19 janeiro, 2007

Semana de Atualização em Ensino de Biologia busca preparar alunos e professores


Os Departamentos de Biologia (DBI) e de Educação (DED) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) estarão promovendo, entre os dias 22 e 26 de janeiro, a “I Semana de Atualização em Ensino de Biologia”. O evento visa à troca de informações e o aperfeiçoamento de graduandos e professores nas práticas de ensino. Diversos cursos serão ministrados ao longo da semana, com direito à entrega de certificados para aqueles que tiverem 70% de presença nos cursos escolhidos.

A organização do evento faz parte do programa de estágio curricular dos alunos de Licenciatura em Ciências Biológicas, que ministrarão os cursos com debates referentes ao ensino de diversas vertentes da Biologia. Cada curso será coordenado por um professor especialista no tema abordado. Esta prática almeja expor, discutir e aprimorar os conhecimentos acadêmicos junto aos diversos profissionais de ensino.

“Tal iniciativa visa consolidar a formação profissional dos alunos. É a oportunidade de atualização de conteúdos didáticos do Ensino Médio junto aos professores, em especial os da rede pública, propondo e debatendo diversas perspectivas de ensino” expõe a Profª. Drª. Maria Inêz Oliveira Araújo (DED), coordenadora geral do evento.

A abertura do evento será as 9:00h do dia 22 com a palestra “Fundamentações teórico-metodológicas para o ensino de ciências e biologia”, que será ministrado pelo Prof. Msc. Marlécio Maknamara Cunha (DBI). Os cursos terão horários diversificados, podendo atender a todos os interessados. As inscrições serão realizadas na Sala Verde do DED até o primeiro dia do evento. A taxa de inscrição é de R$ 5,00.

Por Octávio Ferreira
otaviorx@yahoo.com.br


Para maiores informações:

Site da I Semana de Atualização em Ensino de Biologia



Telefones:

Sala Verde do DED – 2105-6806

Departamento de Biologia – 2105-6663

18 janeiro, 2007

Curso de Ciência da Atividade Física e do Esporte busca melhorar a capacitação dos profissionais da área


O último vestibular da Universidade Federal Sergipe (UFS), realizado recentemente, apresentou diversas novidades. Dentre tantas, como, por exemplo, mais vagas e novos campus, é bem provável que a mais “festejada” pelos estudantes tenha sido a oferta de novos cursos – alguns até então inexistentes no Estado. É nesse contexto que se enquadra o curso de Ciência da Atividade Física e do Esporte.

O curso foi inserido no manual do estudante, que os vestibulandos recebem no momento em que se inscrevem no vestibular, com o nome de Educação Física – Habilitação em Ciência da Atividade Física e do Esporte, Bacharelado. Já que a Licenciatura continua sendo ofertada, surge a dúvida: é um novo curso ou o antigo foi dividido?

Respondendo à questão, o chefe do Departamento de Educação Física (DEF), professor Pedro Jorge Morais Menezes, diz que “esse é um novo curso”. Diferente da licenciatura, “será voltado para a formação de um profissional que atenderá ao mercado não-escolar”, explicou o chefe do DEF. Ou seja, o graduado em Ciência da Atividade Física e do Esporte atingirá todo o mercado de trabalho da área, com exceção das escolas – função da licenciatura. Assim, academias, hospitais, clubes, condomínios e clínicas passam a ter um profissional direcionado.

Segundo Menezes, o Ministério da Educação (MEC) exigiu essa “melhor distribuição dos conteúdos curriculares” para bem atender à exigência da sociedade. Para o professor, isso foi importante já que há uma preocupação de estarem inserindo no mercado “profissionais com currículos defasados, sem competência de atuar tanto em uma quanto em outra área”, acrescentou o acadêmico.

Como essa divisão de mercado não existia anteriormente, cabia ao profissional formado no curso de Educação Física Licenciatura a competência de atuar em ambas as áreas. Dessa forma, o DEF está num processo de transição. Alunos que ingressaram no curso até o vestibular de 2006 continuam com a grade curricular antiga. Isso significa que suas graduações lhes darão condições de atuar nos campos de abrangência da Licenciatura e do Bacharelado.

2006 e 2007: vagas e concorrências

No Processo Seletivo Seriado 2007, foram disponibilizadas 100 vagas para o curso de Educação Física como um todo. Em relação a 2006, ano em que 80 vagas foram divididas igualmente entre primeiro e segundo semestre, houve um aumento de 25%.

A divisão no último PSS foi feita de maneira que cada Habilitação ficou com metade das vagas. No entanto, Educação Física – Habilitação em Ciência da Atividade Física e do Esporte Bacharelado, iniciará suas aulas no primeiro semestre, enquanto os aprovados em Educação Física Licenciatura começarão a estudar apenas no segundo.

A concorrência no vestibular de 2006 ficou em 14.59 alunos por vaga, uma vez que 1167 candidatos concorreram a 80 vagas. Já este ano a procura diminuiu – possivelmente devido à oferta de novos cursos na área de Ciências Biológicas e da Saúde. Educação Física Bacharelado teve 250 inscritos (cinco candidatos para cada vaga) e Educação Física Licenciatura 439 (8,78 por vaga).


Por Hádam Lima

Para maiores informação sobre a atividade de Educação Física no Brasil, acesse:

Conselho Federal de Educação Física - CONFEF

17 janeiro, 2007

Eleições para Conselhos Tutelares de Aracaju abre debates


Garantir a defesa dos direitos infanto-juvenis em todos os aspectos, sejam eles ligados à educação, saúde, segurança ou alimentação, dentre outros. Este é o princípio básico do CDMCA – Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente – e dos Conselhos Tutelares. Em Aracaju, eles são os responsáveis por fazer cumprir as leis que compõem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). E no próximo dia 30 de março, os cinco conselhos tutelares da capital passarão por eleições.

Processo Eleitoral


Para cada Conselho Tutelar (CT) são eleitos cinco conselheiros e cinco suplentes. Os candidatos precisam ter experiência reconhecida na área de defesa dos direitos ou atendimento à criança e adolescente. É importante que o conselheiro tenha experiência de, no mínimo, dois anos, já que “ele decide a vida de uma criança ou adolescente através de ações que interferem em decisões judiciais, vez que servem de provas para desencadear processos nas varas criminais”, ressaltou Glícia Salmeron, presidente do CDMCA, conselho responsável pela realização das eleições e de fiscalização do serviço desenvolvido nos CT’s.

Além disso, exige-se do candidato a escolaridade mínima de nível médio completo. Para Jaqueline Cerqueira, conselheira do 3º Distrito de Aracaju, “essa função requer muito conhecimento que não é oferecido pelo 2º grau”. Formada em Serviço Social, Cerqueira afirma que ter o nível superior facilitou o seu trabalho. Em seu Distrito, todos os conselheiros são formados e em distintas áreas, o que para ela “deveria ser uma exigência para a ocupação do cargo”. Glícia Salmeron defende que isso poderia variar de acordo com a realidade de cada município.

A conselheira Jaqueline Cerqueira, candidata à reeleição, denuncia que muitos candidatos se aliarão a políticos e a líderes comunitários para alcançar votos. “No dia da eleição, as pessoas são levadas para votar por estes líderes sem nem mesmo conhecer o candidato”, afirmou Cerqueira. Por sua vez, Glícia Salmeron classifica a politização das eleições dos Conselhos “como o maior entrave para o bom funcionamento dos Conselhos”, pois o candidato eleito “acaba se comprometendo com o adulto e esquece de zelar pelo público infanto-juvenil”, lamenta a presidente do Conselho Municipal. Para corrigir esse problema, ela propõe a realização de concursos públicos para a seleção dos conselheiros.

As inscrições para concorrer ao cargo se encerraram no ultimo dia 10 de janeiro. Os candidatos passarão agora por uma prova escrita com questões sobre Língua Portuguesa, sobre o ECA e sobre a Constituição Federal. Os aprovados (aqueles que obtiverem nota igual ou superior a seis) poderão então iniciar a propaganda política. Segundo Glícia Salmeron, embora os conselhos tenham avançado bastante desde sua criação há nove anos, o processo eleitoral para os CT’s não é melhor divulgado devido à falta de estrutura.

Essa afirmação é confirmada pelos dados recolhidos por uma pesquisa feita pela Rede Andi (Rede de Agências de Notícias dos Direitos da Infância) e divulgada em dezembro passado. Segundo a pesquisa, os conselhos tutelares de Sergipe não têm infra-estrutura e visibilidade satisfatórias. Embora estejam presentes nos 75 municípios sergipanos, muitos deles não têm nem mesmo sede própria ou telefone, o que acaba impossibilitando o exercício de seu papel legítimo de proteção à infância e à adolescência.

“Trabalho gratificante e frustrante”

O conselheiro tutelar não tem direito a 13º salário, não tem carteira assinada, não recebe vale-transporte e ainda convive com ameaças de morte. “Não temos segurança! Já solicitamos um guarda municipal”, ressalta Jaqueline Cerqueira. Mesmo assim, a conselheira afirma que “é um trabalho gratificante por se tratar de uma problemática de difícil solução no Brasil”. Contudo, ela lembra que ele é também um trabalho frustrante visto que, para se obter resultados mais significativos, seria necessária a integração de outras ações que estruturassem a família onde ocorreu o problema, proporcionando-lhe uma situação mais digna, de modo a evitar reincidências.

