24 dezembro, 2007

Espírito natalino embala campanhas solidárias

Natal vem chegando e as campanhas solidárias em Sergipe estão nos preparativos finais para dar vida ao “Bom Velhinho”. No itinerário dele, estarão bairros de periferia da capital e do interior, com crianças aguardando ansiosas por um presente. A época, além de aquecer as vendas de fim de ano, também é de esperança para cada uma dessas crianças.

Em Neópolis, no interior do estado, todos os anos a Escola Estadual Sagrada Família faz doações de roupas e alimentos para crianças carentes. “É um trabalho importante e me orgulho muito de fazer parte”. Disse a professora Gilene Sales dos Santos, uma das participantes da campanha. As doações começam na própria escola, nos últimos dias letivos.

O espírito natalino contagia a todos. Na capital, Aracaju, uma das campanhas de maior sucesso é a chamada “Papai Noel dos Correios”. O projeto surgiu há 13 anos em todas as diretorias regionais da Empresa de Correios e Telegráfos (ECT). A proposta é responder a todas as cartas endereçadas ao “Papai Noel”, disponibilizando-as para quem desejar adotar uma delas. As histórias contadas pelas crianças são variadas e criativas.

Quase 3 mil cartas chegaram aos Correios de Sergipe até o último dia da campanha, 21 de dezembro. Mais de 1.500 presentes, incluindo televisores e bicicletas haviam sido entregues à empresa. A funcionária pública Ana Carla foi uma das centenas de pessoas que contribuíram. “A história que mais me comoveu foi a de uma menina chamada Mayara. Ela tinha 11 anos e nunca teve uma boneca”, disse ela ao entregar na agência central o presente da menina Mayara.

Pelo menos 15 funcionários dos Correios trabalham como voluntários na central da empresa, em Aracaju. Rita de Cássia Lima e Aline Santos saem do expediente direto para a recepção da secretaria, embrulhar os presentes que chegam. Alguns desses voluntários começaram a trabalhar há três meses.

O Assessor de Comunicação da empresa, Agnaldo Batista, diz que o projeto é importante porque estimula nas pessoas a solidariedade. “A importância também está no fato de que as crianças exercitam a escrita, ao fazer suas próprias cartas”, afirma Aguinaldo.

Pena que o garoto Iury, de 10 anos, não pôde fazer a sua, pois ainda não sabe ler nem escrever. A caligrafia perfeita e sem erros ortográficos era de sua mãe. Como muitas outras crianças, o seu presente de Natal era uma bicicleta. Seu pedido é apenas um entre as centenas de cartas não adotadas. O Papai Noel terá até o dia 25 de dezembro para realizar esse sonho.

Por Getúlio Cajé

Um comentário:

Raquel Brabec disse...

Bom texto!

continue assim Gê

abraços!