “brincar” de Futebol Americano em versão brasileira – o Beach Football. Com o tempo, a brincadeira passou a ser um hobby e em menos de um ano o número de jogadores triplicou. Hoje, reúnem-se cerca de 20 jogadores nos encontros semanais na Orla de Atalaia. Inclusive, o time de Futebol Americano de Praia já possui nome: Aracaju Bravos.

Sobre os pré-requisitos para se praticar o esporte, Jeancarlos Mota, um dos criadores do Aracaju Bravos, explica que, normalmente, os times de Futebol Americano exigem dois tipos de atletas: fortes ou rápidos, por causa do estilo de marcação e necessidade de velocidade para conquistar os pontos, chamados de touchdowns. “Porém, vários tipos de pessoas estão tentando praticar conosco, às vezes até sem ter esses atributos, e estão se adaptando bem às regras e ao estilo do jogo. Todos são bem vindos para a prática do esporte”.

O time está em processo de preparação para o Camaçari Bowl, competição que será realizada no litoral baiano, tendo a presença de diversas equipes do Nordeste. “Porém, ainda enfrentamos o velho e bom problema com patrocinadores, uma vez que precisamos de uniformes e passagens para ir até o local onde o torneio será realizado” aborda Mota sobre as dificuldades do time.
As reuniões do Aracaju Bravos são realizadas às quintas feiras, na praia de Atalaia, próximo às quadras de basquete da orla turística. Após o mês de janeiro, as reuniões serão transferidas para os domingos, na praia que fica em frente ao Petroclube de Aracaju, no final da Passarela do Caranguejo da Orla de Atalaia.

Por Octávio Ferreira

otaviorx@hotmail.com

Telefones para contato:
Jeancarlos Mota (organizador) - 8102-4234 / E-mail: omega_sephirot@hotmail.com
Madson Rodrigo Silva Bezerra (co-organizador) – 9992-8210

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