Conselhos Tutelares em Aracaju

Criados em Aracaju no ano de 1998, os CT’s são órgãos permanentes, autônomos e não-jurisdicionais. Estão vinculados administrativamente à Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania. E suas atribuições estão estabelecidas no artigo 136 do ECA.

Os cinco conselhos na capital abrangem todos os bairros. 1º Distrito para os bairros Inácio Barbosa, São Conrado, Coroa do Meio, Aeroporto, Farolândia, Atalaia, Terra Dura; 2º Distrito para Ponto Novo, América, Novo Paraíso, Capucho, Jabotiana e Siqueira Campos; 3º Distrito para Grageru, Salgado Filho, 13 de julho, Pereira Lobo, Suíssa, Cirurgia, Getúlio Vargas, Centro, São José, Luzia; 4º Distrito para Porto Dantas, Santo Amaro, 18 do Forte, Palestina, Cidade Nova; e 5º Distrito para Lamarão, José Conrado de Araújo, Jardim Centenário, Soledade, Santos Dumont, Olaria e Bugio.

Os conselhos protegem os direitos de crianças e adolescentes expostos à agressão, seja ela física ou psicológica e dentro ou não do ambiente familiar. A maior parte das denúncias é feita por telefone, mas elas também são registradas por escolas e hospitais. São casos de abuso e exploração sexual, problemas familiares, maus-tratos, etc.. Quando uma denúncia é feita, o Conselho averigua a veracidade da informação. Em caso positivo, notifica os denunciados para que compareçam ao CT, onde ocorre uma conversa e se estabelece um acordo. Se necessário, o caso é levado para uma instância superior, como o Poder Judiciário, delegacias e o Ministério Público.


Por Valter Lima
Valter_lima_12@hotmail.com

Para mais informações sobre o tema, acesse:

Cidade Criança

Andi - Agência de Notícias dos Direitos da Infância

Sede do CDMCA – Foto: Márcio Dantas

12 janeiro, 2007

Cresce Aeromodelismo em Sergipe


O aeromodelismo, seja como hobby ou modalidade de competição, proporciona aos seus praticantes diversão e uma oportunidade de ampliar seus conhecimentos. Introduzido no estado em meados da década de 1950, a atividade sempre passou por altos e baixos, mesmo após a criação do Clube de Aeromodelismo de Sergipe (CAS), em 1991. Atualmente, a prática começa a ganhar novo fôlego com o aumento no número de seus adeptos.

Pensando no novo público, o diretor técnico do CAS, Irineu Lima, prevê que dentro de poucos meses a atual pista, com 120 metros, localizada na Orla de Atalaia, não será mais capaz de abrigar todos os adeptos. “Ultimamente, nos fins de semana, devido a grande procura para os vôos, a pista tem ficado lotada. Mesmo com as melhorias feitas ao longo dos anos, com novo asfalto e cercamento do local, precisamos de uma área maior que comporte mais pessoas sem que isso inflija às normas de segurança”, comentou Lima.

A estrutura limitada dificulta ainda a realização de campeonatos e torneios internos. A falta de organização e de investimentos prejudicou durante muito tempo a divulgação do esporte no estado. Entretanto, o diretor técnico do CAS acredita que a reestruturação do clube, realizada em 2004, e o incremento dado pela chegada de novas pessoas possibilitarão a realização de mais campeonatos e a divulgação do esporte.

O CAS marcou presença em diversas competições de aeromodelismo no Brasil. Ganhou o terceiro lugar na modalidade “Combate - F2 D” (1991) e o segundo lugar em “Combate NAC” (1993). Hoje, o clube possui 39 associados, número que crescerá com a chegada dos novos adeptos em fase de treinamento para piloto de aeromodelo.

Modelos e Categorias no aeromodelismo

Com a finalidade de simular os controles de uma aeronave de verdade, os modelos atuais utilizam tecnologias cada vez mais avançadas. No aeromodelismo, as categorias são determinadas pela tecnologia da aeronave. Na categoria Vôo Circular Controlado (VCC), o equipamento é ligado ao aeromodelista por meio de cabos, na Rádio Controlado (RC) ele é ligado por rádio de controle remoto e na de Vôo Livre o aeromodelo, depois de lançado, não sofre nenhuma interferência do aeromodelista. A categoria mais praticada é a de Rádio Controlado (RC), cujas aeronaves podem ter motores à combustão interna e motores elétricos. Os modelos mais modernos voam a mais de 200 metros de altitude e chegam a uma velocidade de 400 km/h.

Regras de Segurança

O aeromodelismo, como qualquer outro esporte, possui regras. Estas abrangem desde a construção do modelo até sua utilização em vôo. Além dos conhecimentos sobre segurança de vôo, os praticantes devem possuir registros específicos e estarem vinculados a entidades. As normas de segurança servem para reduzir o número de acidentes e os riscos de danos aos pilotos, ao público e ao patrimônio.

Para saber mais sobre a modalidade e suas normas de segurança, acesse:

Foto: www.bonamassa.com.br

Por Tais Olivia

10 janeiro, 2007

Animação é objeto de pesquisa em grupo de estudos da UFS


Em uma iniciativa inédita na Universidade Federal de Sergipe (UFS), o professor Jean Fábio Borba, docente do Departamento de Artes e Comunicação, desenvolve um grupo de estudos e pesquisa em animação. O objetivo inicial é a reunião de acadêmicos interessados em pesquisar, estudar e debater sobre a animação e suas diversas faces, visando o aprendizado e a preparação de diferentes textos e artigos sobre o assunto.

A idéia da formação do grupo surgiu mediante o interesse pessoal do professor na área. Segundo Jean Borba, havia uma grande expectativa por estudos no campo da animação por parte dos alunos para os quais ele lecionava, em sua grande maioria do curso de Radialismo. Tal fato foi um dos pontos-chave para a formação do grupo, que já conta com 22 inscritos.

Estudar animação em um ambiente com baixo custo, por meio de leitura de textos e artigos e trabalhar com a linguagem da animação são os principais objetivos do grupo. O professor Jean Borba explica que o aluno vinculado ao grupo deve ter um preparo e um grande interesse na área, visto que o material sobre animação é bastante escasso no Brasil e muitos dos trabalhos publicados se encontram em língua estrangeira.

Atualmente, apenas acadêmicos voluntários estão inscritos. O grupo já se encontra em processo de vinculação efetiva junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para a concessão de bolsas de estudo. Entre as iniciativas futuras do grupo estão a preparação de atividades para a área de extensão comunitária e a criação de pequenos trabalhos animados.

A primeira reunião do grupo está marcada para o dia 13 de janeiro, onde serão encaminhados os primeiros textos para estudos. A criação de uma lista de discussão e de um Blog também fazem parte da pauta da reunião. O professor Jean Borba afirma que as atividades do grupo estão abertas para todos os interessados na área.

Por Octávio Ferreira
otaviorx@yahoo.com.br

Para maiores informações, entre em contato com o professor Jean Fábio Borba:
jfborba@yahoo.com.br

08 janeiro, 2007

Campanha “Otimizar é preciso” coloca em pauta o controle dos gastos da UFS


Visando reduzir os diversos gastos e desperdícios dos recursos da instituição, a Universidade Federal de Sergipe iniciou a campanha “Otimizar é Preciso!”. A Coordenação Geral de Planejamento (COGEPLAN), por meio da Coordenação de Controle de Custos (COC), e a Assessoria de Comunicação da UFS (ASCOM) são os órgãos idealizadores do projeto.

Dados comparativos entre os anos de 1998 e 2006 mostram um crescimento significativo na quantidade de vagas oferecidas e no quadro de funcionários e docentes. Paralelamente, houve uma ampliação de sua estrutura física, que hoje abrange mais de 100.000 m² de área construída.

Apesar da ampliação da estrutura física da UFS, o orçamento disponível para o custeio dos gastos da Universidade não acompanhou seu desenvolvimento. Tendo em vista essa questão, foi criada em 2005 a COC, órgão ligado diretamente a COGEPLAN e que tem por principal objetivo reduzir os custos operacionais da instituição. Para tanto, as metas da COC são a implantação de um sistema de monitoramento e controle de custos e a conscientização e sensibilização da comunidade universitária sobre a necessidade de evitar os desperdícios.

Sobre a campanha

Segundo Luiz Marcos de Oliveira Silva, Coordenador da campanha “Otimizar é Preciso!”, cerca de 90% dos recursos da instituição são destinados ao pagamento de pessoal. As verbas restantes são repassadas para o custeio e manutenção da UFS. Por isso, segundo ele, a otimização dos gastos torna-se uma medida necessária e fundamental, sobretudo com a vigente expansão da Universidade. “Precisamos utilizar bem os nossos recursos. É inadmissível que se gaste 2,3 milhões por ano de energia elétrica. Isso é cerca de 12,1% de todo o custeio da instituição”, pondera.

Ainda segundo o coordenador da campanha, os gastos com energia poderiam ser reduzidos com iniciativas simples como evitar o uso abusivo do ar condicionado, apagar as luzes em ambientes não utilizados etc. Outro exemplo dado por Luiz Marcos, é o desperdício excessivo de alimentos no Restaurante Universitário (RESUN). “Até o ano passado, cerca de 2,5 toneladas de alimentos eram desperdiçadas todo mês no restaurante. Hoje, com a implantação do sistema self-service, conseguimos reduzir esse desperdício para algo em torno de 1 tonelada ao mês, o que continua alto”, avalia.

Para a professora Jenny Dantas Barbosa, Coordenadora Geral de Planejamento, a otimização dos diversos recursos tem sido uma preocupação constante de todas as instituições de ensino superior, em especial das federais, esclarece. Ela explica ainda que a UFS foi uma das instituições pioneiras no desenvolvimento de sistemas de gerenciamento de recursos para a otimização dos custos. “Nós deflagramos esta campanha com o objetivo de estimular uma mudança de atitude. As universidades públicas são de todos. Cada professor, servidor e estudante tem que ter a consciência de que otimizar é uma atitude de preservação de recursos, sejam financeiros, pessoais ou ambientais”, salienta a coordenadora.

Iniciativas

Além da campanha “Otimizar é Preciso!”, outras medidas de redução de gastos também estão sendo tomadas, como: a implantação de um sistema de cotas para o uso dos telefones pelos diversos órgãos da instituição, a revisão de contratos de terceirização de trabalho, de serviços postais, a instauração de pregões eletrônicos para aquisição de materiais e o acompanhamento das diversas planilhas de custos.

No âmbito da otimização dos gastos com energia elétrica, houve a análise e negociação de um contrato de desempenho com a ENERGIPE, que culminou com a substituição de 110 aparelhos de ar condicionado no Hospital Universitário. Além disso, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) disponibilizou recursos para a substituição das câmaras frigoríficas do RESUN, cuja aparelhagem já possui cerca de 20 anos de uso.

“Além da apresentação de ações para a otimização dos recursos da UFS, a campanha ‘Otimizar é preciso’ visa sensibilizar a comunidade acadêmica para a variável ambiental” explica Luiz Marcos. Neste sentido, está sendo trabalhada a idéia “otimizar também é preservar”, explica o coordenador da campanha.

Neste âmbito, também estão sendo implantados postos de coleta seletiva de resíduos, que irão beneficiar entidades como a Cooperativa de Catadores de Resíduos Sólidos (CARE), que possui vínculo com a UFS junto à UNITRABALHO, órgão ligado à Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX).

Para maiores informações:

Luiz Marcos de Oliveira Silva – Coordenador de Controle de Custos
E-mail: coc@ufs.br
Fone: 3212-6451

Site da campanha “Otimizar é Preciso!”

Por Octávio Ferreira

Lei Maria da Penha: uma conquista para os direitos das mulheres


Após milhares de casos de agressão contra a mulher terem passado impunemente, o Governo Federal finalmente apresentou uma resposta à sociedade brasileira. No dia 7 de agosto de 2006, o presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou a Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a qual foi batizada de Lei Maria da Penha, em homenagem a uma militante dos direitos das mulheres. Segundo Ivânia Pereira, presidente do Conselho Municipal de Direitos da Mulher e da União Brasileira das Mulheres (UBM), a lei não foi apenas uma conquista para as mulheres, e sim um avanço para a sociedade. “A mulher até então, era uma cidadã de segunda categoria. Mas agora, o agressor será julgado e responderá pelos crimes que cometer”, conta.

Conselho e UBM

O Conselho Municipal de Direitos da Mulher é o organismo controlador de políticas públicas para as mulheres em Aracaju. Ele está vinculado à prefeitura da capital através da Secretaria Municipal de Assistência Social. A cada dois anos um novo Conselho é eleito, do qual qualquer mulher pode se candidatar para fazer parte.

Já a UBM existe desde 1989 e trata-se de uma organização não-governamental. Presente em 21 estados, o objetivo dela é conscientizar as mulheres do papel que elas têm na sociedade, orientando-as a participar da vida social e política. “Nós não queremos ser um movimento de mulheres para mulheres, nós queremos ser um movimento de mulheres para a sociedade”, diz Ivânia Pereira.

A manutenção desses órgãos é feita por doação das próprias conselheiras, contribuintes, parcerias etc.

Disque Denúncia

Na primeira semana de dezembro, o Conselho Municipal de Direitos da Mulher promoveu a campanha “Uma vida sem violência é um direito das mulheres”. A semana teve como objetivo divulgar à comunidade a importância da Lei Maria da Penha, alertar sobre a necessidade de denunciar e divulgar os tipos de serviços oferecidos pelo disque denúncia (180).

É sempre importante lembrar à sociedade que toda ligação feita pelo 180 é anônima e que no momento da denúncia uma viatura policial é mandada ao local a fim de registrar a ocorrência.

Mudanças

A Lei Maria da Penha trouxe algumas modificações que endurece a punição aos agressores de mulheres. Com a nova lei, os agressores não poderão mais ser punidos com penas alternativas, como pagamento de multas ou cestas básicas. A legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto para os agressores, de um para três anos.

A lei trouxe também a possibilidade de prisão em flagrante. E se na hora da denúncia a mulher alegar que corre alto risco à integridade física ou risco de morte, um mandado de prisão preventiva poderá ser expedido imediatamente a seu favor.

Uma pesquisa feita em 2005 pela Fundação Perseu Abramo mostrou que a mulher geralmente só denuncia após mais ou menos a oitava agressão sofrida, que é quando ela não suporta mais. Carlos Rodrigo, escrivão de polícia, diz que as mulheres têm medo de novas agressões. “A gente orienta que a procura da delegacia é a melhor maneira de resolver o problema dela. Pedimos para ela se hospedar na casa de algum familiar até que possa sair alguma medida cautelar”, conclui.

Com as mudanças, a lei busca dar mais segurança às mulheres. A presidente da UBM relata que “a mulher agora tem a certeza de que o direito dela vai valer. Mas antes, ela só tinha a certeza de que ao voltar da delegacia ela iria se submeter a uma violência maior”. Ivânia Pereira conta que a insegurança do que ia acontecer depois sempre foi o maior entrave à tomada de atitude das mulheres.

Violência em números

A Delegacia da Mulher de Aracaju registrou na década de 1990, vinte mil boletins de ocorrência de violência contra a mulher. Carlos Rodrigo afirma que 85% das queixas prestadas são de violência doméstica.

Uma pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos em Exclusão, Direitos Humanos e Cidadania da Universidade Federal de Sergipe (UFS) entre 1998 e 2000, levantou alguns dados reproduzidos abaixo:
  • A maior incidência de denunciantes tem entre 26 e 35 anos;
  • A maioria não trabalha fora de casa, embora haja um índice alto de mulheres assalariadas;
  • 51,2% dos agressores se dizem alcoolizados;
  • 37% não utilizam instrumentos para agredir;
  • 51,4% das mulheres são agredidas pelo esposo ou companheiro;
  • 66,3% são agredidas em casa e 20,7%, em locais públicos;
  • 40,2% sofrem lesão corporal.
Ivânia Pereira chama ainda atenção para o fato de que a violência física é a mais denunciada, apesar de a violência psicológica também existir e de ser bastante presente. Mas esta passa despercebida pela maioria das mulheres.

Por Gracielle Nunes

Para saber mais sobre a militante Maria da Penha, acesse:

Mulheres no Brasil

Maria da Penha

Portal da Violência Contra a Mulher

07 janeiro, 2007

Centro de Valorização da Vida já funciona em Sergipe

Os voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) já atendem os primeiros telefonemas da população sergipana. Em funcionamento desde o dia 11 de dezembro de 2006, o CVV chegou a Aracaju após 44 anos de atuação como programa de prevenção a suicídios. O Centro conta com 57 postos em todo o Brasil, totalizando cerca de 3.000 voluntários.

Por ser um movimento filantrópico, civil e sem fins lucrativos, os postos do CVV são adotados por instituições mantenedoras. Em Sergipe, a fundadora do Posto Samaritano CVV foi a Associação Amigos da Vida de Sergipe (Avise). Segundo Francisco Eustachio, voluntário do CVV e membro da Avise, a motivação de criar um posto em Sergipe partiu da própria missão do Centro: “valorizar a vida, contribuindo para que as pessoas tenham uma vida mais plena e, conseqüentemente, prevenir o suicídio”.

Atualmente, o posto CVV ocupa uma dependência da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, na Escola de Gestão Penitenciária (Egesp). Futuramente, os planos são de conquistar uma sede própria, conforme afirma Eustachio.

Atendimento

Os voluntários do CVV não atuam somente na prevenção de suicídios. “Todas as pessoas que sentem a necessidade de ajuda são tratadas com respeito, compreensão e sem críticas”, ressalta o voluntário do Posto Samaritano. “O CVV não funciona como terapia, mas sim como apoio emocional”, segundo informações do site do Centro na Internet.

Os voluntários do posto foram selecionados após a realização de um curso de capacitação. Por não cumprir o atendimento integral de 24 horas diárias, o Posto do CVV em Sergipe ainda é denominado de Samaritano. São 14 voluntários que trabalham todos os dias, das 14h às 22h, através do telefone 3213-7601.

No entanto, Eustachio salienta a necessidade de aumentar o voluntariado do Centro. “Se possível, já em janeiro de 2007 iniciaremos um outro processo de seleção de voluntários”, completa. Outra forma de atendimento à população é o contato pessoal, que funciona no horário das 14h às 18h, no Posto do CVV.

Suicídio em números

Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por suicídio foi de 4,5 a cada grupo de 100 mil habitantes em 2004, no Brasil, índice considerado baixo pela Organização Mundial de Saúde.

A Região Sul do Brasil foi onde se registrou o maior número de casos. Foram 7.987 pessoas que cometeram suicídio no ano de 2004. O Nordeste apresentou 1.644 casos. A tabela seguinte contém dados referentes ao ano de 2004 sobre a mortalidade por suicídios no estado de Sergipe e em sua capital, Aracaju.


Mortalidade masculina por suicídios

Mortalidade feminina por suicídios

Sergipe

6,1 / 100 mil hab.

2,3 / 100 mil hab.

Aracaju

6,2 / 100 mil hab.

1,9 / 100 mil hab.

Fonte: Ministério da Saúde


Para mais informações:

Posto Samaritano CVV Sergipe

Rua Boquim, 693 – Bairro São José – Aracaju/SE
Telefone: 3213-7601 (diariamente, das 14h às 22h)
E-mail: samaritano_cvv_sergipe@yahoo.com.br

Site do Centro de Valorização da Vida


Por Carlos Eduardo Lordelo

carloslordelo@yahoo.com.br

06 janeiro, 2007

Almodóvar e o universo feminino novamente em foco


O irreverente cineasta espanhol Pedro Almodóvar retorna ao mundo das produções cinematográficas com mais um filme que relata o universo feminino. Após dois anos da estréia de “Má Educação”, seu último filme, Almodóvar volta às telas como diretor e roteirista do envolvente “Volver”.

Sinopse e Temática

O filme conta a história de Raimunda (interpretada por Penélope Cruz), uma jovem mãe trabalhadora que tem uma filha adolescente e um marido desempregado. Este é morto pela filha ao tentar abusá-la sexualmente. Raimunda tem uma irmã mais velha, Sole (interpretada por Lola Dueñas), e ambas acham que a mãe, Irene (Carmem Maura), está morta. Ao longo do filme, desvendam-se os mistérios do passado de Raimunda e de sua mãe tornando a película extremamente interessante.

Entre outros temas interessantes, Volver retrata o abuso infantil, a revelação dos segredos de família e o casamento mantido por aparência. E mesmo com a não-linearidade da trama, o cineasta ainda consegue prender a atenção dos espectadores alternando o drama e a comédia nas cenas exibidas.

“Volver” termina deixando a vontade de ver mais a trama de tão envolvente que ela se torna, fazendo com que o final dê a impressão de que o filme ainda terá mais a apresentar.

Direção e Elenco

Almodóvar consagrou-se como diretor de filmes que retratam o universo feminino por ter em seu currículo direções como “Kika” (1993), “Mulheres à beira de um ataque de nervos”(1988) e “Tudo sobre minha mãe”(1999). Mas em “Volver”, Almodóvar retoma esse universo de uma forma peculiar, conseguindo captar plenamente a alma humana.

Como já era de se esperar de um cineasta como Almodóvar, o elenco é formado por três atrizes, que particularmente deram um show de interpretação. Penélope Cruz (Raimunda), Carmem Maura (Irene) e Sole (Lola Dueñas) incorporaram suas personagens de uma forma muito intensa e realista. As atrizes Penélope Cruz e Carmem Maura já participaram de outros longas-metragens dirigidos por Almodóvar, como “Tudo sobre minha mãe” e “Mulheres à beira de um ataque de nervos”, respectivamente.

Características técnicas

Com melodias incidentais tipicamente hispânicas, a trilha sonora se configura como um dos elementos de destaque do filme. A trilha também traz Penélope Cruz cantando “Volver”, um dos clássicos tangos de Carlos Gardel. Além do roteiro espetacular, o filme mantém a característica marcante de todas as produções “almodovarianas”: a fotografia. As cenas são dotadas de cores fortes, especialmente o vermelho, um tom bastante usado pelo cineasta.

Para mais informações sobre o filme, confira:

http://www.sonyclassics.com/volver/

Por Díjna Torres
hecate_ml@hotmail.com

04 janeiro, 2007

Cintec apóia solicitações de patente na UFS

O Centro de Inovação e Transferência de Tecnologia (Cintec), criado a partir da portaria n° 938, de 1º de novembro de 2005, na Universidade Federal de Sergipe (UFS), dedica-se à ampliação e facilitação do acesso de diversos setores da sociedade às produções acadêmicas. O Cintec também oferece suporte aos pesquisadores da UFS no processo de solicitação de patente.

Procedimentos para a solicitação de patente

Segundo o coordenador do Cintec, Ricardo Santana, o pesquisador que deseja iniciar o processo de solicitação de patente deve procurar o Centro para constatar a viabilidade do pedido. “A partir daí, a gente orienta, fazendo a avaliação na seqüência”, afirma. É necessária uma redação da patente feita pelo pesquisador, a qual auxilia na busca para verificar a existência ou não de similares. Depois desse procedimento, o Cintec envia o pedido para o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e acompanha as devidas exigências.

O Cintec tem dois grandes desafios. O primeiro é a verificação da precedência do pedido, fazendo a busca de patentes em sítios públicos especializados, na Internet, como o INPI, o Japan Patent Office, o European Patent Office, entre outros. “Os temas são muito específicos de cada uma das áreas, o que aumenta o grau de dificuldade, sendo necessário trabalhar junto ao pesquisador”, diz o coordenador. O segundo desafio é a redação da patente, pois ali deve estar especificada a proposta do pedido e conter as reivindicações do que nela será assegurado.

A média do tempo de concessão de uma patente, no Brasil, é de oito anos. O invento patenteado é resguardado pelo período de 20 anos, contando a partir da solicitação. Dessa forma, a descoberta é protegida contra cópia ou venda. Passados os 20 anos, o invento cai em domínio público.

Vantagens para a UFS

A UFS possui alguns projetos de registros, de acordo com Ricardo Santana. Existem planos para registros de marcas, de software e um licenciamento. “É um processo que está começando a acontecer aqui”, expõe. Quando uma empresa pretende utilizar as tecnologias produzidas pela Universidade, a UFS entra em contato com o Cintec confirmando o interesse. A partir daí, são realizados testes em escala industrial. Com resultados positivos, a empresa utiliza a tecnologia e financia pesquisas na Universidade.

Por Grazielle Matos

graziellems@hotmail.com


Para maiores informações, acesse o sítio do Cintec:

http://www.cintec.ufs.br

20 dezembro, 2006

STJ profere decisão favorável à obrigatoriedade do diploma para jornalistas


A discussão em torno da obrigatoriedade ou não do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista continua a gerar polêmicas. Em outubro de 2006, foi a vez de a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manifestar seu apoio à exigência legal do diploma. Essa decisão, entretanto, não regulamenta a prática jornalística.

O assunto foi tratado pela primeira vez em 1979, ainda durante a ditadura militar, quando foi tornada obrigatória a posse do diploma de nível superior em jornalismo para a prática da profissão. Após essa data, a liberação de registros especiais para aqueles que não têm o diploma ficou restrita aos chamados “colaboradores”, pessoas sem vínculo empregatício que, mediante remuneração, produzem trabalhos técnicos, científicos e culturais, de acordo com sua especialização, para veículos de comunicação.

Em 2001, a Justiça Federal do estado de São Paulo cassou essa obrigatoriedade, alegando que seria uma forma de retomar a liberdade de expressão. Mas a determinação foi invalidada pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 2006.

Em meio a tantas divergências, Josenildo Guerra, professor do Departamento de Artes e Comunicação Social (DACS) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), vê a obrigatoriedade do diploma para o curso de Comunicação Social como vantajosa, quando se coloca em questão as técnicas aprendidas no decorrer do curso: “quando não existe essa exigência (do diploma), o trabalho dentro das redações pode se tornar excessivamente político”, diz. Ele explica que os parâmetros profissionais podem cair drasticamente, pois as empresas que não possuem jornalistas por formação geralmente trabalham com a informação voltada para os seus próprios interesses e não para os interesses da comunidade

Por Díjna Torres
hecate_ml@hotmail.com

Para maiores informações, acesse:

Sindicato de Jornalistas do Estado de Sergipe

Federação Nacional dos Jornalistas

18 dezembro, 2006

A luta contra a AIDS em Sergipe

Lançada no Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro), a campanha “A vida é mais forte que a Aids” tem como objetivo principal combater o preconceito e a discriminação sofridos pelos portadores da doença. O coordenador estadual de DST/Aids de Sergipe, Dr. Almir Santana, chama a atenção para o fato desta ser “a primeira campanha a mostrar a face das pessoas com Aids”.

Recentemente, foi divulgado o Boletim Epidemiológico 2006 pelo ministro da Saúde, Agenor Álvares. Os dados mostram que, no Brasil, já foram identificados cerca de 443 mil casos de Aids, de 1980 a junho deste ano. O mesmo boletim registra uma queda acentuada do número de casos de transmissão vertical, quando o vírus passa da mãe para o filho, seja na gestação, no parto ou na amamentação. Neste caso, houve uma redução de 51,5% entre 1996 e 2005.

Atualmente, estima-se que 600 mil brasileiros sejam portadores do HIV ou que já tenham desenvolvido a Aids. No estado de Sergipe, existem 1.486 casos notificados de portadores do vírus, mas a previsão é a de que esse número chegue a oito mil pessoas, segundo Almir Santana. “A pessoa com Aids em Sergipe é, geralmente, pobre, com nível de escolaridade baixo, principalmente do interior do estado, entre a faixa etária de 20 a 40 anos, casado”, completa o coordenador.

Teste

Os testes para a detecção do vírus HIV são gratuitos e realizados de forma anônima nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) da rede pública. Almir Santana afirma que “a população que esteja em situação de risco precisa fazer o exame”. As principais situações de risco são: a relação sexual sem o uso de preservativos e o compartilhamento de seringas e agulhas.

O Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) é o principal ponto de testagem e tratamento dos portadores do vírus HIV no estado de Sergipe. O Setor de Atendimento Especializado (SAE) é o responsável pelos pacientes encaminhados para o tratamento das DST/Aids. Segundo a enfermeira Kátia Valença, o SAE conta com assistente social, enfermeiros, psicólogos, infectologistas, urologista e ginecologista. O atendimento é diário, nos dois turnos.

Tratamento

Caso o resultado dos testes seja positivo, outros exames serão feitos para detectar a carga viral e a quantidade de anticorpos presentes no organismo da pessoa. A partir daí, ela será encaminhada para o Cemar, onde terá acesso aos medicamentos para manter a carga viral baixa.

A Lei de novembro de 1996, promulgada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), declara a obrigatoriedade do acesso gratuito a todos os que necessitarem de medicamentos anti-retrovirais, que atualmente somam 16 drogas. “Os outros (remédios) para combater as infecções oportunistas são de responsabilidade do governo estadual e municipal. São todos doados”, reforça Almir Santana.

O médico afirma, também, que “os medicamentos estão tornando a Aids uma doença crônica. As pessoas podem conviver com a Aids normalmente, tomando seus remédios”. Outro fator importante para a sobrevida é a qualidade da alimentação.

Dificuldades

O grande problema levantado pelo coordenador sergipano é a adesão. “Tem muito paciente que não consegue tomar os remédios certos, às vezes porque não tem passagem (de ônibus) para pegar o medicamento. A própria condição de pobreza dificulta o trabalho”, sentencia.

Com relação à alimentação, uma das principais orientações dadas pelo assistente social do Cemar, George Batista, é o acesso gratuito a cestas básicas – no caso de adultos – e ao leite em pó, no caso das crianças. “A orientação que se dá é quanto ao recebimento dos benefícios das políticas públicas”, completa.

Outra deficiência apontada por Almir Santana é a centralização do tratamento na capital Aracaju. Para ele, “este tratamento precisa ser descentralizado”. Completa dizendo que “a gente não conta com os municípios do interior”.
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Por Carlos Eduardo Lordelo
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Para maiores informações:
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Programa Estadual de DST e Aids de Sergipe - Telefone: (79) 3234-9527

Centro de Testagem e Aconselhamento do Cemar - Telefone: (79) 3234-0928

Disque-Saúde - Telefone: 0800 611 997

15 dezembro, 2006

Plano de Expansão gera polêmica entre os estudantes da UFS


A partir de 26 de março de 2007, início do primeiro período letivo do ano, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) deverá receber mais de 16 mil alunos que começarão ou continuarão seus estudos de graduação na instituição. Parte desses alunos ingressarão nos 19 novos cursos, preenchendo as novas 4.070 vagas oferecidas pela Universidade através do seu Plano de Expansão. O plano, porém, vem criando divergências de opiniões em alguns setores da UFS, principalmente no que diz respeito à reestruturação da grade de horários.

Mudança nos horários


O Plano de Expansão é, em harmonia com a legislação educacional vigente, uma maneira de valorizar e desenvolver o ensino superior brasileiro, como já acontece em outras universidades brasileiras.

De acordo com a documentação oficial, o Plano de Expansão da UFS deve durar 4 anos (2005 – 2008) e deverá cumprir, nesse prazo, 17 objetivos específicos. Entre eles, está subentendida a reforma específica na infra-estrutura.

Sem uma previsão para a ampliação do número de salas de aula e de laboratórios o reitor da UFS, Josué Modesto dos Passos Subrinho, baixou uma portaria, no dia 6 de novembro de 2006, estabelecendo novos horários para os turnos matutino e vespertino de aula, que a partir de 2007 irão das 7h às 13h e das 13h às 19h respectivamente, e não mais das 8h às 12h e das 14h às 18h. Isso para que, em teoria, não faltem salas nos prédios das didáticas e dos departamentos.

A notícia foi recebida com apreensão pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), que na tarde do dia 12 dezembro convocou a força estudantil para discutir o impacto da medida e deliberar sobre o posicionamento a ser adotado pelo DCE. A mudança gerou uma preocupação entre os graduandos sobre, por exemplo, como administrar os horários de estágio e de refeições dos alunos.

O Restaurante Universitário e os novos horários

O diretor do Restaurante Universitário (Resun), Gilson Rosa Dias, diz que já existe uma solução emergencial para um dos problemas. “A administração do Resun, juntamente com a Pró-Reitoria de Graduação e o gabinete do reitor, já está realizando um estudo para a possibilidade de ampliação do refeitório”, conta, relatando que já foi verificada a possibilidade de serem colocados mais 14 lugares no Resun, os quais, em duas horas, serviriam aproximadamente 120 pessoas.

Entretanto, o diretor não vê, no momento, como expandir o período de refeições para que haja uma maior conciliação com os novos horários. “Além do mais, o MEC extinguiu vários concursos importantíssimos, como o de cozinheiro, o que dificulta ainda mais o nosso funcionamento pleno”, ressalta.

Por Luis Fernando Lourenço

O Plano de Expansão está disponível na íntegra em:

http://www.ufs.br/doc_pdf/PlanodeExpansaodaUFS2.pdf

A portaria que determina a mudança de horários está disponível na íntegra em:

http://www.ufs.br/arquivos/11649137200969.pdf

12 dezembro, 2006

Sergipe tem futebol!

As regiões Sul e Sudeste do país desconhecem nosso futebol. Pode parecer exagero, mas é a pura verdade. Há alguns dias, em conversa “on-line” com um velho amigo que reside em Araraquara (SP), levantei a seguinte questão: “Anthony, você saberia me dizer o nome de dois clubes sergipanos?”, após alguns minutos de espera, respondeu: “Rapaz, agora você me pegou”. Em outras palavras (para que não restem dúvidas) ele não soube responder.

Por mais que goste do esporte, essa parcela do público futebolístico não tem a menor curiosidade em se inteirar sobre Futebol Sergipano. E por que isso? Dentre tantas as causas, o fraco desempenho em competições de âmbito nacional é a maior delas. No Campeonato Brasileiro, por exemplo, os clubes sergipanos ano após ano realizam campanhas insignificantes, sendo eliminados bem antes das fases finais (que dão acesso às divisões superiores).

No dia 8 de dezembro foi divulgada a tabela da Copa do Brasil de 2007. Os times que representarão o nosso Estado enfrentarão equipes de destaque no cenário nacional. A Associação Desportiva Confiança e Olímpico Pirambu Futebol Clube enfrentarão Bahia e Corinthians (SP) respectivamente. Eis uma grande chance de “aparecer” para o Brasil.

É comum à Copa do Brasil apresentar algumas surpresas. Nesse torneio, duas situações costumam trazer os holofotes da mídia para clubes pequenos. A primeira é quando um clube inexpressivo elimina um dos “grandes” da primeira divisão. Assim foi com o ASA de Alagoas em 2002 – ano em que eliminou o Palmeiras. A segunda seria quando tal clube chega às finais da competição. Um exemplo ocorreu na final da Copa do Brasil de 2002, quando o Brasiliense disputou contra Corinthians, mas acabou perdendo.

“Corinthians é eliminado por clube desconhecido”. Alguém duvida que essa possa ser a manchete de jornais, numa improvável vitória do Pirambu na Copa do Brasil? O curioso é que o time sergipano daria um primeiro passo (e que passo!) rumo ao conhecimento nacional.

Voltando àquela conversa “on-line”, vale colocar que Anthony, em outro momento, arriscou: “Tem um time com o nome Sergipe não é?”. Chute certeiro. Quem sabe se até o fim da Copa do Brasil ele não consegue completar a resposta.
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Por Hadam Lima
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07 dezembro, 2006

UFS investe em reforma do Colégio de Aplicação

As dependências do Colégio de Aplicação (CODAP), localizado no campus de São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), passa por melhorias. O prédio que foi construído há 14 anos, nunca recebeu uma reforma expressiva, mas agora devido aos recursos obtidos com a política de otimização de gastos da Universidade, as obras puderam ser iniciadas. Os trabalhos começaram em agosto deste ano e já está em fase de conclusão da primeira etapa. Até o momento, foram gastos 120 mil reais na revisão das instalações hidráulicas e elétricas, com destaque para melhorias nos banheiros, paredes e pisos de todos os espaços.

Segundo Marlucy Gama, diretora do CODAP, as melhorias foram uma reivindicação dos professores, estudantes e servidores que cobravam uma reforma significativa na escola. “O espaço físico tinha um efeito negativo no aprendizado do aluno, atentos a isto, nos mobilizamos e procuramos a Reitoria para exibir a situação do colégio”.

“Nós estávamos cansados de ver o prédio inundado toda vez que chovia”, relata o funcionário Luciano Carvalho, que espera por melhores condições de trabalho na instituição.

Para o restante das obras, foi requerido junto à Pro-reitoria de Administração (PROAD) da UFS, uma verba adicional de 49 mil para a reforma geral do auditório, com reparos na central de ar-condicionado e revestimento de cerâmica.

Projeto de preservação das instalações

Antes mesmo da conclusão das obras, a direção já pensa em fazer um trabalho de preservação das instalações do CODAP. Na opinião da diretora, Marlucy Gama, “uma ação coletiva de conscientização que envolva a comunidade e aos alunos é primordial. O espaço adequado é interessante para toda comunidade, não tão somente para nós da instituição”, avalia.

A estudante Beatriz Travália, ressalta a necessidade de manutenção do espaço reformado. Segundo ela, já há uma maior conscientização dos alunos, principalmente do ensino médio, para a preservação do ambiente.

Processo seletivo concorrido

No processo de seleção para a 5ª série para o ano letivo de 2007, o número de inscritos chegou à marca de 1131 para as 60 vagas oferecidas. “A concorrência foi de 18.8, fato que coloca a escola como um atrativo para um ensino público diferenciado e com qualidade”, relatou Marlucy Gama.

O Colégio de Aplicação (CODAP) foi fundado em 1959, como Ginásio de Aplicação (GA) da Diretoria de Ensino Secundário do Ministério da Educação. Em 1967 foi incorporado à Fundação Universidade Federal de Sergipe, tornando-se um órgão suplementar da UFS, vinculado pedagogicamente à Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD). O CODAP atua como um espaço de ensino, estágio, pesquisa e extensão para alunos de Licenciatura e demais curso oferecido pela UFS.

Por Tais dos Santos

05 dezembro, 2006

“Fábrica de Softwares” oferece oportunidade de estágio para alunos da UFS


A Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Banco do Estado de Sergipe (Banese) firmaram uma parceria no dia 22 de novembro para a implantação da “Fábrica de Sofwares”. A Fábrica se destinará ao desenvolvimento de softwares para o Banese e servirá de laboratório para os estudantes do curso de Ciência da Computação e, futuramente, para os de Sistemas de Informação.

“A parceria do Banese com a Universidade surgiu de uma necessidade que tínhamos de mão-de-obra” disse Robson Cerqueira, Superintendente de Tecnologia do banco. Segundo ele, a união com a UFS é a mais viável, pois o aluno já vai para o mercado de trabalho com o conhecimento necessário para trabalhar no setor tecnológico do banco.

Contrapartidas

De acordo com Leila Maciel, professora do Departamento de Ciência da Computação, a UFS contribuirá com a inserção, em sua grade curricular, de uma disciplina optativa voltada para as atividades da "Fábrica de Sofwares". Além disso, a Universidade disponibilizará o espaço físico. O Banese, por sua vez, montou um laboratório com 11 computadores e mantém outro laboratório de informática para uso de todos os alunos do curso de Ciência da Computação.

Sobre o estágio

A "Fábrica de Softwares" foi instalada no Pólo de Gestão, localizado no Campus de São Cristóvão, e receberá, anualmente, 20 alunos. “Os estudantes são selecionados após a disciplina optativa em que se ministra as tecnologias utilizadas na Fábrica”, depois disso, “eles passam por uma seleção curricular e pela avaliação do coordenador pedagógico do projeto”, explicou Leila Maciel.

No momento, o projeto conta com 10 alunos do curso de Ciência da Computação que já estão desenvolvendo suas atividades em um único turno. Futuramente, quando os alunos do curso de Sistemas de Informação do Campus de Itabaiana integralizarem os créditos necessários para realizar esse estágio, as vagas poderão ser ampliadas.

Por Grazielle Matos

29 novembro, 2006

Parceria entre UFS e RARO’S realiza testes com óleo de manjericão


A Universidade Federal de Sergipe (UFS), através do professor Arie Blank do departamento de Engenharia Agronômica, desenvolve uma pesquisa baseada no uso do óleo de manjericão para o uso em cosméticos. Para desenvolver os testes, a Universidade estabeleceu uma parceria com a empresa Raro's Agroindústria de Produtos Aromáticos S.A. para implantar ensaios com manjericão em escala comercial.

A pesquisa

Segundo o professor Arie Blank, a Universidade recebeu sementes de diferentes tipos de manjericão (Ocimum basilicum) dos Estados Unidos da América. “Iniciamos o plantio na Fazenda Experimental "Campus Rural da UFS". A partir deste momento fizemos a caracterização agronômica e química destes materiais”, informou o professor.
A seguir, implantou-se o programa de melhoramento genético de manjericão da UFS. Blank explica que, após quatro ciclos de autofecundação e seleção, conseguiu aumentar o teor de óleo essencial. “Este óleo pode ser usado na fabricação de sabonetes, cremes, etc., além de poder ser usado em formulações de perfumes”, acrescentou.

Utilidades

Além de desenvolver um bom produto para a indústria de cosméticos, Arie Blank afirma que o óleo de manjericão também já demonstrou possuir características medicinais. Na UFS, “o Prof. Angelo Roberto Antoniolli orientou uma dissertação de mestrado, onde foi comprovado o efeito medicinal deste óleo”, concluiu Blank.

Por Adrine Cabral

15 novembro, 2006

Sucessão de erros e mal-entendidos culmina com a prisão de estudantes e advogados

Uma sucessão de erros e mal-entendidos – que sem muito esforço montariam um cenário tragicamente cômico – caracterizou o desfecho da última manifestação do Movimento Passe Livre (MPL), no dia 26/10. O evento, que até então se desenrolara pacificamente, culminou com a prisão de três militantes, dois advogados e o afastamento de um policial militar.

Toda a confusão começou por volta das 18h, no terminal de ônibus do centro de Aracaju, último ponto de protesto do MPL. O estudante Eduardo estava dentro de um ônibus voltando para casa quando um grupo de policiais militares (PMs), comandado pelo segundo tenente José André Lima, o revistou e o algemou imediatamente. Encontraram um tubo de ‘spray’ em sua mochila e alegaram que ele fora utilizado para pichar uma guarita durante a manifestação.

Pronto. Depois disso, nenhuma outra informação é tão certa ou tão clara.

Outros militantes, empáticos à condição do colega, tentaram ajudar enquanto os policiais mantinham posição resoluta. Nesse ínterim, foram acionados os advogados Thiago José de Carvalho Oliveira e José Umberto de Góes Júnior, que em pouco tempo chegaram ao local. Ambos praticam advocacia popular, e costumam defender movimentos sociais.

Oliveira conta que assim que chegou buscou o comandante da operação para saber a razão do aprisionamento. Explicou-o que nenhum cidadão pode ser preso sem conhecimento do motivo. Mas, segundo o advogado, o tenente retrucou: “eu prendo porque eu quero, e prendo você se quiser”. Dito e feito. Porém, conforme os PMs, eles tiveram que agir assim porque foram desacatados, não o contrário.

Do outro lado, os estudantes protestam terem sofrido agressões sem justificativa, como Danilo de Santana Bezerra, enforcado por um policial. Os PMs, por sua vez, afirmam que o ato foi de legítima defesa.

Para o delegado da Polícia Civil, Mário Leoni, na verdade houve falta de equilíbrio na condução, ou até falta de disposição na negociação pelas duas partes.

No final das contas, todos os envolvidos foram levados à Delegacia Plantonista: Danilo, Eduardo, Thiago; e ainda Antonio Vinícius Oliveira Gonçalves, que tentou interceder na prisão de Danilo, e Umberto, que quando tentava cobrir seu colega de trabalho foi empurrado por um policial e caiu no chão – mas ele não recebeu voz de prisão. Alexandre Maciel, outro advogado convocado para auxiliar os presos, também foi detido. Para resumir: formou-se uma confusão geral.

A cena acabou com a chegada da cúpula da Ordem dos Advogados de Sergipe (OAB/SE) à delegacia, composta pelo presidente em exercício, Thenisson Santana Dória, presidente licenciado, Henry Clay, e uma comitiva de conselheiros, que exigiu a imediata soltura de todos os envolvidos por falta de provas.

Conseqüências

Depois da intervenção dos membros da OAB, os dois advogados presos fizeram um boletim de ocorrência (BO) sobre o comportamento dos PMs, que julgaram arbitrário, e pretendem entrar com uma ação por danos morais.

Já a própria OAB entrou com uma representação junto ao Ministério Público para que este movesse uma ação contra os policiais por abuso de poder sobre os advogados, pois eles não podem ser presos em pleno exercício de sua função. A não ser com a presença de um integrante da Ordem.

O segundo tenente, José André Lima, foi afastado de sua função, e o estudante Eduardo terá de responder a processo por crime contra o patrimônio público. Os outros estudantes nem foram fichados por falta de provas.

Flagrante

Toda a confusão teve início quando os PMs encontraram um tubo de pichação dentro da mochila de Eduardo. Para o advogado Thiago Oliveira, a detenção do estudante por esse motivo constituiu um ato inconstitucional, já que para ser preso o indivíduo precisa ser pego no ato. Porém, não é bem isso que dita o Código de Processo Penal. Esta é a transcrição do artigo 302: “Considera-se em flagrante delito quem: I- está cometendo a infração penal; II- acaba de cometê-la; III- É perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; e IV- é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor infração”.

De acordo com a professora Andréa Depieri do Departamento de Direito da Universidade Federal de Sergipe (UFS), a lei dá margem a várias interpretações.


Movimento Passe Livre

O MPL é um movimento social e surgiu no dia 26/10 de 2001 no Fórum Social Mundial, depois de anos de discussão a seu respeito. Ele visa uma mudança lenta e criteriosa do sistema de transportes. Essa mudança deve se dar por etapas – a primeira delas o passe livre para todos os estudantes – até que se chegue ao controle operário do sistema.

O Movimento está espalhado por 26 cidades brasileiras, nem todas capitais, e todos os grupos devem obedecer aos mesmos princípios: horizontalidade (não existe hierarquia entre os membros e por isso todos são iguais); apartidarismo; autonomia e independência.
Em Aracaju, o movimento ainda busca ganhar notoriedade social, e assim aumentar o número de integrantes.
O dia 26/10 é o Dia Nacional do Passe Livre.

Por João Eduardo Serpa

Para maiores informações sobre o Movimento Passe Livre em Aracuju, acesse o Blog:

http://mplaracaju.fotopic.net/

Porto Alegre sedia primeira Conferência Brasileira de Jornalismo


Aconteceu em Porto Alegre, nos dias 3, 4 e 5 de novembro, o primeiro Journalism Brazil Conference (Conferência Brasileira de Jornalismo), realizada pela Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) em parceria com o Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Associação Européia de Educação e Pesquisa em Comunicação (ECREA). O congresso atraiu pesquisadores na área de jornalismo de todo o mundo. Segundo o presidente da SBPJor, Elias Machado, havia pelo menos um representante de cada um dos cinco continentes.

Pensando o Jornalismo através das fronteiras nacionais

A conferência internacional teve como tema central “Pensar o jornalismo através das fronteiras nacionais”. Alguns dos maiores pesquisadores em jornalismo do mundo discutiram sobre suas pesquisas e teorias, levados por novos desafios e perspectivas emergentes. Durante o congresso, traçaram-se novos caminhos para a pesquisa nesta área, que deve ser, de acordo com os participantes, tão globalizada como o mundo atual.

O encontro também proporcionou a criação de novas idéias e oportunidades para os pesquisadores no tocante à intercomunicação através da Internet. “Precisamos obter mais informações, principalmente, sobre como publicar em revistas internacionais. As pesquisas, de um modo geral, devem seguir um caminho de comparação mundial”, salienta Barbie Zelizer, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Além dos grupos de trabalho, houve quatro mesas de discussões, das quais participaram pesquisadores renomados como Daniel Hallin, Frank Esser, José Marques de Melo e Luiz Gonzaga Motta. Dentre os assuntos de maior divergência de opiniões, destacaram-se o modelo liberal de jornalismo, o nível mundial de profissionalização e o espaço jornalístico do futuro. “Vou-me muito satisfeita de volta ao meu país, porque encontrei uma comunidade internacional séria que compartilha interesses de investigação e propõe trabalhos em conjunto”, defende Maria Helena Hernández Ramírez, da Universidade de Guadalajara, no México.

UFS marca presença na I Conferência Brasileira de Jornalismo


Os professores da Universidade Federal de Sergipe, Carlos Eduardo Franciscato e Josenildo Luiz Guerra participaram do Journalism Brazil Conference com o artigo escrito em co-autoria “Contribuições da pesquisa qualitativa para a reportagem jornalística”. No artigo, os autores falam sobre os desafios no intercâmbio entre jornalismo e ciência, a crise no conceito de objetividade e de como preservar e cruzar, de forma eficiente, as fronteiras que separam os jornalistas e suas fontes de notícias.

Por Luis Fernando Lourenço

Foto: Marcelo Allgayer

Para maiores informações sobre o Journalism Brazil Conference, acesse:

http://bcjnews.blogspot.com

Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo realiza encontro


A Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) promoveu nos dias 5, 6 e 7 de novembro, em Porto Alegre, o IV Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo. O evento, uma realização do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), contou com a presença de pesquisadores, professores, profissionais e estudantes de todo o Brasil.

O tema principal foi “a pesquisa em jornalismo e o interesse público”. Para Elias Machado, presidente da SBPJor, a temática procurou uma aproximação entre o que é produzido pela pesquisa acadêmica e pela imprensa. Desta forma, os 113 trabalhos selecionados – sete comunicações coordenadas, compostas de 33 textos e 80 comunicações individuais – destacaram a importância do aprimoramento da formação dos profissionais e da produção das empresas e veículos de comunicação.

Redes de pesquisas

Os debates realizados durante o congresso expuseram a problemática da falta de articulação e interação entre os pesquisadores em jornalismo. Atenta a essa questão, a SBPJor busca proporcionar a criação de redes de pesquisas em todo o país. “O objetivo principal é a troca de informações entre os pesquisadores a fim de que as pesquisas tenham uma continuidade e ofereçam soluções”, salientou Marconi Oliveira da Silva, professor da Universidade Federal de Pernambuco.

UFS sediará o próximo encontro da SBPJor

No segundo dia de atividades, ocorreu a Assembléia Geral Ordinária da SBPJor. Nela, ficou decidido que a Universidade Federal de Sergipe (UFS) sediará o V Encontro. A instituição sergipana foi escolhida por unanimidade, pois preencheu os critérios exigidos pela diretoria, como a apresentação de um projeto inicial.

Segundo Carlos Eduardo Franciscato, professor da UFS, a instituição pretende com o encontro fortalecer e articular as redes de pesquisas no Nordeste. “Nós esperamos com um evento deste nível, o amadurecimento dos grupos de pesquisas, como também um estímulo aos grupos de Pós-Graduação que são tão poucos na região”, comentou Franciscato.

Por Tais dos Santos

Foto: Leandro de Oliveira

Para maiores informações sobre o congresso da SBPJor, acesse:

http://www.sbpjor.ufsc.br/ivsbpjor/


“Canta Maria” leva às telas obra da literatura sergipana



A literatura sergipana nunca foi tão aclamada pelo cinema brasileiro. Baseado no romance “Os Desvalidos”, do sergipano Francisco Dantas, o longa-metragem “Canta Maria” é uma superprodução nacional por diversos fatores. Cenário, contexto sócio-histórico, temática e elenco são os elementos através dos quais o diretor Francisco Ramalho Jr. direcionou seu trabalho à espera do sucesso.

Cenário e Contexto

A seca e a escassez de recursos naturais, aspectos típicos do sertão nordestino brasileiro, formam o pano de fundo da trama, que reincorpora e contextualiza a luta do cangaço nos anos 30 – época em que o Nordeste estava dividido entre os que apoiavam e os que eram contra as tropas de Lampião.

Temática/Sinopse

Maria (Vanessa Giácomo) testemunha a morte de seus pais, assassinados por acobertarem Lampião (José Wilker) e sua tropa. Coriolano (Edward Boggis) presencia o ataque e salva Maria, levando-a ao sítio onde ele mora com o tio, Filipe (Marco Ricca).

Mesmo contra a vontade de seus tios, Maria casa-se com Filipe e inicia a trama principal do filme. Coriolano guarda um amor reprimido pela protagonista. Os tios de Maria são assassinados pelas tropas de Lampião por terem delatado, no início da estória, a presença dos cangaceiros na casa do pai dela.

Filipe tem seus pastos destruídos por acobertar a filha do protetor de Lampião. Assim, precisa partir como caixeiro viajante para sustentar sua casa. Ao passar uma temporada a sós com Maria, o sentimento de Coriolano por ela aumenta.

A trama atinge seu ápice com o retorno de Filipe, que escuta comentários maldosos sobre o que Maria e Coriolano teriam feito durante sua ausência e decide afastá-los de sua vida. Filipe chega ao ponto de incendiar sua própria casa por considerar que ela serviu de palco para a traição.

Num final surpreendente, quebrando a rotina dos filmes nacionais de finais tristes, os três se reencontram em busca da resolução do conflito e cada um encontra sua forma de felicidade.

Elenco

A produção do filme apostou na junção de artistas iniciantes e veteranos do cinema nacional. Vanessa Giácomo e Edward Boggis fazem a dupla de jovens artistas que estréiam no cinema com o “Canta Maria”, no entanto, já atuavam em novelas da rede nacional de televisão. Vanessa, que inclusive foi muito elogiada pelo diretor Ramalho, promete ser a grande revelação deste ano no cinema.

Marcos Ricca e José Wilker representam a equipe de artistas já reconhecidos em longas-metragens. O primeiro teve em “O invasor” sua melhor interpretação, segundo críticas. Já o segundo tem um extenso currículo artístico. Como ator, Wilker destacou-se em “Os Inconfidentes”, “Dona Flor e seus dois maridos”, “Guerra de Canudos” e outros. Como diretor, vale destacar seu trabalho em “Louco Amor”.

Por Adrine Cabral

Para assistir ao trailer e obter maiores informações sobre o filme, acesse:

http://www.cantamariaofilme.com.br/

01 novembro, 2006

UFS realiza XXII Encontro Nacional de Coros de Sergipe

Corais de Sergipe, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará confirmaram presença. Para participar, basta levar ao Teatro 1 kg de alimento não perecível. O montante arrecadado será doado às entidades filantrópicas sergipanas Sociedade Filantrópica Maria de Nazaré e Lar Cristo Redentor.

Programação paralela

Nos dias 3 e 4 de novembro, o encontro realizará apresentações paralelas, às 11h, nas unidades do SESC no Centro e nos bairros Siqueira Campos e Atalaia. No dia 4, serão realizadas apresentações nos Mercados Antônio Franco e Thales Ferraz, no mesmo horário.

A programação paralela surgiu de maneira inusitada, uma vez que organizadores e participantes acharam muito trabalhoso, para os grupos de outros Estados, percorrerem longas distâncias e fazerem poucas apresentações. “O objetivo nem é atingir público, eles pedem para se encontrarem mais e se apresentarem uns para os outros” relata José Messias do Nascimento, coordenador do encontro há 20 anos.

Coral da UFS

Composto por alunos, funcionários e professores, o coral da UFS, que está na ativa desde 1970, participou de todas as edições do Enacose e esse ano faz a abertura do evento. Atualmente o coral é regido pelo maestro José Augusto Bezerra. Ele comenta que os alunos da universidade têm interesse em ingressar no coral, mas não permanecem por muito tempo, uma vez que tendem a se formar.

Quem quiser conhecer ou participar do coral da UFS basta comparecer ao Cultart nos horários dos ensaios: terças e quintas, das 18h30 às 20h, e aos sábados a partir das 16h.


Por Hadam Lima

Programação principal

Programação alternativa

Centros de Excelência efetuam inscrições para processo seletivo

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) realiza no período de 16 de outubro a 14 de novembro as inscrições para o processo seletivo relativo à primeira série do Ensino Médio/2007 dos Centros de Excelência Atheneu Sergipense e Ministro Marco Maciel, em Aracaju, e Manoel Messias Feitoza, em Nossa Senhora da Glória. As inscrições são efetuadas nos próprios Centros de Excelência de segunda a sexta, no horário das 8 às 12h e das 14 às 17h.

Segundo a diretora do Departamento de Educação (DED), professora Alaíde Tavares, os inscritos devem ser alunos que estão concluindo ou já concluíram a 8ª série do Ensino Fundamental e que tenham no máximo, até 31 de dezembro, 16 anos. A inscrição é gratuita e para efetuá-la basta apresentar cópia da Certidão de Nascimento ou Carteira de Identidade (RG), declaração da instituição onde cursou ou cursa a 8ª série e duas fotos 3x4, recentes e iguais.

Teste Seletivo

A prova ocorrerá no dia 10 de dezembro e será composta por 50 questões objetivas referentes aos conteúdos de Português e Matemática. Conforme Alaíde Tavares, a prova não objetiva medir o conhecimento do aluno, mas selecionar a quantidade correta de estudantes de acordo com a oferta de vagas dos Centros de Excelência: 300 para o Atheneu, 200 para o Marco Maciel e 180 para o Manoel Messias.

Matrícula

Após a divulgação do resultado do teste seletivo no dia 15 de dezembro, cada Centro de Excelência terá o seu próprio cronograma de atendimento para a matrícula e de início das atividades. Aquele aluno que ingressar no Centro de Excelência deve permanecer nele durante os três anos do Ensino Médio

Metodologia

Os alunos dos Centros de Excelência estudam em tempo integral: pela manhã assimilam os conteúdos programáticos e à tarde eles se dirigem aos laboratórios de Português, Matemática, Física, Química, Informática e Línguas. “Eles têm nesses laboratórios a oportunidade de intercambiar a teoria com a prática para melhor prepará-los para o mercado”, afirma a diretora do DED.

Tiale Acrux

tialeacrux@yahoo.com.br

CEFET oferece Curso de Braille

O Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe (CEFET/SE) iniciará no dia 04 de novembro Curso de Braille. As aulas ocorrerão aos sábados e, ao final, os alunos aprovados receberão certificados. O curso será apostilado e serão utilizados todos os materiais necessários para o ensino da escrita em braille, informa Vera Maria Trindade, Coordenadora de Cursos de Formação Inicial e Continuada de Trabalho.

Educação Especial

Cursos de capacitação como o oferecido pelo CEFET/SE fazem parte de uma política de inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema educacional. De acordo com a legislação, todo portador de deficiência tem direito ao ingresso no ensino regular. A responsabilidade, no âmbito estadual, do atendimento a alunos especiais é da Divisão de Educação Especial (DIEESP) que capacita professores da rede estadual de ensino, oferecendo cursos de formação inicial e continuada.

Segundo Gilvanete Alves, Coordenadora da área de Deficiência Visual, existem duas escolas especiais em Aracaju, a Escola Venúzia Franco, no bairro Parque dos Faróis e a Escola João Cardoso, no bairro Grageru. Além destas, há também a Escola 11 de Agosto, no bairro Getúlio Vargas, que possui classes especiais. No ensino regular há a presença de classes inclusivas, ou seja, que agregam alunos especiais em suas turmas regulares.

O diagnóstico e acompanhamento educacional do aluno especial é realizado pelo Centro de Referência de Educação Especial de Sergipe (CREESE), que avalia as necessidades do aluno e o encaminha para escolas e/ou serviços adequados. Segundo Lucimar Calazans, o CREESE é composto por profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, médicos e pedagogos que procuram entender o que se passa com o aluno especial, desde problemas de saúde a problemas familiares.

Para atender às necessidades dos portadores de deficiência auditiva, será inaugurado o Centro de Atendimento ao Surdo, que funcionará no Edifício Cidade Aracaju, 26º andar, onde serão ofertados cursos gratuitos de libras para toda a comunidade interessada.

Grazielle Matos

graziellems@hotmail.com.br

Para maiores informações, contate:

CEFET/SE – Av. Gentil Tavares, 1166, Bairro Getúlio Vargas. Telefone: (x79) 3216-6970

CREESE – Rua Dom Bosco, 1207, Bairro Suíssa. Telefone: (x79) 3179-2085

Museu de Arqueologia de Xingó recebe condecoração

No próximo dia 8 de novembro, o Museu de Arqueologia de Xingó (MAX) será condecorado com o título de Cavaleiro. A cerimônia acontece no Palácio do Planalto, em Brasília, às 16h, de onde o Prof. Dr. José Alexandre Feliz, diretor do museu, receberá a medalha da Ordem do Mérito Cultural das mãos de Gilberto Gil, ministro da Cultura. A condecoração, segundo o Prof. José Alexandre, reforça ainda mais o reconhecimento nacional do MAX. Depois de ganhar o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade (2001) e o Prêmio da Sociedade Brasileira de Arqueologia (2002), este será o terceiro mérito concedido ao museu desde sua fundação há seis anos.

O MAX nasceu oficialmente em 2000, e até hoje mantém suas instalações no município de Canindé do São Francisco, em Sergipe. Entretanto, os trabalhos arqueológicos vêm desde 1988. “Desde aquela época trabalhávamos nas escavações, mas tínhamos dificuldade para conseguir recursos porque eram apenas projetos ligados à Universidade Federal de Sergipe. Então, 12 anos depois, eu tive a idéia do museu, já que era a única maneira de oficializar nosso trabalho e, assim, buscar patrocinadores”, relata o diretor.

Atualmente, a Petrobrás, através da Lei de Incentivo à Cultura, é a responsável por 80% de todo o recurso financeiro do qual dispõe o MAX. O restante fica por conta da Chesf e da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que assumiu o museu como um órgão suplementar em abril deste ano e prepara-se para abrigar a extensão do MAX no Campus de São Cristóvão.

Importância do MAX

O diretor José Alexandre salienta vários motivos de relevância cultural que contribuíram para que o MAX fosse escolhido a fim de receber a condecoração. Um deles é o sítio arqueológico “Justino”, o maior cemitério pré-Histórico do Nordeste brasileiro. Nele, foram encontrados mais de 150 esqueletos que datam de nove mil anos, uma descoberta relevante para a história dos povos que no passado habitaram a região. “O MAX é dinâmico, é moderno. Tentamos sempre relacionar as coisas com o presente. Museu não é apenas uma exposição de velharias”, ressalta o professor.

O MAX também abre espaço para que alunos da UFS realizem pesquisas na área de arqueologia. O projeto “Férias Arqueológicas no Xingó”, realizado periodicamente, leva os estudantes aos sítios arqueológicos do museu, onde desenvolvem na prática o que aprenderam na teoria.

Por Luís Fernando Lourenço

Para maiores informações, acesse:

Museu de Arqueologia de Xingó